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Bomba no UFC: Cyborg cai no doping

Foto: AP Photo/Jeff Chiu

Uma verdadeira bomba explodiu no UFC. Cris Cyborg foi notificada pela Usada (Agência Antidoping dos Estados Unidos) a respeito de uma possível violação aos códigos de conduta do programa antidoping. Um comunicado oficial foi emitido pelo Ultimate para informar o caso, que teria sido flagrado em teste fora de competição realizado no último dia 5 de dezembro.

A notícia é péssima para a lutadora, para o UFC e, claro, para os fãs. A substância encontrada, segundo a própria Cyborg, foi “espironolactona”, um diurético usado para o controle do corte de peso, atividade árdua enfrentada pela atleta em suas últimas lutas. Ela teria iniciado o tratamento em setembro e ele dura cerca de 90 dias. Independente da substância, isso implica em suspensão, perda de tempo e credibilidade.

Nas últimas semanas, Cyborg travou uma batalha verbal com o presidente do UFC Dana White ao revelar que encarava uma “depressão grave” e pediu respeito por parte da direção da organização, que escalou Holly Holm Vs Germaine Randamie pelo cinturão inaugural da categoria peso pena do UFC após duas recusas de luta da brasileira. Depois de muito reclamar, a lutadora fica em posição ruim. No fim das contas, pareceu que o Ultimate fez o certo. Pior seria escalar Cyborg e ter de tirá-la da disputa de cinturão por doping. Complicado…

Em um comunicado divulgado em suas redes sociais, Cyborg se diz limpa e lembra que a substância ilegal encontrada em seu organismo não melhora sua performance, o que ela espera que elimine as possíveis críticas motivadas por suspeita de trapaça, algo comum com atletas flagrados no doping.

Dana White se pronunciou de forma direta e deixou no ar que as recusas de Cris para lutas em fevereiro tem relação com o caso de doping. Esteja feliz ou não, o mandatário mostrou estar mais focado na disputa de cinturão entre Holm e Randamie, que acontece no UFC 208, dia 11 de fevereiro, em Las Vegas (EUA), do que no caso da brasileira.

Agora é esperar a oficialização do caso de doping pela Usada e esperar as decisões a serem tomadas. Normalmente, espera-se que um atleta pegue um ano de suspensão por doping. Ultimamente tem sido assim. Como a brasileira é reincidente — ela já foi flagrada no doping, em 2011 —, seu julgamento pode ser mais complicado. Por outro lado, trata-se de um diurético que ela já admitiu ter feito o uso. Admitir o uso de algo ilegal — com o conhecimento ou não de tal ilegalidade — já ajuda a diminuir a pena. Se entrar em um acordo, a brasileira pode até conseguir diminuir a pena para seis meses, o que a deixaria livre para lutar em junho de 2017.

Independente do desenrolar que a situação tomar, Cris Cyborg cair no doping é uma péssima forma de fechar 2016, sustentar seus argumentos e lutar por mais valorização dentro do UFC.