Fórmula 1

Todos contra Hamilton: veja os palpites para a próxima temporada da Fórmula 1

Foto: Clive Mason/Getty Images

Com a aposentadoria precoce do campeão Nico Rosberg, pilotos da RBR são as maiores ameaças ao tetracampeonato do inglês da Mercedes

O mundo da Fórmula 1 foi pego de surpresa com o anúncio da aposentadoria do atual campeão, o alemão Nico Rosberg, na semana passada. A notícia deixou todos perplexos pelo fato de o agora ex-piloto da Mercedes ter apenas 31 anos. Além de uma vaga no cockpit mais cobiçado da F1 ter ficado livre, o favoritismo para Lewis Hamilton retomar a hegemonia na categoria máxima do automobilismo aumentou ainda mais. Abaixo, você confere os prognósticos para a próxima temporada.

 

HAMILTON MAIS PERTO DO TETRA

Mesmo com a presença de Rosberg no grid, no ano que vem, Hamilton já era o principal candidato ao título. Agora então, nem se fala. De acordo com o Oddsshark.com/br, a confirmação do tetracampeonato do inglês irá proporcionar o pagamento de R$ 2,40 sobre cada real. Aliás, ele já era favorito em 2016, mas uma série de fatores favoreceu o alemão, como a troca da equipe de mecânicos e um início de temporada ruim e com quebras inesperadas. É inegável que Lewis Hamilton é melhor piloto e mais agressivo. Prova disso foi o belo desempenho nas últimas corridas deste ano, que fez de Nico Rosberg um campeão pragmático com o regulamento debaixo do braço.

 

FATORES QUE PESAM CONTRA HAMILTON

Há um componente muito interessante para a próxima temporada, que pode incidir diretamente nos resultados. Trata-se da mudança das regras da Fórmula 1 para 2017, quando os carros e os pneus estarão mais largos e as unidades motrizes mais potentes (os bólidos devem ficar cerca de quatro segundos mais rápidos), quando a superioridade da equipe Mercedes em relação às demais deve diminuir. E aí, entra em cena a talentosa dupla da Red Bull, Ricciardo-Verstappen, que falaremos com mais detalhes à frente, que deve dar ainda mais trabalho a Hamilton na luta pelo degrau mais alto do pódio nas corridas.

Outro detalhe bem relevante é sobre o novo companheiro de Lewis na Mercedes. Desde o anúncio da retirada de Rosberg, o mercado ficou agitadíssimo. De um lado, a possibilidade da contratação de jovens promissores, como Pascal Wehrlein (Manor) e Valtteri Bottas (Williams). De outro, a hipótese de Fernando Alonso – ainda considerado por muitos como o melhor piloto em atividade na Fórmula 1, mesmo aos 35 anos – reeditar a dupla com Hamilton (ambos correram pela McLaren em 2007).

O ingresso do espanhol na Mercedes animaria muito os fãs do automobilismo e deixaria a disputa, em 2017, ainda mais atraente. O problema é o histórico da parceria, que não terminou nada bem, quando, por causa de inúmeros conflitos internos, eles deixaram o título escapar nas mãos de Kimi Raikkonen. Difícil saber se o inglês vai aturar mais um ano de briga intensa dentro da própria casa. Mas Bernie Ecclestone, o todo poderoso da F1, é a favor da saída de Alonso da ainda lenta McLaren-Honda. É aguardar pra ver.

 

RBR CADA VEZ MAIS PERTO

A temporada de 2016 teve uma grata surpresa que foi a ascensão do jovem holandês Max Verstappen, de apenas 19 anos, que saiu da filial, STR, para a matriz, RBR, na quinta etapa, no GP da Espanha, e deixou o mundo do esporte boquiaberto com a vitória, logo na estreia, pela equipe austríaca. No ano que vem, com mais experiência acumulada, Max vai com tudo em busca do título, quando tal palpite garante a margem de resgate de 400%. Mas o companheiro dele, o australiano Daniel Ricciardo, também está vivíssimo na briga. Mais “cascudo” na categoria, Ricciardo, se tiver à disposição um carro capaz de andar no mesmo ritmo da Mercedes, é uma boa aposta para ganhar o Mundial pela primeira vez, no que traria o retorno de 450%.

 

WEHRLEIN E BOTTAS

Abaixo dos três, aparecem Pascal Wehrlein (Manor) e Valtteri Bottas (Williams), com cotações de R$ 5,50/R$ 1 e R$ 10/R$ 1, mas são números que traduzem mais as possibilidades de um dos dois guiar na vaga deixada por Rosberg do que as chances com seus atuais times. No caso de Wehrlein, se ainda estiver na Manor, em 2017, apesar de todo o talento e expectativa em cima dele, continuará a lutar, no máximo, pelo oitavo lugar nas corridas. Já com relação a Bottas, mesmo com a promessa de avanço da Williams, suas possibilidade se restringem apenas a brigar por pódios.

 

ZEBRAS QUADRICULADAS

De acordo com os especialistas, ainda não será em 2017 que a Ferrari voltará a ser a Ferrari. Logo, a aposta no tetracampeão Sebastian Vettel tem a boa valorização de R$ 12,50 por R$ 1, enquanto o valor pago em cima do título de Raikkonen é bem maior: R$ 50 sobre R$ 1. Hoje, o título de Fernando Alonso, guiando a McLaren, traz a cota de R$ 15/R$ 1. Mas tudo mudaria se ele, finalmente, conseguir o carro que tanto sonha para voltar a lutar pelas primeiras colocações.