Vitor Belfort volta ao UFC em evento no Brasil
Vitor Belfort tem data para voltar ao octógono mais famoso do mundo. O carioca será o astro principal do primeiro evento do Ultimate no Brasil em 2017. Ele foi escalado para fazer a luta principal do UFC Fight Night que acontece em Fortaleza, dia 11 de março. Seu rival será Kelvin Gastelum. A informação foi noticiada pelo Combate.com. O duelo entre o brasileiro e o americano pode movimentar a divisão dos médios.
O “fenômeno” soma duas derrotas consecutivas. Ele foi nocauteado por Ronaldo Jacaré e Gegard Mousasi em sua últimas duas lutas. Após o último revés, Vitor chegou a declarar que busca recuperar a conhecida ferocidade pela qual ficou conhecido. Gastelum pode ser um bom adversário para testar isso. O americano gosta de fazer lutas onde predomina a trocação em pé, apesar de ter uma base boa de wrestling. É também uma boa oportunidade para Belfort recuperar sua confiança e seu status dentro da organização contra um jovem talento.
Gastelum vem de duas vitórias consecutivas, é um oponente duro e deve largar como o favorito para a luta. Ele venceu Johny Hendricks e nocauteou Tim Kennedy em seus últimos compromissos. Ambos veteranos no UFC – Belfort é ainda mais, não à toa gosta até de se classificar como um “dinossauro” do MMA. Kelvin é jovem, tem 25 anos; Vitor tem 39. O brasileiro vai precisar adotar a estratégia certa para superar Kelvin em menos do que cinco rounds previstos para a luta.
Embora o duelo entre Belfort e Gastelum seja uma surpresa para os fãs, já que Vitor costuma enfrentar nomes mais conhecidos e Kelvin sequer era da divisão dos médios no mês passado, o nome do brasileiro era esperado para o primeiro evento do UFC na temporada no Brasil. Ainda existia uma pontinha de esperança de que a organização conseguiria casar a sonhada revanche entre Anderson Silva e Vitor Belfort. Mas sabemos que isso é muito (muito mesmo) difícil de se negociar.
Pelo UFC, Vitor Belfort já fez quatro lutas principais no Brasil. Em todas as oportunidades ele saiu vencedor – ele ainda soma uma vitória e uma derrota como co-luta principal de shows no país. A questão é que tanto o lutador quanto o país se beneficiam com tal acordo. Para Belfort, uma luta principal no Brasil pode ajudá-lo a recuperar a confiança e inflamar o instinto de competição que pareceu apagado em suas últimas lutas; para o UFC, representa um sucesso. Vitor é o nome mais rentável da companhia no país ao lado de Anderson Silva. Uma luta dele no Brasil tem arena lotada, mais pay-per-views comprados, mais audiência, mais retorno financeiro… Fora o carinho na autoestima do público brasileiro fã de lutas que uma vitória do “fenômeno” pode fazer. Depois de um 2016 difícil, onde torcedores se viram desacreditados sobre os astros brasileiros da companhia, nada melhor do que abrir a temporada com uma vitória de Vitor Belfort dentro do Brasil.
É claro, tudo pode dar errado, Vitor perder e o torcedor se convencer de que o momento do MMA no Brasil é ruim. Mas a situação atual pede uma aposta desse tipo para cobrar um lucro alto no futuro. Nada como uma aposta calculada.