UFC

Anderson Silva cai no doping pela segunda vez, é suspenso, e é retirado de luta no UFC

Foto: Divulgação/UFC

Como se já não bastassem os dolorosos casos de doping com os quais tivemos de lidar ao nos depararmos com os nomes de Junior Cigano e Rogério Minotouro na geladeira por conta de flagras, agora é Anderson Silva que tem seu nome envolvido em um caso de doping.  E, no caso dele, pela segunda vez. Em meio a um momento de incerteza e fraqueza do Brasil no UFC a noticia chega para confirmar a péssima fase que o país vive quando se fala em MMA.

Spider foi flagrado em exame antidoping realizado fora do período de competição, dia 26 de outubro. A substância proibida encontrada no organismo do brasileiro ainda não foi revelada, mas a notificação da Usada (Agência Antidoping dos Estados Unidos) já conota o doping. É quase impossível a agência errar nesse tipo de caso, e uma contraprova – que deve ser solicitada por Anderson e sua equipe – dificilmente terá um resultado diferente do primeiro teste.

Anderson estava escalado para enfrentar Kelvin Gastelum na luta principal do UFC China, dia 25 de novembro. O brasileiro tinha um retorno muito aguardado, já que uma vitória expressiva poderia elevá-lo à discussão sobre uma sonhada superluta com Georges St-Pierre, atual campeão dos médios. Agora, o sonho vai por água abaixo, seu foco vira sua defesa diante a comissão atlética responsável e o lutador está suspenso por tempo indeterminado, fora do duelo com Gastelum.

Para se ter uma ideia do tamanho do drama, como Anderson é reincidente, a expectativa é de que ele seja suspenso de dois a quatro anos. Esta é a segunda vez que ele tem seu nome envolvido em um caso de doping. Em fevereiro de 2015, logo depois de vencer Nick Diaz na decisão dos juízes, Spider foi flagrado sob o uso de substâncias ilegais e cumpriu um ano de suspensão. A reincidência deve multiplicar a pena.

Fica difícil enxergar um futuro em que nossos medalhões vão renascer e recuperar o prestígio ostentado durante a evolução do MMA no Brasil nos últimos anos. Dentro do octógono, derrotas tiram a confiança do brasileiro; fora dele, casos de doping tiram a credibilidade da modalidade.

O caso de Anderson Silva ainda irá se desenrolar. Seu futuro depende do tempo de suspensão que ele pegará, da substância encontrada no seu organismo e de sua própria disposição de tentar seguir a carreira da melhor maneira possível, correndo o risco de machucar ainda mais um legado único e especial já tão magoado nos últimos tempos.