Com Grêmio à espera, Pachuca quer confirmar favoritismo contra o Wydad Casablanca nas quartas de final do Mundial de Clubes
Mexicanos disputam pela quarta vez competição e tentam quebrar o tabu de nunca terem atingido a final; em festa pelo momento único do país, marroquinos querem fazer história
É, torcedor gremista, é bom preparar o chimarrão porque o Mundial de Clubes da Fifa vai começar. Não que o Tricolor Gaúcho entre em campo neste sábado (9 de dezembro), às 11h, no estádio Xeique Zayed, em Abu Dhabi, mas a equipe brasileira não poderá piscar sequer um minuto se quiser saber tudo sobre o seu adversário, que sairá do duelo entre Pachuca e Wydad Casablanca. Quem vencer pega o Imortal na próxima terça-feira (12), também nos Emirados Árabes Unidos. Para facilitar a vida gaúcha, vamos dar uma olhada nas forças de seus possíveis rivais!
Tuzos são favoritos
O Pachuca chega ao Mundial depois de ter conquistado o título da Liga dos Campeões da Concacaf diante do poderoso Tigres, que é comandado pelo brasileiro Ricardo Ferreti. Depois de 1×1 no jogo de ida, os Tuzos quebraram o jejum de sete anos com gol de Franco Jara, na parte final da segunda partida.
Mesmo com um segundo semestre aquém, terminando em 12º o Apertura da Liga Mexicana, o clube dirigido pelo uruguaio Diego Afonso está preparadíssimo para a estreia. A equipe, que participa pela quarta vez da competição – jogou em 2007 e 2008, no Japão, e em 2010, também nos Emirados Árabes – , quer encerrar uma negativa marca. Os mexicanos nunca passaram das semifinais do torneio – 2008, quando terminaram em quarto. Será que chegou a vez de o clube derrubar o Wydad Casablanca e depois o Grêmio?
Experiência
Apesar de disputar pela primeira vez o Mundial de Clubes, o goleiro Óscar Pérez é tido como o principal responsável para ajudar o clube mexicano a alcançar voos maiores logo mais. Com 24 anos de carreira, incluindo três Copas do Mundo (1998, 2002 e 2010) e mais de 50 participações com a seleção El Tricolor, o arqueiro de estatura duvidosa – 1,72 -, mas de qualidade impecável em sua meta, quer se aposentar com mais um importante resultado. É bem difícil apontarmos os mexicanos para um título em um campeonato que há Real Madrid e Grêmio, mas se o paredão que já venceu uma Copa das Confederações batendo o Brasil na final – em 1999 – , por que não acreditar?
Além de Pérez, outros três nomes chamam a atenção quando o assunto é Pachuca. O primeiro deles é o japonês Keisuke Honda. Depois de três temporadas em um instável Milan, o meio-campista resolveu se arriscar no futebol mexicano e parece ter se dado bem, reencontrando a velha forma dos tempos de CSKA. A camisa nove é do argentino Franco Jara, peça fundamental da equipe na Liga dos Campeões da Concacaf com seis gols. Na armação, o jovem Érick Gutiérrez é tido como uma das revelações do futebol local.
Euforia
Muito se tem falado do Pachuca, mas é o adversário mexicano, quem é o tal Wydad Casablanca? Só digo uma coisa, em termos de motivação, ninguém bate o país africano. Depois de alcançar uma vaga para a Copa do Mundo de 2018 no chamado grupo da morte das Eliminatórias Africanas, superando Costa do Marfim, Gabão e Mali, os marroquinos carimbaram a boa fase com a conquista da Liga dos Campeões. A equipe bateu o Al-Ahly, do Egito, atingindo o seu segundo troféu de sua história na competição – o primeiro título ocorreu em 1992.
Além de vencer os Tuzos, é claro, o WAC tem um objetivo pessoal: igualar a marca do maior rival Raja Casablanca, que em 2013 conseguiu a façanha de jogar a final contra o Bayern de Munique. Para chegar até lá, o time dirigido por Houcine Ammouta terá que ralar muito, mas não custa nada sonhar, não é?! As principais armas marroquinas são o atacante Mohammed Ounajem, que está recuperado de lesão após ficar de fora da decisão contra os egípcios, e o belga naturalizado marroquino Aoulad, um dos goleadores da liga local – chamada de Botola Pro – com quatro gols.
Palpite
Presença constante nos últimos 13 mundiais, o México vive a sina de nunca ter colocado um representante na final do torneio continental de clubes. O primeiro passo para mudar esta indesejada marca ocorre no sábado. Com um time mais experiente e pronto para jogos mais cascudos, o Pachuca deve passar pelo Wydad Casablanca e seguir o seu sonho. Mas não esperem por um placar dilatado.
Quartas de final do Mundial de Clubes da Fifa 2017
Sábado, 9 de dezembro
- 11:00 – Pachuca x Wydad Casablanca – Palpite: Pachuca
- 14:30 – Al Jazira x Urawa Reds – Palpite: Al Jazira
*Real Madrid e Grêmio estão classificados automaticamente para as semifinais do torneio