Cormier vence no UFC 210 e ganha nova chance de fazer revanche com Jones
Se Daniel Cormier se aposentasse hoje do MMA ele poderia deitar sua cabeça de forma tranquila no travesseiro por conta de toda a carreira que construiu no esporte. São 20 lutas, 19 vitórias e apenas uma derrota no cartel. É claro que o revés para seu maior rival, Jon Jones, é algo que ainda está engasgado, mas, assim como ele mesmo disse após o UFC 210, não dá para ficar muito chateado com algo que não se pode controlar. A questão é que apesar dos 38 anos, ele está longe de se aposentar, então não há outro caminho que não seja tentar mais uma vez fazer a revanche contra Jones no octógono mais famoso do mundo.
No UFC 210, no último sábado (8), em Buffalo, Nova York (EUA), Cormier mostrou mais uma vez que está em um nível mais elevado que os adversários na categoria dos meio-pesados. Na revanche contra Anthony Johnson, o atual campeão manteve o título de forma parecida como no primeiro combate entre ambos. Após resistir ao ímpeto inicial do rival, ele teve paciência, mostrou experiência e novamente usou seu jogo de jiu-jitsu para bater o adversário por finalização via mata-leão.
Na plateia, acompanhando de perto o evento e especialmente a performance de Cormier, Jon Jones e Jimi Manuwa. O primeiro é o maior rival do atual campeão e provável próximo desafiante ao título. Já o segundo, é o retrato da escassez de desafios que a categoria oferece a Daniel, algo que fortalece a campanha pela revanche entre Jones e Cormier no octógono muito em breve.
Jones e Cormier estiveram escalados para se enfrentarem duas vezes no ano passado. Na primeira, Daniel se lesionou e acabou dando lugar a Ovince St Preux, que foi derrotado por Jon em disputa de cinturão interino dos meio-pesados. Já em julho passado, quem saiu da disputa foi Jones, após ser flagrado no doping dias antes do UFC 200. O ex-campeão dos meio-pesados ainda cumpre suspensão pelo doping, mas poderá voltar em julho. É o encaixe perfeito para a próxima defesa de título de Cormier.
Após a vitória contra Johnson, Cormier trocou provocações ainda no octógono com Jimi Manuwa, que o encarava de um assento próximo ao octógono. O inglês soma duas vitórias consecutivas por nocaute e é o número quatro no ranking dos meio-pesados no UFC. Diante do cenário atual da divisão, com poucas opções de desafiante, Manuwa pode ser o próximo rival de Daniel, mas o correto a ser feito é tentar promover a revanche entre Jones e Cormier imediatamente. É claro que o fato de Jon ter sido suspenso por doping tira muitos créditos dele para merecer tal oportunidade, mas diante de uma categoria que anda sem grandes emoções, nada melhor do que esperar alguns meses e promover a maior luta possível. Resumindo: o cidadão Jones não merece muitas chances, mas o lutador Jones ainda tem créditos tem sobra.
Cormier se negou a dizer o nome de Jones após o UFC 210. Para ele, um lutador suspenso não merece ser comentado. Mas não dá para ignorar. Queira ou não (ele quer, e deixou isso claro) Jones é o nome mais indicado para enfrentá-lo em sua próxima defesa de título. Seu legado está feito, conta com títulos respeitáveis e feitos históricos, mas exatamente por ser um lutador de tão alto nível, independente de como foi a primeira luta, Cormier tem o dever de tentar mais uma vez vencer Jon Jones em um octógono.
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