Estados Unidos são campeões do emocionante Mundial de Atletismo!
Mundial de Londres será lembrado para sempre pela despedida de Usain Bolt das pistas.
Entre todos os esportes, o Atletismo é um dos mais emocionantes, se não o maior de todos. São frações de segundos ou de centímetros que separam o recorde mundial do absoluto fracasso. Na edição de Londres um recorde mundial caiu, além de três do torneio, e foi marcado pela despedida do lendário Usain Bolt, o homem do raio.
Estados Unidos reconquistam o título
Os Estados Unidos deram um show e reconquistaram o título mundial de atletismo perdido há dois anos. Suas dez medalhas de ouro vieram nos 100m rasos masculino (Justin Gatlin), salto com vara masculino (Sam Kendricks), salto triplo masculino (Christian Taylor), 100 metros rasos feminino (Tori Bowie), 400m rasos feminino (Phyllis Francis), 400m com barreiras feminino (Kori Carter), 3.000m com obstáculos (Emma Coburn), revezamento 4x100m feminino e revezamento 4x400m feminino.
Medalha de bronze para o Brasil
Muitos discutem o legado dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro. Analisando os resultados do Mundial de Atletismo, você pode ver que não há praticamente nenhum.
Caio Bonfim conquistou a única medalha do Brasil no certame. Ela veio nos 20 quilômetros da marcha atlética masculina. Essa é a primeira medalha em todos os tempos da marcha atlética brasileira em competições importantes como Mundiais e Jogos Olímpicos.
O primeiro lugar ficou com o colombiano Eider Arévalo que cravou 1h18m53, dois segundos a menos que o russo Sergey Shirobokov, que competiu com a bandeira neutra. O tempo do brasileiro foi de 1h19m04.
Na prova feminina, Érica Sena terminou em quarto lugar. A chinesa Yang Jiayu ficou com o ouro, seguida da mexicana María Guadalupe González e da italiana Antonella Palmisano.
Fim da Era Bolt
O tempo passa para todos. Usain Bolt se despediu das pistas. Seus recordes permanecem até surgir um novo mito. A emoção fica na memória de quem acompanhou o velocista jamaicano. Sua despedida porém, foi muito aquém do esperado.
Nas eliminatórias do revezamento 4x100m rasos, a Jamaica ficou em terceiro lugar com o tempo de 37s95. Os Estados Unidos venceram com 37s70, seguido do Reino Unido que cravou 37s76. França, China, Japão, Turquia e Canadá também se garantiram na final, eliminando Trinidad & Tobago, Alemanha, Holanda, Austrália, Cuba, Barbados, Bahamas e Antigua & Barbuda.
Na final, Bolt sentiu câimbras ao receber o bastão, desabou e acabou com a corrida jamaicana. Os britânicos se sagraram campeões com 37s47, segundo dos norte-americanos com 37s52 e dos japoneses com 38s04.
Outro a se despedir foi Mo Farah, fundista britânico. Ele encerrou sua carreira com a medalha de ouro nos 10 mil metros rasos e com a de prata nos 5 mil metros rasos. Nesta segunda, quem subiu no alto do pódio foi o etíope Muktar Edris.
Sem hino russo
Maria Lasitskene conquistou o bicampeonato mundial no salto em altura ao saltar 2m03. Ela ganhou da ucraniana Yuliya Levchenko por dois centímetros. O bronze ficou com a polonesa Kamila Licwinko que parou nos 1m99.
Como a Rússia está suspensa pela Federação Internacional de Atletismo, seus atletas tiveram que competir pela bandeira dos “Atletas Neutros Autorizados”. Apenas dezenove russos toparam esta condição. Em vez da belíssima melodia russa, o estádio teve que escutar o hino da Federação Internacional de Atletismo.
A Federação Russa da modalidade trabalha para que seu país possa competir com sua bandeira no próximo Mundial, que acontecerá em Doha, capital do Qatar, daqui a dois anos.
Novas marcas
A portuguesa Inês Henriques estabeleceu o novo recorde mundial dos 50 quilômetros da marcha atlética ao cravar 4h05m56.
No naipe masculino da mesma prova, o francês Yohann Diniz, que é dono do recorde mundial, não melhorou sua marca histórica mas estabeleceu o novo recorde do campeonato com 3h33m12, trinta e nove segundos atrás do melhor tempo de toda a história.
A norte-americana Emma Coburn estabeleceu o novo recorde do Campeonato Mundial nos 3 mil metros com obstáculos ao cravar 9min02s58. O recorde mundial é de Ruth Jebet, do Bahrain, que completou a corrida em 2016 8min52s78.
Doha 2019
O próximo Mundial será realizada em Doha, entre 28 de setembro e 06 de outubro de 2019. Todas as provas acontecerão no Estádio Internacional Khalifa, que está passando por reformas para abrigar 48 mil pessoas sentadas.
Doha derrotou Barcelona e Eugene para se tornar sede da competição.
Quadro de medalhas (ouro – prata – bronze)
- 1º Estados Unidos – 10 – 11 – 09
- 2º Quênia – 05 – 02 – 04
- 3º África do Sul – 03 – 01 – 02
- 4º França – 03 – 00 – 02
- 5º China – 02 – 03 – 02
- 6º Reino Unido – 02 – 03 – 01
- 7º Etiópia – 02 – 03 – 00
- 8º Polônia – 02 – 02 – 04
- 9º Atletas Neutros Autorizados – 01 – 05 – 00
- 10º Alemanha – 01 – 02 – 02
Os campeões
- 1983 – Alemanha Oriental (em Helsinque)
- 1987 – Alemanha Oriental (em Roma)
- 1991 – Estados Unidos (em Tóquio)
- 1993 – Estados Unidos (em Stuttgart)
- 1995 – Estados Unidos (em Gotemburgo)
- 1997 – Estados Unidos (em Atenas)
- 1999 – Estados Unidos (em Sevilha)
- 2001 – Rússia (em Edmonton)
- 2003 – Estados Unidos (em Saint-Denis)
- 2005 – Estados Unidos (em Helsinque)
- 2007 – Estados Unidos (em Osaka)
- 2009 – Estados Unidos (em Berlim)
- 2011 – Estados Unidos (em Daegu)
- 2013 – Estados Unidos (em Moscou)
- 2015 – Quênia (em Beijing)
- 2017 – Estados Unidos (em Londres)
- 2019 – ? (em Doha)
- 2021 – ? (em Eugene)