FAVORITOS? Flamengo e Atlético-MG empatam e o Palmeiras perde: veja como foi a 3ª rodada do Brasileirão
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Faltando apenas um jogo (Chapecoense x Avaí, hoje às 20:00), a terceira rodada do Campeonato Brasileiro termina com um bom saldo de gols e resultados surpreendentes – dando continuidade à campanha “vamos destruir os prognósticos do velho Flavio”.
Nos jogos de sábado, três resultados que eu não imaginava – e três erros para minha estatística pessoal: um supreendentemente valente e organizado Vasco virou pra cima do Fluminense, acabou com os 100% do tricolor e destruiu meu palpite (vitória do Flu). Mas é claro que isso não seria o bastante.
O São Paulo recebeu o favorito Palmeiras no Morumbi e completou 15 anos sem perder para o alviverde em casa. A diretoria do Palmeiras já está organizando o baile de debutante e me prometeu um convite – um pedido de desculpas por me induzir ao erro e cravar que o Verdão bateria o Tricolor.
E como desgraça pouca é bobagem, o sábado terminou com mais um palpite errado: cravei que o Coritiba – embora melhor – arrancaria apenas um empate do Vitória. Rildo, de letra (isso mesmo: Rildo de letra!), deu a vitória para os paranaenses e me fez dormir 100% errado.
No domingo, meu show de horrores pessoais continuou com Atlético-MG e Ponte Preta, no estádio Independência. Em uma atuação abaixo da crítica, o Galo empatou em 2 a 2 com a Macaca – e foi lucro, já que os visitantes tiveram a bola do jogo no final do segundo tempo e poderiam ter saído com a vitoria, o que não mudaria meu erro em ter apostado no triunfo do clube mineiro.
Continuei 100%.
Mais tarde, Atlético-GO e Corinthians fizeram a “partida-sonífero” da rodada. No total, o Timão me deve 180 minutos de vida (até agora). Só não fico mais irritado por praticamente ter assistido a Vitória e Corinthians, pela segunda rodada, de novo porque, desta vez, acertei o palpite e o alvinegro venceu.
Como acertei também o palpite para Santos e Cruzeiro – e com o bônus de ter acertado também o placar: 1 a 0 para a Raposa. O domingo começou a melhorar a minha moral.
Mas alegria de pobre dura pouco e na estréia do técnico Eduardo Baptista no comando do Furacão, o Atlético-PR empatou em 1 a 1 com o Flamengo (que precisa urgentemente de uma sequência razoável de resultados), e eu que cravei uma vitória do time da Gávea por 1 a 0, tive que amargar mais um erro.
Erro que se repetiu no duelo entre Sport e Grêmio, que levou uma equipe composta apenas de garotos para o jogo na Ilha do Retiro (valeu mesmo, Renato!). O tricolor gaúcho até que saiu na frente, mas tomou a virada dos donos da casa – muito mais experientes. De todo modo, foi um jogão com 7 gols e muita emoção. Eu acreditei que a moral baixa do Sport depois da semana complicada de teve (mais detalhes abaixo) seria determinante para a derrota, Obviamente, quebrei a cara de novo.
E fechando o domingo, o Botafogo recebeu o Bahia e ajudou minha média. Ganhou o jogo por 1 a 0 (resultado exato do meu palpite) e me fez terminar a rodada com 3 acertos em 9 possíveis – o que dá uma média mais feia que os números que o Rogério Ceni mostrava no Campeonato Paulista.
Se a Chapecoense fizer a lição de casa hoje à noite e vencer o Avaí, terei 4 a certos em 10. Um aproveitamento de 40% – que me deixaria facilmente na Zona do Rebaixamento do Brasileirão 2017.
Confira agora o resumo dos jogos do final de semana.
São Paulo 2 x 0 Palmeiras
O São Paulo recebeu o Palmeiras na tarde de sábado pela terceira rodada do Campeonato Brasileiro. Em jogo, além dos 3 pontos, um tabu: há 15 anos o tricolor não sabe o que é perder para o alviverde em seus domínios.
E a escrita se manteve.
Mesmo jogando com um a menos desde o início da partida – ou alguém aí acha que Cueva “foi mesmo para o jogo” – o São Paulo se mostrou bem postado, relativamente seguro na defesa e perigoso no ataque. Avançando pelas laterais, os donos da casa deram trabalho para os defensores palestrinos – que jogaram em uma linha de três zagueiros, com Felipe Melo recuado entre Mina e Juninho – principalmente com Luiz Araújo, que travou um duelo pessoal com Mina.
Mas depois de uma boa finalização para cada lado, o primeiro tempo terminou em uma chatice sem-fim. Muita troca de passe lateral, pouca verticalidade e a opção de Cuca por jogar sem um centro-avante de ofício – Borja começou no banco – deixou o ataque Palmeirense sem profundidade. Do lado tricolor, Lucas Pratto implorava por uma bola que lhe desse condições de finalizar. Mas o setor de criação do São Paulo insistia em lançar “tijolos” na direção do centro-avante argentino.
Os times voltaram iguais para o segundo tempo – com Cueva sendo um peso morto do lado tricolor e todo o time do Palmeiras sendo representado por “mortos”. Deu que o time com menos gente morta em campo abriu o placar: Lucas Pratto completou o passe de Marcinho e deixou o seu no fundo do gol de Fernando Prass.
Cinco minutos depois, Jucilei tirou Jean pra dançar na grande área. O juiz odeia dança de salão e marcou pênalti. Na cobrança, Jean cumpriu a promessa que fez a um jornalista que queria levar a bola do jogo para o filhinho, e chutou na direção dos fotógrafos, bem longe do gol de Renan Ribeiro.
Tentando o empate, Cuca colocou Keno, Borja e Roger Guedes, nos lugares de Guerra, Felipe Melo e William. Pelo lado do São Paulo, Rogério Ceni viu que não daria pra continuar jogando com 10 em campo e trocou Cueva por Thomaz.
Agora no 11 contra 11, os donos da casa partiram rápido em um contra-ataque e, após passe de Lucas Pratto, Luiz Araújo chutou por baixo de Fernando Prass e deu números finais à partida. Para segurar o placar, Ceni trocou a dupla por Chávez e Éder Militão e “cozinhou” o Palmeiras até o fim do jogo.
O tricolor agora soma duas vitórias e uma derrota em 3 jogos. O Palmeiras vem de duas derrotas seguidas no Brasileirão e soma apenas os 3 pontos da goleada sobre o Vasco na primeira rodada do campeonato.
Vasco 3 x 2 Fluminense
O Vasco recebeu o Fluminense 100% em São Januário e acabou com a invencibilidade do tricolor na terceira rodada do Brasileirão.
Encorpado, sem Nenê, o cruzmaltino de Milton Mendes parece ter encontrado seu jeito de jogar no primeiro tempo do jogo – quando esteve à frente no placar e dominou o, até então, líder do campeonato (ao lado do Grêmio). Parece que Luis Fabiano voltou ao Brasil com sede de gols e com disposição para apagar da mente do torcedor a péssima temporada que fez no São Paulo antes de ir para a China. Com a ajuda de Nogueira – que não saiu do chão para cortar a bola – o Fabuloso completou de cabeça cruzamento que colocou o Vasco à frente no placar.
O Fluminense voltou mais ligado e após dois pênaltis – corretamente marcados –, cobrados por Henrique “Ceifador”, virou o jogo e recuperou os 100% de aproveitamento.
Milton Mendes queria a vitória e trocou todo o meio campo: Kelvin, Yago Pikachu e Matheus Vital saíram para as entradas de Manga Escobar (que empatou o jogo), Nenê e Muriqui. Abel Braga contra-atacou trocando Douglas por Marcos Júnior e Richarlison por Maranhão – que quase recolocou o Fluminense na frente em seu primeiro lance.
Então, nos acréscimos, brilhou a estrela de Nenê: depois de receber passe de Manga Escobar, o meia bateu cruzado sem chances para Diego Cavallieri.
O Fluminense perdeu o selo de 100% de aproveitamento e o Vasco – com um elenco mediano, nos moldes do Corinthians –, se encontrou nas mãos de Milton Mendes e passa a flertar com a parte de cima da tabela. Vamos ver se isso dura até o fim do campeonato.
Vitória 0 x 1 Coritiba
Ainda não foi desta vez que o Vitória ficou com os 3 pontos de uma partida. Com apenas 1 ponto conquistado (empate sem gols contra o Avaí), a equipe baiana segue, por mais uma rodada na zona do rebaixamento do Campeonato Brasileiro. Por outro lado, partida serviu para o ídolo do clube – e “mito” –, Petkovic ouvir suas primeiras vaias como técnico (todo mundo passa por isso, Pet, é só perguntar pro Rogério Ceni).
O Coritiba que não tem nada com os problemas do comandante sérvio foi pra cima desde o início do jogo e só não goleou os anfitriões graças à excelente atuação do goleiro Fernando Miguel que, com defesas espetaculares, evitou um desastre maior. E foi assim até que aos 26 do segundo tempo, Rildo – que acabara de entrar no lugar de Neto Berola – completou de letra o cruzamento de Tiago Real. Uma curiosidade: não é a primeira vez que Rildo vem do banco de reservas e decide um jogo. Por duas vezes, quando esteve no Corinthians, o meia-atacante definiu a favor do alvinegro após entrar durante a partida.
Com os 3 pontos, o Coxa se recuperou da derrota da rodada anterior para o Santos e segue na parte alta da tabela.
Atlético-MG 2 x 2 Ponte Preta
E o que dizer deste Atlético-MG que começou o campeonato candidatíssimo ao título mas que de 6 pontos disputados em casa conquistou apenas 1? Difícil explicar o que acontece com a equipe do técnico Roger Machado, que fez um bom primeiro tempo, trocando passes e sendo paciente para furar o bloqueio defensivo da Ponte Preta que, claramente, foi ao Horto com a intenção de não perder. E mais nada.
O Galo saiu na frente e foi para os vestiários com a vantagem de 1 a 0 no placar. Mas na volta, assim como acontecera na semana passada contra o Fluminense, um novo apagão e em dois minutos o atacante Lucca fez dois gols e colocou os visitantes na frente.
Com Rafael Moura e Maicosuel nos lugares de Cazares e Adílson, o Atlético se desorganizou e partiu com tudo para cima da Macaca. Conseguiu o empate na base do abafa, mas, no final do segundo tempo, contou com a sorte – e o goleiro Vitor – para não tomar o terceiro gol no último contra-ataque do jogo.
O time de Gilson Kleina conseguiu o que queria: não perdeu e ainda levou um ponto para Campinas.
No Galo, luz de alerta acesa: 2 pontos em 9 possíveis é muito pouco para quem pretende brigar pelo título.
Atlético-GO 0 x 1 Corinthians
Em mais um jogo “chato”, o Corinthians confirmou sua boa forma como visitante e voltou de Goiás com mais uma vitória e 3 pontos na bagagem. Desta vez a vítima foi o Atlético-GO, que voltou para a Série A este ano depois de conquistar o título da Série B mas que, pelo andar da carruagem, tentará o bi-campeonato em 2018.
O duelo foi bem ao gosto do alvinegro, plantado na defesa, esperando pelas investidas e erros dos donos da casa. Faltou combinar com o Atlético, que pouco atacava e não dava ao Corinthians o tão desejado contra-ataque. Quando deu, ainda no primeiro tempo, após uma aparentemente desinteressada troca de passes, sofreu o gol. Guilherme Arana avançou pela esquerda e lançou Rodriguinho que se livrou da marcação e bateu sem chances para Felipe Garcia.
E foi só. Depois disso o jogo virou uma chatice tão grande quando Vitória e Corinthians na rodada anterior – não que a partida estivesse boa antes do gol, mas depois, a vontade do Timão de “agredir” acabou de vez. Tivesse o Atlético um pouco mais de qualidade, poderia ter complicado as coisas para os visitantes.
Como não tem, viu o alvinegro perder o gol mais feito do jogo com o estreante Clayton – vindo da Ponte Preta – e, nos acréscimos, parou nas mãos do goleiro Cássio que evitou o empate.
Já aconteceu antes: contra o Inter pela Copa do Brasil, o Corinthians se contentou com o 1 a 0 e levou o empate que foi fatal (eliminação nos pênaltis). Mesma história contra a Chapecoense pela primeira rodada do Brasileirão: saiu na frente, cedeu o empate e não teve forças para vencer. Essa “falta de apetite” e “conformismo” corintiano pode custar muito caro mais adiante. Por enquanto as goleadas por 1 a 0 mantêm o alvinegro no topo da tabela, à frente de equipes – no papel – melhor qualificadas.
Santos 0 x 1 Cruzeiro
O Cruzeiro interrompeu a sequência de 6 vitórias do Santos em casa e voltou para Minas com 3 pontos à mais e na ponta da tabela ao lado do Corinthians.
Depois de um primeiro tempo bem amarrado, com poucas oportunidades para os dois lados, as mudanças no segundo tempo surtiram efeito para os lados da Raposa e, no final do segundo tempo, Ábila (no lugar de Hudson) fez boa jogada e cruzou para trás para a finalização mortal de Thiago Neves (substituindo Arrascaeta). Os dois jogadores começaram a partida no banco de reservas.
Pelo lado do Santos, Zeca sentiu uma contusão e foi substituído por Copete – improvisado na lateral mais uma vez. Depois Jean Mota entrou no lugar de Vladimir Hernandéz.
É inegável que o Santos sentiu um pouco o cansaço do jogo no meio de semana e o Cruzeiro evidentemente se aproveitou disso para fechar a fatura. Resultado ruim para o Peixe, mas que não deve ser motivo para novas reclamações da torcida.
Atlético-PR 1 x 1 Flamengo
Na estréia do técnico Eduardo Baptista no comando do Atlético-PR, o time melhorou e, desta vez, não perdeu pelo Brasileirão. Segue na vice-lanterna da competição, mas, pelo menos, somou 1 ponto.
O furacão começou melhor que o Flamengo, mas pecava nas finalizações. Na única chance que teve no primeiro tempo, aos 24 minutos, os cariocas abriram o placar em cruzamento do lateral Pará que Mancuello, livre de marcação, completou para o gol. Os zagueiros Paulo André e Thiago Heleno, numa posição privilegiada puderam acompanhar toda a jogada – infelizmente o trabalho deles é PARAR a jogada, não ACOMPANHAR.
Mesmo assim o Atlético continuou em cima, buscando o resultado, mas sem qualidade nas finalizações.
O Flamengo voltou melhor para o segundo tempo, mas como este não era um jogo para “o melhor”, o Furacão empatou na única boa jogada que construiu: escanteio cobrado por Matheus Rosseto que encontrou o zagueiro Thiago Heleno que cabeceou para o fundo do gol de Alex Muralha.
E foi isso.
No mais um jogo de algumas oportunidades e nenhuma qualidade. Para o Atlético o começo de um novo trabalho com Eduardo Baptista; para o Flamengo o possível início de uma nova leva de comentários sobre o trabalho do técnico Zé Ricardo e o desempenho do time.
Sport 4 x 3 Grêmio
7 gols.
Isso mesmo: 7 gols!
Sob o comando do interino Daniel Paulista após a demissão de Ney Franco no meio de semana, o Sport, em grande noite de André, virou pra cima do Grêmio e conseguiu a primeira vitória no Campeonato Brasileiro.
A equipe gaúcha foi a campo com um conjunto composto basicamente de jovens – priorizando, obviamente, o jogo pela Copa do Brasil neste meio de semana. Mesmo assim, terminou o primeiro tempo vencendo o jogo por 2 a 1 – gols de Fernandinho e Rafael Thyere. Mas, na volta do intervalo, as coisas desandaram.
O Sport voltou com tudo pra cima dos garotos do Grêmio e com dois gols (André, que havia feito no final do primeiro tempo, e Matheus Ferraz), virou o jogo pra cima da equipe gaúcha que equilibrou o jogo após a expulsão do lateral-esquerdo Mena. O centro-avante rubro-negro ainda fez mais um após dividida com Pepê – que, depois, sofreu o pênalti convertido por Fernandinho, dando números finais ao duelo.
Com o resultado, o Grêmio perde os 100% de aproveitamento e a liderança do campeonato para o Corinthians – líder por ter menos cartões amarelos que o Cruzeiro, vice-líder com os mesmos 7 pontos.
Já o Sport pula para a 12ª posição e respira um pouco depois de uma semana turbulenta. Uma paz relativa que deverá ajudar na busca por um novo técnico.
Botafogo 1 x 0 Bahia
Com propostas de jogo muito parecidas – marcação sob pressão no campo adversário – Botafogo e Bahia fizeram um jogo bastante movimentado no Engenhão. Com a grande eficiência dos times na marcação, as melhores oportunidades do primeiro tempo surgiram em lances de bola parada. De cabeça, Renê Júnior exigiu grande atenção do goleiro Gatito Fernadez e, pelo lado do Botafogo, Camilo, em cobrança de falta, assustou Jean.
E foi assim, até que aos 43 minutos, numa roubada de bola, Bruno Silva desarmou Edson no campo de defesa e deu início à jogada de ataque que ele mesmo completou para o gol.
No segundo tempo, o Bahia voltou mais ligado para o jogo e pressionou em busca do empate. Porém a noite era de Gatito Fernandez que, mais uma vez, foi um paredão à frente do gol botafoguense. Com atuações cada vez mais decisivas, Fernandez vem tomando o lugar de Jeferson no coração do torcedor alvinegro.
Com o resultado, o Fogão termina a terceira rodada do Brasileirão com 6 pontos e divide a terceira posição com outras cinco equipes – que podem ser ultrapassadas pela Chapecoense ainda na noite de hoje.
O Bahia por sua vez, estacionou nos 3 pontos depois da goleada no Atlético-PR e ocupa a 13ª posição da tabela.