Fazer uma boa “lição de casa”: o objetivo em comum de Cleveland e Golden State nesta quarta

Por Matías Carranza

Publicado em 27 de janeiro de 2017

Foto: Ezra Shaw/Getty Images

Ambas equipes enfrentam times inferiores e jogam com amplo favoritismo para vencer

A NBA muitas vezes parece uma escola para adultos gigantes, e a quarta-feira (4), com certeza será uma noite assim.

Isso tudo porque as duas principais equipes do momento, o Cleveland Cavaliers e o Golden State Warriors, podem tratar seus próximos compromissos como se fossem a boa e velha “lição de casa” de quando eram crianças e sequer sonhavam com a possibilidade de brilhar na liga tão famosa.

A primeira dessas situações será vivida às 23h (de Brasília), quando o Cleveland Cavaliers do supertrio LeBron James, Kyrie Irving e Kevin Love vai receber em casa, a certamente lotada Quicken Loans Arena, o seu verdadeiro antepassado, o Chicago Bulls – que um dia teve Michael Jordan e hoje aposta toda sua esperança nas mãos certeiras do impressionante craque Dwyane Wade.

Impressionante é também o que os Cavs vêm deixando em seu caminho até aqui. O time está com 25 vitórias em 33 partidas, uma incrível efetividade de 78%. A dos Bulls de hoje não chega nem perto, verdade: são 48%, vindas de 17 vitórias e 18 derrotas.

Outra forma de demonstrar a facilidade que Cleveland deve encontrar hoje à noite está nas cotações. A vitória dos Cavs praticamente devolve a aposta, com R$ 1,30 a cada R$ 1,00 investido, com o triunfo do Bulls rendendo quase o triplo disso, pagando R$ 3,60 por R$ 1,00.

E aí vem a grande surpresa para quem quiser olhar o confronto de maneira mais ampla. Mesmo com todas essas diferenças de nível já citadas, o Cleveland vem se demonstrando um freguês de carteirinha de Chicago. Os Bulls ganharam os últimos quatro jogos entre ambos, e é preciso recuar até fevereiro de 2016 para encontrar um triunfo dos Cavs.

Foram duas vitórias dos Bulls nas duas partidas realizadas na atual temporada, um 111×105 no mês passado e um 118×108 em outubro. Quem quiser arriscar a terceira vitória seguida, que fique à vontade – vou seguir linha diferente e cravar que desta vez sim vai dar Cleveland em casa, ao contrário dos dois jogos anteriores, disputados em Chicago.

Se há esta inesperada paridade histórica entre Cavs e Bulls, nem dá para imaginar algo diferente na partida de outro gigante contra outro mediano da atualidade, o confronto entre o Golden State Warriors e o Portland Trail Blazers à 1h30 (de Brasília) na Oracle Arena, em Oakland.

Os Warriors têm uma campanha de dar realmente inveja nos demais: são espetaculares 85% de vitórias, contra uma efetividade bem mais baixa de Portland, que vem com 41%.

A derrota do Golden State seria uma das maiores zebras da noite não só da NBA, mas de todas as modalidades. É possível receber inacreditáveis R$ 15,00 de retorno com o triunfo dos Trail Blazers, e é preciso ter também uma coragem de dois dígitos para bancar este resultado. A vitória dos Warriors é bem mais módica, só R$ 1,03, e o que Curry, Durant e Thompson vêm jogando não permite mesmo sonhar com qualquer resultado muito diferente que não seja uma repetição dos placares dos confrontos entre ambos nesta temporada. Anotem aí: 135×90, 127×94, 107×96. Uma vitória com margem na casa dos 14-16 ou 17-20 pontos talvez seja o mais sensato, rendendo interessantes R$ 7,00 e R$ 5,50, respectivamente.

Além dos dois times que dominam a NBA e que certamente vão fazer valer o fator casa nesta noite, outra equipe que surge com um duelo bastante atrativo é o Oklahoma City Thunder, que visita o Charlotte Hornets com a promessa de jogo equilibrado, com campanhas de 60% (Thunder) contra 54% (Hornets).

Equilibrada está também a cotação, R$ 1,71 (Hornets) e R$ 2,20 (Thunder) – e é este interessante lucro de 220% que pode render a vitória do Oklahoma de Russell Westbrook. Além disso, há uma particularidade que deixa a situação ainda mais interessante a quem cravar esta opção: esta é a primeira vez que Charlotte e Oklahoma se enfrentam nesta temporada, situação ideal para o completo Westbrook confundir todas as marcações possíveis e correr para o abraço com novos desempenhos impressionantes.