Copa Sul-Americana

Freguês dos argentinos, Corinthians tenta quebrar escrita contra o Racing na Sul-Americana

Foto: Daniel Augusto Jr./Ag. Corinthians

Time comandado por Fábio Carille precisa reverter o momento e a história no jogão das 21h45 (de Brasília) desta quarta (13) em Itaquera

O futebol é 100% momento. Pode parecer frase feita, mas aí está o Corinthians, líder do Brasileirão, vindo de três derrotas seguidas, para nos fazer lembrar que este é o tempero do futebol e da vida: não saber exatamente nada de como será amanhã. E este amanhã (13) para o Corinthians será decisivo, pois enfrenta o gigante argentino Racing pelas oitavas de final da Copa Sul-Americana 2017, em Itaquera, às 21h45 (de Brasília).

Um país de más recordações ao Corinthians

Tudo bem, o Corinthians ganhou a Libertadores de 2012 de maneira invicta e espetacular diante do Boca Juniors de Riquelme no Pacaembu. Mas mesmo o torcedor alvinegro mais fanático há de concordar que os argentinos são um verdadeiro calvário na vida corintiana. E eis uma grande motivação para que os comandados de Fábio Carille busquem um agrado à sua nação na noite desta quarta (13).

 

Reconhecer uma freguesia não é fácil, sabemos. Mas olhar para o passado e aprender com as lições de tantas eliminações diante de times argentinos (veja lista no fim) certamente ajudaria na busca de um resultado que seria especial.

 

Especial deve ser também a missão de Pedrinho, o jovem que deve voltar a ser relacionado pelo técnico do Corinthians depois de operar as amígdalas. Um desfalque corintiano é certo: o lateral-esquerdo Guilherme Arana, que era esperado para retornar à equipe contra o Santos e sequer foi relacionado na derrota sofrida na Vila Belmiro. Sua volta aos treinos será só depois da partida diante do Racing.

 

É bastante provável que o Timão em Itaquera tenha a seguinte escalação: Cássio, Fagner, Balbuena, Pablo e Marciel; Gabriel e Maycon; Jadson, Rodriguinho e Romero; Jô. Serão esses os 11 homens responsáveis por frear a série de derrotas sofridas para o Vitória (1×0), Atlético-GO (1×0) e Santos (2×0).

 

E por tentar mudar um pouco também a história de dissabores diante dos argentinos – o Racing mesmo fez a festa em cima do Corinthians na Copa Mercosul de 1998 com um 2×1 em pleno Morumbi.

Racing investe na força e na retranca

As mulheres que não conhecem tanto o futebol argentino têm uma razão a mais para acompanhar a partida entre Racing e Corinthians. Diego Cocca, técnico da equipe de Buenos Aires, é tido como o principal galã do esporte do país vizinho.

 

Mas da mesma maneira que as mulheres que gostam de futebol não se interessam só por homens bonitos, Cocca, de 45 anos, é muito mais que somente um rostinho belo. Ele é tido como um grande ídolo do Racing por ter sido o técnico que levou a equipe ao título argentino de 2014, taça que o clube não obtinha desde 2001. Que o Corinthians se prepare desde já: este Racing em Itaquera vai jogar cheio de raça e trancado na defesa.

 

Cocca deve adotar um 5-3-2. Seu time titular deve ser formado por: Musso; Solari, Vittor, Barbieri, Orban e Soto; Zaracho (Meli), Arévalo Rios e Pulpo; Triverio e Lizandro López.

 

O Racing sofre dois desfalques importantes. O zagueiro Grimi e o lateral-direito Pillud estão suspensos por cartões amarelos. Suas vagas serão ocupadas pelo ótimo defensor Lucas Orban – que era do Tigre e arrumou toda a confusão com o São Paulo na decisão da Sul-Americana de 2012 – e Solari, um pouco mais discreto, tanto na marcação quanto no apoio ao ataque.

 

O Corinthians vai precisar de muito cuidado com dois jogadores em especial. O volante uruguaio Arévalo Ríos, um dos caciques da seleção de seu país há 11 anos, tem presença confirmada e promete infernizar a vida dos ataques e dos meias alvinegros. E quem deve complicar a noite dos zagueiros é o atacante Lisandro “Licha” López, enorme ídolo do Racing. “Licha” defendeu o Inter de Porto Alegre em 2015 e a seleção argentina na década passada. Tem experiência – está com 34 anos – e esperteza para aproveitar qualquer vacilo, mas sofre muito com o corpo. Sofreu várias lesões no último ano e até pensou em parar de jogar.

 

O jogo de volta – imperdível desde já – será no próximo dia 20, no Cilindro, casa do Racing em Avellaneda, cidade-bairro de Buenos Aires.

 

O sofrimento do Corinthians contra os times argentinos

  • 1991 – Eliminado pelo Boca nas oitavas da Libertadores
  • 1998 – Eliminado pelo Racing na 1ª fase da Mercosul
  • 1999 – Eliminado pelo San Lorenzo nas quartas da Mercosul
  • 2001 – Eliminado pelo San Lorenzo na semi da Mercosul
  • 2003 – Eliminado pelo River nas oitavas da Libertadores
  • 2006 – Eliminado pelo River nas oitavas da Libertadores
  • 2013 – Eliminado pelo Boca nas oitavas da Libertadores