Flamengo confia em um bom resultado hoje contra o Independiente no primeiro jogo da final da Sul-Americana
Apesar da confiança dos donos da casa, o rubro-negro carioca acredita na possibilidade de conquistar um bom placar hoje na Argentina e receber o Independiente com alguma vantagem no Maracanã na semana que vem.
Finalistas da Copa Sul-Americana de 2017 – a primeira a contar com 54 times e receber os terceiros colocados da fase de grupos da Libertadores (uma espécie de “rebaixamento”) – Independiente e Flamengo fizeram uma temporada muito parecida em seus torneios nacionais e devem fazer uma final parelha hoje e no próximo dia 13.
Desde a primeira rodada
Diferentemente do Flamengo que, após uma fase de grupos vergonhosa “desceu” da Libertadores para a Sul-Americana, o Independiente não conseguiu se entrar para o principal torneio do continente através de sua classificação no Campeonato Argentino e, desta forma disputou a Sul-Americana desde a primeira fase. Em seu caminho até a final precisou passar por Libertad, Nacional Asuncion, Atlético Tucumán, Deportes Iquique e Alianza Lima.
Atual 7º colocado no Campeonato Argentino com 18 pontos, o Independiente faz uma temporada regular. Nos últimos 30 jogos disputados (global) registrou 8 vitórias, 3 empates e 4 derrotas como visitante; contra 10 vitórias, 3 empates e 2 derrotas em seus domínios. Números que mostram um time que não sente a pressão de jogar fora de casa – o que pode se revelar um potencial perigo para o Flamengo que, decidindo a final no Maracanã, pode cair na armadilha de considerar o empate na Argentina um bom resultado. Para deixar tudo com um pouco mais de emoção, os últimos 5 jogos do Independiente como mandante pela Sula terminaram com 4 vitórias e 1 empate.
Jogando em casa, diante de sua torcida, contra um time que não vem fazendo grandes apresentações mas é, sim, qualificado, o Independiente deve procurar pressionar a vacilante defesa rubro-negra desde o início na busca de uma vitória que pode tornar mais fácil a sua vida no Maracanã semana que vem.
Foi o que sobrou
Os planos do Flamengo para a temporada eram ambiciosos: conquistar a Libertadores e brigar pelo Brasileirão até o fim e, se possível, conquistá-lo também. Com o título carioca no bolso – tratado como uma espécie de “aperitivo” para o restante do ano – o turbinado Urubu começou a patinar com seu elenco recheado de nomes famosos e amargou a inesperada eliminação ainda na fase de grupos da Libertadores – resultado que “derrubou” o clube da Gávea para a Sul-Americana que, neste ano, teve um novo formato e virou uma espécie de “Série B” da Libertadores.
O caminho do Flamengo então até a grande final foi, com um jogo a menos, mais curto que o do Independiente. O rubro-negro precisou eliminar, pela ordem: Palestino, Chapecoense, Fluminense e Junior Barranquilla.
Sob o comando de Reinaldo Rueda – que substituiu Zé Ricardo na Gávea – o Flamengo continuou alternando boas e más apresentações na temporada mas, focado na Sul-Americana como sua única chance de evitar um vexame gigantesco no ano em que investiu um caminhão de dinheiro para montar uma “Ferrari”, o time atuou de forma consistente nos dois jogos contra o Junior Barranquilla apesar dos problemas que teve com seus goleiros. O titular, Diego Alves, fraturou a clavícula ainda no primeiro tempo do jogo de ida da semifinal e foi substituído pelo inseguro Muralha que, após novas falhas, cedeu lugar a César, o 4º goleiro do time no duelo decisivo. Com uma atuação segura em Barranquilla, o atleta que estava “esquecido” pelo Ninho do Urubu contribuiu de forma decisiva para a classificação do rubro-negro.
O dramático triunfo sobre o Vitória na última rodada do Campeonato Brasileiro – que garantiu o time na fase de grupos da próxima Libertadores –, também serviu para diminuir um pouco a pressão em cima do elenco da Gávea.
Cheio de confiança após os bons duelos que fez contra o time colombiano, a equipe de Rueda seguirá com Felipe Vizeu no ataque, substituindo Paolo Guerrero que segue suspenso pela Fifa após a suspeita de dopping. Éverton, que estava no departamento médico também tem (poucas) chances de ser relacionado para o jogo. No mais, o Flamengo segue o mesmo.
Retrospecto
Ao longo da história, Flamengo e Independiente se enfrentaram 14 vezes. Os brasileiros venceram 7 duelos, os argentinos 3, e as igualdades se deram 4 vezes.
Nosso prognóstico
Jogando diante de sua trocida e sabendo da importância de conquistar uma vantagem para o jogo decisivo no Maracanã, o Independiente deve martelar a defesa rubro-negra desde o início. Uma vitória dos donos da casa é o palpite mais seguro para o duelo de hoje – o que não garantirá o título para o clube argentino.