Champions League

Juventus x Real Madrid: a grande final da Liga dos Campeões!

Daniel Alves e Marcelo
Fotos: Stuart Franklin e Shaun Botterill/Getty Images; Montagem do Ganhador.com

Gigantes confirmam favoritismo e agora prometem um jogo histórico entre si.

Deu a lógica. Atuando com a firmeza que caracteriza os times grandes, Juventus e Real Madrid superaram suas semifinais e estão classificados para a grande decisão da Liga dos Campeões, marcada para o dia 3 de junho, um sábado, no Estádio Millennium, em Cardiff, no País de Gales.

Tanto Real quanto Juve não sofreram sustos nas partidas de volta. Jogando em Turim, a “Velha Senhora” despachou o Monaco por 2×1, liquidando a série com o placar agregado de 4×1 (foi 2×1 também na partida de ida). Em Madri, o Real foi derrotado pelo Atlético por 2×1, mas fechou o mata-mata com um contundente 4×2 no geral.

   

Buffon x Cristiano Ronaldo: quem leva a melhor?

Com as duas equipes garantidas na decisão, já começaram as projeções dos principais duelos da decisão, e a semifinal é o melhor indicativo para saber como cada um chega a este jogo histórico.

A grande disputa será entre dois nomes que brilharam como nunca. Goleiro da Juventus, Pierluigi Buffon, aos 39 anos, provou que seu auge é agora. Ele ficou cinco partidas sem sofrer gols no mata-mata da Liga dos Campeões, e só foi vazado uma única vez das oitavas-de-final até aqui. O “gol de honra” foi marcado justamente na segunda semifinal pelo talentoso francês Mbappé, de apenas 18 anos – alguém que, convenhamos, teria idade para ser filho de Buffon.

Se o italiano é apontado como “o Pelé dos goleiros”, o que dizer de Cristiano Ronaldo, que fez oito gols em apenas três partidas (cinco contra o Bayern e três contra o Atlético de Madri)?

Os números do camisa 7 do Real Madrid até aqui são impressionantes. Ele soma nada menos que 10 gols em 12 jogos, mostrando virtudes com as duas pernas, no cabeceio e na bola parada.

Será, de fato, um duelo de monstros poucas vezes visto em uma decisão de Liga dos Campeões.

A decisão em si merece um parágrafo à parte. Fazia realmente muito tempo que a principal competição do mundo não era decidida com um confronto tão brilhante como agora. Para nós, do Ganhador, desde 2011 não há uma final tão parelha assim. Na ocasião, Barcelona e Manchester United se enfrentaram naquele que era o auge do Barça de Pep Guardiola, que venceu a final por 3×1 e depois atropelou o Santos no Mundial de Clubes com um inesquecível 4×0.

Depois deste 2011, vieram as finais Chelsea x Bayern em 2012 (Chelsea campeão), Real x Atlético em 2013, Barcelona x Juventus em 2014 e de novo Real x Atlético em 2015, com três títulos espanhóis – algo que o restante da Europa não vê a hora de terminar com o possível título da Juventus nesta decisão.

Essas finais contaram com grandes times e camisas pesadas, é verdade, mas desde este 2011 traçado por nós é que as duas equipes não chegavam tão equilibradas – e com tão alto nível – quanto agora.

   

Confronto brasileiro nas laterais

País do futebol ofensivo e gingado, o Brasil, quem diria, modernizou suas virtudes. Se antes o país se caracterizava por jogadores brilhantes no ataque, e a lista é tão grande que nem vale começá-la, agora são dois atacantes “fantasiados” de laterais que vão representar o país nesta final de Liga dos Campeões.

Pelo lado da Juventus, a grande estrela da equipe talvez seja o já veterano Daniel Alves, de 34 anos, que tem atuado com fôlego e técnica impressionantes pelo lado direito do campo.

Seu currículo é igualmente impressionante. Com o título italiano virtualmente garantido, ele pode conquistar, em Cardiff, simplesmente seu 35º título na carreira, condição que o colocaria na briga para ser o jogador com o maior número de conquistas na história. Os recordistas, com 36 troféus cada um, são Ryan Giggs e o brasileiro Maxwell.

O outro brasileiro que brilha na lateral não tem a experiência e a prateleira recheada de conquistas de Daniel Alves, mas está encantando a ponto de superar um monstro sagrado na posição. Estamos falando de Marcelo, que para muitos madrilhenhos já está um nível acima de Roberto Carlos na lateral-esquerda.

Marcelo joga no Real há dez anos, e nesta decisão pode chegar ao seu terceiro título de Liga dos Campeões pelo clube merengue.

Nesta decisão não dá para esquecer também de outro jogador de destaque do moderno futebol brasileiro. Ele segue os demais e não atua no ataque: estamos falando do volante Casemiro, ex-São Paulo, que tem latido alto como cão de guarda do meio-campo do Real, a ponto de ser considerado imprescindível por Zinedine Zidane (que, convenhamos, algo de meio-campo conhecia e conhece…).