Paixão Nacional: acabou o encanto?
E a 26ª rodada do Campeonato Brasileiro ainda tinha supresas guardadas na manga. Não bastasse a vitória do Santos pra cima do Palmeiras no Complexo Aquático Allianz Parque, a virada do Vitória pra cima do Botafogo e a corintiana (no sufoco) saída do São Paulo do Z-4; ontem, no encerramento da rodada, a Ponte Preta recebeu o Flamengo e se deu melhor, jogando com um a menos em boa parte do segundo tempo e se dando ao luxo de perder um pênalti – o primeiro defendido por Diego Alves com a camisa rubro-negra e com direito a show completo: adiantada de uns 300 metros, catimba e, mais importante de tudo, escolha do canto certo. Teve flamenguista tacando fogo na figurinha do Muralha no álbum do Brasileirão. Aposto.
Em um jogo tecnicamente (muito) ruim onde o veteraníssimo Emerson Sheik conseguiu “brilhar”, a Macaca se aproveitou da “ressaca” flamenguista pós-vice da Copa do Brasil e depenou o Urubu no Moisés Lucarelli. Sem conseguir criar chances de gol ou exercer qualquer domínio durante o jogo, o Flamengo – com sua força máxima, menos Paolo Guerrero – deu mostras de que o “encanto” de Reinaldo Rueda parece estar chegando ao fim.
Melhor para a Ponte Preta que mesmo vendo Lucca desperdiçar duas chances de ampliar o placar – além do pênalti, no primeiro tempo o atacante cobrou uma falta primorosa defendida por Diego Alves – passou seu lugar no Z-4 para o Sport do “profexô” Luxemburgo, pior time do returno do Brasileirão até aqui e forte candidato à Série B.
O Flamengo agora junta os cacos enquanto terá 10 dias para treinar e se encontrar em campo. Rueda disse, ao final do jogo que “viu coisas positivas” no jogo de ontem. Eduardo Baptista também viu – será que Rueda falava da Ponte e a galera não entendeu? De todo modo, o Urubu se distanciou mais um pouco do G-4 e agora precisa dar uma resposta em campo e agradar a torcida que espera a conquista do título da Sul-Americana – e não será fácil.