Paixão Nacional: isto resolve tudo!
Por mais que eu acompanhe o futebol têm coisas que eu nunca vou entender. Goleiro fazendo cera, por exemplo… Qualquer árbitro no mundo dá acréscimos no tempo de jogo por conta disso e nem os argentinos – senhores absolutos da arte da cera – conseguem ganhar seus jogos assim. Se funcionasse, só teríamos empates no Campeonato Argentino.
Substituição aos 43 e meio do segundo tempo… Sério? Alguém acha que isso resolve o jogo? Tem o argumento do “é pra esfriar os ânimos”, mas, na real, não passa de outro placebo.
Ontem, na Vila Belmiro, o Corinthians perdia por 1 a 0 e precisava de “poder de fogo” para tentar buscar pelo menos o empate diante do Santos. Fábio Carille, então trocou Gabriel (mais marcador) por Camacho (mais habilidoso). Foi ousado. Mas depois, foi só lambança…
Romero – que não é, de maneira alguma, um craque incontestável –, é um jogador que “enche o saco” da defesa adversária. E, ao invés de ficar com dois baixinhos rápidos em cima da zaga santista, Carille preferiu tirar o paraguaio (cansado, sim) para colocar Clayson (um pouco mais habilidoso que o titular, mas no final uma simples troca de seis por meia dúzia).
Como o resultado não vinha, o comandante corintiano partiu para o “tudo ou nada”: sai o lateral-esquerdo Marciel para a entrada de… Giovanni Augusto!
Sério? Giovanni Augusto? Só tinha ele no banco?
Vamos combinar que, quando a sua esperança de empatar um clássico está nos pés de Giovanni Augusto – um jogador mediano que nunca se firmou no time titular, não conta com a simpatia da torcida e está há meses em má-fase – tem algo muito errado no seu elenco (ou nas suas convicções como técnico).
Fábio está, rapidamente, fazendo a transição de “técnico-sensação” para a tradicional fase do “burro” e “este cara não serve pra dirigir o Corinthians”. Claro que o elenco corintiano não ajuda e a falta de opções no banco de reservas limita muito a ação do técnico quando as coisas não vão bem, mas a falta de criatividade do time e de opções ao sistema de jogo engessado que a equipe adota onde não há espaco para o improviso , passam, sim, pela prancheta do professor Carille que, tivesse mais uma substituição a fazer, certamente apostaria em Kazim para salvar a tarde de domingo.