Humor

Paixão Nacional: mantendo a invencibilidade

Já classificada para a Copa do Mundo da Rússia, com o primeiro lugar assegurado e finalmente jogando um futebol convincente, a Seleção Brasileira foi a campo ontem medir forças com aquela que – nas palavras do técnico Tite – é, ao lado do Brasil, a melhor seleção sul-americana no momento: Colômbia. E à exemplo da partida pelo primeiro turno (como bem lembrou Miguel Gonzalez), não foi um duelo fácil.

O forte calor de Barranquilla ajudou a aumentar a “preguiça” do escrete canarinho que saiu na frente aos 46 minutos do primeiro tempo com um golaço de William após boa jogada de Neymar – que num jogo onde o resultado não importava e o calor era grande, só “apareceu” ao fim da etapa inicial e no começo do segundo tempo. A partida teve bons momentos aqui e ali, um futebol, no geral, bem jogado – diferente dos duelos tensos que maracaram os encontros das duas seleções desde a Copa 2014 – mas nada digno de encher os olhos.

A Colômbia voltou disposta a mudar a história do duelo e chegou à igualdade com Falcão Garcia aos 10 minutos do segundo tempo. Foi o terceiro gol sofrido pela Seleção Brasileira sob o comando de Tite e o primeiro com a bola rolando – antes havia levado um gol contra (Marquinhos) após cobrança de falta e um de pênalti cobrado por Cavani.

Após o gol, a defesa canarinho voltou a mostrar a compactação de sempre e, satisfeita com o empate – que mantém a invencibilidade da equipe nas eliminatórias desde que Tite assumiu o comando –, administrou o jogo até o final. Um resultado que não muda nada na situação do Brasil, mas que “atrapalhou” um pouco a Colômbia que, ultrapassada pelo Uruguai, caiu para o terceiro lugar.

O Brasil encerra sua participação nas eliminatórias sul-americanas em outubro enfrentando Bolívia (fora) e Chile (casa). A próxima convocação deverá ser feita até o próximo dia 15 e, com apenas seis partidas a serem disputadas antes da Copa do Mundo (incluindo estas duas pelas eliminatórias), o técnico Tite inevitavelmente precisará testar opções à manjadíssima entrada de Philippe Coutinho no meio e o avanço de William para a ponta na tentativa de “mudar o jogo”. Do contrário, correrá o risco de passar como um leão nas eliminatórias e atuar como um ratinho na Rússia em 2018.