Paixão Nacional: não é bem assim…
A cartolagem segue fazendo das suas no Campeonato Brasileiro. A bola da vez – como não poderia deixar de ser – é a Chapecoense que, de erro em erro se afunda tanto quanto o São Paulo no Z-4 e já prepara o visto de trabalho para a Série B em 2018. Desde a demissão de Vagner Mancini, o time entrou em uma espiral de decadência e coleciona resultados ruins dentro e fora de casa.
Com a conquista de 7 pontos em 12 possíveis, o Vitória – comandado agora por Mancini – tem até o momento um dos melhores desempenhos do returno, segue abrindo caminho para fora do rebaixamento e ocupa a 17ª posição (a primeira do Z-4), 1 ponto atrás do Coritiba (16º colocado) e 1 à frente da Chapecoense (18ª). São Paulo (19º) e o virtualmente rebaixado Atlético-GO (20º) fecham a área de embarque para a segunda divisão.
Demitido da Chape após um empate em 3 a 3 com o Fluminense pela 11ª rodada do Brasileirão, Mancini foi substituído por Vinícius Eutrópio que em 17 jogos à frente do Verdão do Oeste – incluídos aí jogos extra-Brasileirão e amistosos – somou 11 derrotas, 2 empates e apenas 4 vitórias. No Campeonato Brasileiro, conquistou apenas 11 pontos em 12 jogos – menos de 1 ponto por jogo e, claro, foi demitido na tarde da última segunda-feira. Mancini, pelo menos, conseguiu ser Campeão Catarinense, né?
Mas como não há nada ruim que não possa piorar, todos os técnicos apontados como opções para assumir o time no lugar de Eutrópio – Jorginho, Eduardo Baptista, Enderson Moreira e Roger Machado –, disseram “melhor não, obrigado”. O único que não recusou o convite foi Argel Fucks. Não recusou porque, embora tenha sido cogitado pela própria diretoria da Chape, foi descartado no mesmo dia na base do “este não!” por conta de “atritos” do passado.
Agora, a Chape enfrentará o Flamengo de Reinaldo Rueda pela Sul-Americana sob o comado de Emerson Cris, o auxiliar técnico que corre o risco de ser efetivado e entrar para história como o homem que rebaixou o glorioso de Chapecó por que, acreditem, o irresistível convite para treinar a equipe receberá outros “nãos” – talvez Argel tivesse topado. No mais, quando o mundo parecer um lugar frio e sem esperança, sempre teremos Antonio Carlos Zago.
Mas, para ser bem honesto, a verdade é que, não importa quão bom é o seu elenco e a sua comissão: ao primeiro sinal de instabilidade do time, cartolas agirão e isto dará início a um pesadelo sem fim. Porque, por pior que fosse o desepenho de Mancini, com ele a Chape não cairia.