Por que acreditar que 2018 será um ano melhor do que 2017 foi para o Brasil no UFC?
Confesso que depois que Lyoto Machida saiu derrotado da luta principal do UFC São Paulo, em outubro, contra Derek Brunson, fiquei com um sentimento muito negativo em relação do futuro do país no UFC. Nossos medalhões estão em decadência, e ainda não temos uma promessa consolidada na organização. Mas com os meses seguinte percebi que nem tudo é tão ruim quanto parece. De fato, nossos astros perderam força em 2017. Mas por outro lado temos uma safra de atletas brasileiros despontando dentro do octógono prontos para proporcionarem muitas glórias em 2018.
José Aldo, Vitor Belfort, Lyoto Machida, Junior Cigano… Todos esses nomes protagonizaram derrotas em lutas principais em 2017. São alguns dos nossos principais nomes do MMA. Isso machuca a força da modalidade no país. E reforço que foi em luta principal pois muitas vezes o resultado da principal luta da noite acaba ofuscando resultados dos cards preliminares, e é exatamente isso que que aconteceu com o Brasil no UFC em 2017. Segundo um levantamento feito pelo amigo Adriano Albuquerque do Combate.com, no geral, brasileiros tiveram mais vitórias do que derrotas em 2017 no octógono do UFC.
Talvez seja uma fase ruim de nossos astros, ou talvez seja de fato o início do fim da carreira de alguns deles. Mas precisamos valorizar o que há de bom no cenário atual. São vários nomes brasileiros em ascensão em suas categorias. Paulo Borrachinha, Cara de Sapato, Renato Moicano, Ricardo Carcacinha, Jessica Andrade… São vários nomes que despontaram em 2017 como potenciais desafiantes ao cinturão ou até campeões do UFC.
O trabalho a ser feito em 2018 é manter o ritmo, dar visibilidade aos novos astros do MMA no Brasil e oferecer condições para que eles continuem nos representando bem. Uma hora ou outra sabíamos que haveria algum tipo de mudança. Lendas vão deixar nosso esporte, mas novos ídolos irão surgir. E isso não é um palpite, é um fato. O Brasil é uma das grandes forças do MMA no mundo e teve grande importância no surgimento do que hoje conhecemos como Artes Marciais Mistas.
Sim, 2017 não foi lá um ano tão empolgante. Mas também passou longe de ser um fracasso. O lado bom é que 2018 chegou cheio de expectativa e esperança no coração do fã de lutas. É hora da virada. Vamos à luta, Brasil!