Porradabol é coisa séria, meu filho!
Como o leitor deste Ganhador já deve ter percebido há algum tempo, semanalmente eu e Miguel Gonzalez trocamos farpas e palpites para alguns jogos da rodada naquilo que foi apelidado na redação de “Porradabol” – mentira, nosso editor de poucos cabelos e coração peludo (último da lista), movido pela privação de sono que apenas filhos menores de 1 ano podem proporcionar, chegou com a ideia e o nome prontinhos e disse com olhinhos meigos e cheios de amor: “façam!”.
Era pra ser uma disputa saudável entre redatores e seus prognósticos. Mas não existe disputa saudável comigo envolvido. Minha competitividade não dá espaço para a parte “saudável” – pergunte aos meus filhos quantos “par-ou-ímpar” ou jogos da velha eles ganharam de mim. O que eu quero mesmo é vencer a parada e ponto final. Mas, para que haja um vencedor, tivemos que organizar a casa, fazer uma tabela para podermos, ao final da temporada, coroar o Rei Supremo do Porradabol (eu) no churrasco da firma.
E, se nada disso der certo, sempre poderei incomodar o Paulo Antunes na NFL (como já fiz aqui, também por sugestão do editor em um dia de profundo ódio para com minha simpática pessoa).
Todo mundo ama números
Vamos lá… admita: os números aí em cima são impressionantes. Dignos do líder da Série A do Brasileirão (deixamos o saldo de gols de lado para que Miguel não ficasse num canto da redação em posição fetal gemendo “não é justo” porque, afinal de contas, excessão feita ao editor, temos coração e sabemos o quanto é triste ver um adulto nesta situação).
Claro que não foi fácil chegar a uma folga tão grande na tabela (6 pontos!!!!!). Mas eu contei com um trunfo – para desgosto de minha doce esposa gaúcha e gremista –, o Cruzeiro que deitou e rolou pra cima de Grêmio e Flamengo. Avançando na base dos empates e das cobranças de pênaltis, a equipe de Mano Menezes deixou o tricolor de Porto Alegre pelo caminho na Copa do Brasil, na Primeira Liga e no segundo turno do Brasileiro. Também na base dos empates e pênaltis, a Raposa derrubou o Urubu e sua Muralha na Copa do Brasil.
Como se isso não fosse o bastante, pela Série B, o Paraná levou ao chão o favorito Internacional e junto com ele tudo aquilo que Miguel tinha como líquido e certo em se tratando de futebol.
Evidentemente, não se pode ganhar todas e, a exemplo do Corinthians, em algum momento eu iria perder, como perdi ao acreditar no Botafogo na Copa do Brasil e no Santos na Libertadores. Mas, mesmo estas derrotas ficaram menores quando, após passar quase uma semana sendo tratado como uma vítima da peste negra pelos outros comentaristas, vi a Argentina cravar os dentes em uma vaga para a Copa do Mundo e garantir a magia de Messi na casa de Vladimir Putin.
O Futuro
Bem, o futuro do Porradabol – fica mais fácil pronunciar com o tempo – é hoje! Logo mais, às 21 horas, o Bahia, em grande fase que já dura duas rodadas sob o comando de Paulo Cézar Carpegiani encara, na Ilha do Urubu, o instável Flamengo de Reinaldo Rueda e do coração de Miguel Gonzalez. Claro que todos nós sabemos quem é o cavalo vencedor nesta história, né?
Sendo assim, deixo aqui o convite para que você acompanhe o nosso Porradabol e ouça nossas Caneladas – o podcast sobre o futebol nacional do Ganhador – amanhã, com o nosso resumo da rodada de meio de semana do Brasileirão e também para ouvir o som do chão da redação sendo limpo com o traseiro de Miguel Gonzalez após mais uma derrota em nossa rinha pessoal.