Vôlei

Rexona-Sesc é vice no Mundial de Clubes de vôlei feminino

Foto: FIVB / Divulgação

Equipe de Bernardinho para no VakifBank, da Turquia, na decisão.

O Rexona-Sesc fez mesmo o que dava e terminou com a prata no Mundial de Clubes de vôlei feminino, encerrado ontem (14) em Kobe, no Japão. O time do Rio de Janeiro foi superado na decisão pelo fortíssimo VakifBank, da Turquia, que comandou a partida do início ao fim e venceu por 3 sets a 0, com parciais de 25/19, 25/21 e 25/21.

A grande decisão começou com um perigoso antecedente para o Rexona: a derrota na fase de classificação para a mesma equipe turca, que conta com a excelente ponteira chinesa Ting Zhu, uma das melhores do mundo.

Pois a decisão começou com Zhu exibindo todo seu repertório, não encontrando dificuldades de furar o bloqueio armado pela equipe de Bernardinho. A primeira parcial logo teve um avanço do Vakif, que contou também com a eficiência da levantadora Aydemir para distribuir bem o jogo e tornar a marcação praticamente impossível para o time brasileiro.

O 25/19 registrado no set inicial não desanimou as centrais do Rexona-Sesc, Juciely e Carol, que se esforçaram no bloqueio e conseguiram equilibrar a segunda parcial. Equilibrar e até passar à frente com um animador 14/9, mas uma arrancada fulminante da equipe turca desequilibrou o placar para 17/16, com um grande desempenho da levantadora reserva Ozbay no saque.

Ou seja: além de um time fortíssimo em todas as posições, a equipe turca contou também com um auxílio dos mais efetivos das reservas que entraram em quadra. Desta maneira, o segundo set foi logo administrado pelo Vafik e encerrado por 25/21, no limite daquilo que os especialistas consideram como uma parcial equilibrada. Quando uma das equipes não passa de 20, o set é tido como fácil para a equipe ganhadora.

O Vakif entrou no terceiro set um pouco acuado pela maior eficiência da levantadora Roberta na distribuição de jogo – só quando o passe vinha na mão, claro. A parcial foi bastante equilibrada por todo o tempo. Uma prova da dificuldade enfrentada pelo time turco foi a saída da chinesa Zhu para a entrada de Cetin para compor o fundo de quadra, mas nos instantes decisivos apareceram as centrais para deixar o Vakif em vantagem. Tanto a sérvia Rasic como a turca Akman foram arrasadoras no bloqueio e no saque e o time turco chegou ao título com um novo 25/21 para fechar a conta.

   

Jejum para Bernardinho

A decisão do Mundial de Clubes significou também o fim do projeto da Unilever no vôlei feminino. A despedida acabou sendo digna, significando uma lista insuperável de títulos na categoria. Foram 12 conquistas na Superliga, quatro Sul-Americanos, três Copas do Brasil e três Supercopas.

O Mundial, porém, foi o único não conquistado pela equipe e nem por Bernardinho. Esta acabou sendo a quarta participação do Rexona-Sesc na competição. O melhor resultado ocorreu em 2013, quando perdeu para o próprio Vakif em outra decisão. Nos dois últimos anos, o time brasileiro terminou em quarto (em 2015) e quinto (em 2016). O saldo total na competição foi de 17 partidas e nove derrotas.

“Foi um Mundial digno, com grandes equipes, com as melhores jogadoras, gente que atua com força também na seleção”, comentou Bernardinho depois da partida.

“Lógico que não ficamos satisfeitos com o resultado final, nossa meta sempre é o título, mas desta vez não deu. Tivemos três jogos contra equipes europeias e mostramos bons momentos, mas que não foram suficientes para que saíssemos com a vitória. O time da Turquia mereceu. Tem boas jogadoras, e elas souberam o que fazer nos momentos de decisão.”

   

Vôlei Nestlé termina em sexto

O jogo que encerrou a temporada 2016/2017 para o Vôlei Nestlé, de Osasco (SP), foi no sábado (13), na disputa pelo quinto lugar do Mundial de Clubes. A equipe comandada pelo técnico Luizomar saiu na frente, mas depois não ofereceu resistência ao Dínamo Moscou, da Rússia, que ganhou por 3 sets a 1, parciais de 22/25, 25/19, 27/25 e 25/18.

O Vôlei Nestlé se despediu da competição no Japão com o sexto lugar, somando duas vitórias e três derrotas.

No jogo de sábado, Bia foi a maior pontuadora do time brasileiro, com 23 acertos. Grande parte da sua efetividade foi mérito também da levantadora Dani Lins, que pôde ver de perto que seu nível de jogo segue compatível ao das melhores do mundo.

Outra jogadora que provou ser da elite foi a oposta Natalyia Goncharova, uma máquina de atacar, responsável por 32 pontos na vitória do Dínamo.