Salve o Corinthians, campeão brasileiro feminino de basquete!
Corinthians derrotou UNISSAU por 73 a 66 e se tornou a melhor equipe do país.
Pela primeira vez, a taça de campeão brasileiro feminino de basquete seguirá para o Parque São Jorge. Damiris e a argentina Meli Gretter foram os destaques da partida que coroou as corintianas.
Título inédito para o Corinthians
Apesar de não ter mais um time adulto, o Corinthians tem muita tradição no basquete masculino. Foi campeão sul-americano em 1964 e em 1969, campeão brasileiro em 1965, 1966, 1969 e 1996, e por 14 vezes ergueu a taça de campeão paulista.
Se o investimento ainda não permite contar com homens em seu departamento, o Timão conseguiu montar um grande quadro feminina, em parceria com a prefeitura de Americana. O contrato foi assinado no segundo semestre de 2015 e logo de cara as alvinegras venceram a Liga Sul-Americana. Na LBF de 2015/16, o Corinthians foi até a final mas o Sampaio Corrêa foi quem acabou por festejar.
Nesta temporada não teve jeito. A superioridade das comandadas por Antônio Carlos Vendramini foi escancarada desde o início da liga. Na fase de classificação foram quatro triunfos a mais que o segundo colocado. Nos playoffs, conseguiu servir fria a aguardada revanche contra as maranhenses.
Na final, as pernambucanas cresceram. Conseguiram o impossível: sair do ginásio Milton Fenley Azenha, em Americana, com a vitória. Foi o único revés que o Corinthians sofreu dentro de casa em todo o torneio. Para não perder o título, o Timão precisou empatar a série no interior Paulista e derrotar a UNISSAU em Recife. No quarto duelo, as nordestinas igualaram a série forçando mais 40 minutos de basquetebol.
O encontro derradeiro foi equilibrado. O primeiro quarto terminou com 18 pontos para cada. As mandantes fugiram no segundo, fechando a primeira metade em 36 a 28. As de Americana chegaram a abrir 13 pontos de margem no começo do terceiro período mas o fechou em 53 a 44. Apesar da UNISSAU ter conseguido reduzir a diferença para apenas seis pontos, jamais conseguiu empatar e o Corinthians acabou vencendo por sete de vantagem.
A franquia de Americana, com o nome da patrocinadora Unimed, já havia sido campeã nacional em outras oportunidades. O Corinthians, até ontem nunca!
Corinthians: Meli Gretter, Babi, Damiris, Êga e Baker. Entraram Joice e Karla. Técnico: Antônio Carlos Vendramini.
UNISSAU: Ariadna, Tássia, Tati, Kelly e Casanova. Entraram Débora, Gil e Monteiro. Técnico: Roberto Dornelas.
Boa presença de público
Um bom público esteve nas arquibancadas para torcer e vibrar com a final da LBF de 2016/17. Quem assistiu à peleja viu Damiris desequilibrar a favor do Corinthians. Ela saiu de quadra com um duplo-duplo (26 pontos e dez rebotes). Meli Gretter também foi importante, com sua mão certeira. Ela conferiu 17 pontos. Damiris foi eleita a MVP das finais, a MPV do certame e declarou: “ser campeã é fechar com chave de ouro”.
O investimento da UNISSAU veio a abrilhantar ainda mais o basquete feminino nacional. Na agremiação pernambucana se sobressaíram as cubanas Ariadna e Casanova, além de Rafaela Monteiro e Tássia.
Como foi a edição 2016/17?
Na temporada regular, os seis participantes se enfrentaram em turno e returno duplo. Ou seja, cada quadro entrou em quadra 20 vezes. O Corinthians terminou na ponta com 18 vitórias. A UNISSAU ficou em segundo lugar com 14. Santo André (10) e Sampaio Corrêa (9) foram os outros dois times a alcançarem os playoffs. Blumenau (5) e Presidente Venceslau (4) foram eliminados.
Nas semifinais, as séries melhor de três terminaram em duas partidas: o Corinthians bateu o Sampaio Corrêa e a UNISSAU desclassificou o Santo André.
Na decisão, o Timão superou as pernambucanas por 3 jogos a 2.
Futuro da LBF
Todo ano paira a dúvida sobre que clubes ou que prefeituras continuarão apostando no basquete feminino. Será que os seis participantes do certame que acabou de se encerrar ainda terão equipes em 2017/18?
Sempre há esperança da chegada de novas instituições. As possibilidades caem sempre em cima do rico interior paulista que tem representantes no Estadual que não investem para o Brasileiro. Entre eles estão Catanduva, Jundiaí e São José. Outra possibilidade é o retorno do Maranhão, que chegou aos playoffs da LBF em 2014/15.
Também é preciso haver mais pelejas de basquete feminino. Poucos são os estados que conseguem ter Estaduais. O Rio de Janeiro, que já contou com grandes craques, não conseguiu organizar o seu Carioca no ano passado. Hoje, os mais fortes regionais são os de São Paulo e Santa Catarina.
A dificuldade também é a nível continental. Ano passado, não tivemos nenhum campeonato sul-americano interclubes.
Que dias melhores venham para o basquete feminino brasileiro!
Os Campeões Brasileiros:
Taça Brasil:
- 1984 – Prudentina
- 1985 – Universidade Metodista de Piracicaba
- 1986 – Universidade Metodista de Piracicaba
- 1987 – Minercal
- 1988 – BCN
- 1989 – Perdigão
- 1990/91 – BCN
- 1991/92 – Constecca
- 1992 – Sorocaba
- 1994 – Ponte Preta
- 1995 – Ponte Preta
- 1996 – Universidade Metodista de Piracicaba
- 1997 – Americana
Campeonato Nacional:
- 1998 – Fluminense
- 1999 – Santo André
- 2000 – Paraná
- 2001 – Vasco da Gama
- 2002 – Guaru
- 2003 – Unimed
- 2004 – Ourinhos
- 2005 – Ourinhos
- 2006 – Ourinhos
- 2007 – Ourinhos
- 2008 – Ourinhos
- 2009 – Catanduva
Liga de Basquete Feminino:
- 2010/11 – Santo André
- 2011/12 – Unimed
- 2012/13 – Sport
- 2013/14 – Unimed
- 2014/15 – Unimed
- 2015/16 – Sampaio Corrêa
- 2016/17 – Corinthians