Vôlei

Sul-Americano Feminino de Vôlei na Colômbia: em busca do 20º título, Brasil estreia contra a Argentina

Foto: Divulgação FIVB

Seleção vem de dois títulos na temporada e tenta manter o aproveitamento de 100%

Os homens fizeram a parte deles com o 31º título no Sul-Americano de Vôlei, encerrado na última sexta-feira (11), no Chile. Agora é a vez das mulheres, que a partir desta terça-feira (15), na Colômbia, brigam pela 20ª taça na competição.

 

Uma estreia tranquila contra a Argentina

Comandada pelo eterno José Roberto Guimarães, à frente da equipe há 14 anos, a seleção brasileira vai encarar a fraca Argentina às 19h (de Brasília) desta terça (15) no Coliseo Evangelista Mora, em Cali, na Colômbia. A meta está traçada: o campeão do Sul-Americano ganha uma vaga direta no Mundial de 2018, que será realizado no Japão.

Bicampeã olímpica em 2008 e 2012, a seleção jamais conquistou o Mundial, ganhando duas pratas e um bronze nas últimas três edições. Esta é a única taça que resta à equipe.

O Brasil tem uma sólida hegemonia no Sul-Americano, que até os anos 80 era dominado pela seleção do Peru, que logo a seguir foi batida pelo time de Isabel e Vera Mossa. As duas grandes jogadoras com certeza fazem parte de uma linha do tempo que hoje tem uma lista de nomes da mais alta capacidade no cenário do vôlei mundial.

A convocação do Brasil para este Sul-Americano conta com as levantadoras Roberta e Macris, as opostas Tandara e Monique, as ponteiras Natália, Rosamaria, Amanda e Drussyla, as centrais Adenízia, Bia, Carol e Mara e as líberos Gabi e Suelen.

A ponteira Gabi foi a última a se juntar à equipe: se apresentou na última quinta e fará parte do grupo apenas como preparação para a Copa dos Campeões, no Japão.

A estreia deve ser complicada? Brasil e Argentina estão em andares diferentes do vôlei mundial, mas a ponteira Natália descarta o favoritismo: “A Argentina evoluiu bastante nos últimos anos. Não enfrentamos a equipe delas nessa temporada, mas sabemos que elas tiveram uma boa participação no Montreux Volley Masters quando chegaram à semifinal”, comentou. “É um time com o qual vamos precisar tomar todo o cuidado possível. Temos que entrar em quadra concentradas e focadas no nosso objetivo que é conseguir a vaga para o Mundial.”

O discurso humilde é o mesmo verificado entre os homens, que ganharam o Sul-Americano com facilidade e mantiveram a hegemonia no continente.

 

Seis países e um enorme favorito, o Brasil

Este Sul-Americano em Cali terá a forma de disputa mais simples possível. Ao todo, seis seleções integram a competição: Brasil, Argentina, Peru, Colômbia, Venezuela e Chile. Todos jogam contra todos, e quem tiver mais vitórias vai ficar com o título.

“Sabemos da nossa responsabilidade e de quanto as equipes sul-americanas evoluíram nos últimos anos. Essa geração da Argentina tem dado bastante trabalho e teremos que impor o nosso ritmo desde o começo da partida. Chegamos mais fortes para esse campeonato depois da conquista do Grand Prix”, analisou a oposta Tandara.

O Brasil ganhou as duas competições que fez nesta temporada 2017: no Torneio de Montreux, tradicional competição que envolve as potências do vôlei, e no Grand Prix, a versão feminina da Liga Mundial, que neste ano foi conquistado pela 12ª vez na história.

“A Argentina evoluiu desde a participação no torneio de Montreux. Elas têm jogadoras que atuaram no voleibol brasileiro e conhecem o nosso time. A expectativa é de um jogo duro. É o campeonato mais importante do ano para o nosso time e a concentração tem que ser total. Vale a classificação para o Mundial e precisamos apresentar uma regularidade melhor”, afirmou José Roberto Guimarães.

O site www.voleysur.org vai transmitir as partidas do Sul-Americano ao vivo.

 

Palpite

O Brasil é a melhor seleção do mundo, e qualquer resultado neste Sul-Americano que não uma campanha invicta e só com vitórias por 3 sets a 0 será uma grande surpresa.

Foi o que aconteceu na última edição da competição, lá mesmo na Colômbia, na mítica Cartagena, há dois anos. O Brasil atropelou todas as adversárias e fez o jogo mais “difícil” contra o Peru, na decisão, quando de novo ganhou por 3 sets a 0 e fez a parcial mais complicada com um 25/21. Há um verdadeiro abismo entre o Brasil e as companheiras da América do Sul – e isso deve ser bem reforçado a partir de hoje.

 

Jogos do Brasil no Sul-Americano Masculino de Vôlei*

  • Brasil x Argentina – Terça-feira, 15 de agosto, 19:00
  • Brasil x Venezuela – Quarta-feira, 16 de agosto, 17:00
  • Brasil x Chile – Quinta-feira, 17 de agosto, 19:00
  • Brasil x Peru – Sexta-feira, 18 de agosto, 19:00
  • Brasil x Colômbia – Sábado, 19 de agosto, 17:30

* Horários de Brasília