Copa do Mundo Rússia 2018

Tite quer usar força máxima contra a Inglaterra logo mais em Wembley

Foto: Lucas Figueiredo/CBF

Com poucas dúvidas na lista de prováveis convocados para a Copa da Rússia, Tite quer dar rodagem àquele que ele e sua comissão consideram o time titular.

Defendendo uma invencibilidade de 6 jogos – a última derrota da Seleção Brasileira foi por 1 a 0 em um amistoso contra a Argentina –, o técnico Tite quer usar o time que ele imagina titular na Copa do Mundo de 2018 contra a Seleção Inglesa do técnico Gary Southgate no duelo de hoje em Wembley. A partida tem início marcado para as 18 horas (horário de Brasília), com trasmissão ao vivo na Globo e no SporTV.

 

Troca de comando

Embora joguem um futebol muito diferente entre si, as seleções de Brasil e Inglaterra têm uma coisa em comum: ambas trocaram de técnico durante as eliminatórias para a Copa do Mundo de 2018. No caso da equipe canarinho, a troca de Dunga por Tite surtiu resultados imediatos e uma ascensão meteórica ao topo das eliminatórias Sul-Americanas. Sem derrotas na competição, o técnico  levou o time à classificação antecipada e recuperou a estima da equipe – que vinha de sucessivos fiascos desde o fatídico 7 a 1 de Scollari.

Pelos lados da Inglaterra, embora a equipe tenha se classificado em primeiro lugar e de modo invicto em sua chave nas eliminatórias, a troca de Sam Allardyce por Gary Southgate causou praticamente nenhum impacto no estilo de jogo pouco ousado do British Team. Tanto que, apesar da classificação tranquila, seu ataque terminou como o segundo pior entre os nove times que conquistaram a vaga direta para o mundial do ano que vem – a ineficácia de seu ataque pode ser vista na última sexta-feira, no 0 a 0 contra a Alemanha: em nove chutes, apenas um – o mais perigoso do jogo, diga-se –, teve a direção certa.

 

Medindo forças

Há tempos Tite espera por um amistoso assim: contra um gigante europeu. Embora tenha passado sem grandes sustos pelos melhores times da América do Sul, o futebol europeu está, tática e tecnicamente, acima do nosso. Colocar o time que ele, Tite, imagina ser o titular na Copa do Mundo em 2018 para jogar contra uma equipe que se classificou “com sobras” como a Inglaterra se classificou (não importa se com um futebol bonito ou feio) é uma oportunidade que ele não desperdiçará.

É por isso que, diferente do que fez nos 3 a 1 contra o Japão na semana passada, o técnico brasileiro deverá se conter um pouco mais em suas observações e testes.

Pelo lado inglês, a postura conservadora de Southgale e os desfalques do time nos dão a certeza que as únicas experiências serão feitas por conta da necessidade e não da vontade.

 

Vai completo

Com Daniel Alves assumindo pela terceira vez sob seu comando a braçadeira de capitão – no rodízio de capitães consagrado em seus tempos de Corinthians – o técnico Tite não terá problemas para escalar seu time principal. É verdade que Philipe Coutinho – que não enfrentou o Japão por conta de uma contusão – ainda está longe de seu melhor condicionamento e, talvez, não aguente os 90 minutos. Mas isso não o impedirá de estar no 11 inicial. No mais, o Brasil será aquele que todo mundo imagina: Alisson, Daniel Alves, Marquinhos, Miranda e Marcelo; Casemiro; Paulinho, Renato Augusto, Coutinho e Neymar; Gabriel Jesus.

A Inglaterra não tem a mesma sorte e o atacante Harry Kane, contundido, está fora do duelo. Southgale ainda não decidiu quem entre Marcus Rashford (Manchester United), Jesse Lingard (Manchester United), Tammy Abraham (Swansea) e Jamie Vardy (Leicester) substituirá o atleta do Tottenham.

 

Nosso prognóstico

Fazendo apresentações consistentes, com um futebol moderno, usando o que seus atletas têm de melhor e sem medo de agredir o adversário – seja ele quem for – é fato que a Seleção Brasileira joga como tem que jogar uma equipe que se imagina vencendo a Copa do Mundo. Não que a Inglaterra não se imagine vencendo a Copa, mas a falta de tesão com que seus jogadores atuam não anima o torcedor inglês a depositar suas esperanças em Southgale e seus comandados.

É por isso que não será errado acreditar que o Brasil – enfrentando muita resistência, sem dúvidas –, sairá-se vencedor do duelo de logo mais.