Zebra do Vôlei abatida: Brasil vence o Irã por 3 sets a 0 no Japão
Seleção de Renan dal Zotto passa por cima de zebra iraniana e desponta com boas chances de título na reta final da competição
Baile, massacre, atropelo. Chame como quiser. O Brasil não tomou conhecimento da boa campanha do Irã e impôs sua força ao conseguir uma vitória por 3 sets a 0 na madrugada desta sexta (15) na cidade de Osaka, no Japão. A partida durou 1h23 e contou com as parciais de 25/22, 25/19 e 25/15.
Brasil domina do início ao fim
O Irã havia vencido a Itália e os Estados Unidos e era o único invicto na Copa dos Campeões. A promessa de jogo equilibrado se viu no primeiro set, quando o Brasil e o surpreendente adversário se revezaram na liderança e chegaram juntos até o 22/22. Foi quando Wallace fez a diferença no saque e o Brasil faturou o primeiro set com um 25/22.
A segunda parcial teve script parecido, com o Brasil forçando o saque e conseguindo a eficiência que Renan dal Zotto tanto pedia. A partida foi equilibrada até o segundo tempo técnico, alcançado com um 16/13 para o Brasil, que deslanchou com um bloqueio bastante eficiente para chegar ao 25/19.
O terceiro set teve arranque fulminante do Irã, que abriu 5/0 – mas depois parou. O Brasil logo encostou com um 5/7 e empatou ao chegar ao 10/10. Bem no saque e no bloqueio, a seleção abriu 22/14 e fechou a partida de maneira espetacular: 25/15.
O oposto Wallace dominou as estatísticas e terminou a partida com 15 pontos (12 de ataque, dois de saque e um de bloqueio). O central Lucão apareceu logo depois, com 14 (11 de ataque e 3 de bloqueio).
Alívio total
“Foi uma vitória muito importante. Antes do jogo, estávamos bastante preocupados com a seleção do Irã, que joga um voleibol muito moderno, muito rápido e que coloca em dificuldades todos os times que joga contra, principalmente através do seu saque”, analisou o técnico Renan. “Eles têm um sistema de bloqueio e defesa muito bons. É uma seleção muito difícil de marcar. O seu ataque joga com muita velocidade e era um adversário complicado. Além disso, é um time que não desiste nunca. Havia uma preocupação muito grande em relação a este confronto.”
“Estou muito feliz porque a seleção brasileira sacou muito bem e o trabalho de bloqueio e defesa também funcionou bastante. Isso é muito positivo contra seleções rápidas como é a do Irã, que tem um dos melhores levantadores do mundo na atualidade, o Marouf”, concluiu o treinador.
O Brasil atuou nesta sexta com Bruno, Wallace, Maurício Souza, Lucão, Lucarelli e Maurício Borges. Thales foi o líbero. Os reservas que entraram foram Tiago Brendle, Isac, Renan e Raphael.
O Irã contou com a seguinte escalação: Marouf, Ebadipou, Faezi, Ghaemi, Seyed e Ghafour. Marandi foi o líbero. Salafzoon, Mirzajanpour, Manavinezhad e Ghara são os quatro reservas que também atuaram.
E agora?
O Brasil vai enfrentar os Estados Unidos, às 0h40 (de Brasília) deste sábado (16), com transmissão ao vivo pelo canal da Federação Internacional de Vôlei no YouTube. É um confronto essencial para as chances brasileiras de título. O encerramento da campanha será no domingo, às 6h15 (também de Brasília), contra o Japão, que até perdeu todas as partidas e ganhou apenas um set.
Os Estados Unidos estão na liderança da competição com sete pontos, mesma quantidade do Brasil. Cada equipe ganhou duas partidas e perdeu uma – e há empate também na quantidade de sets vencidos (8) e perdidos (6). A única diferença nas campanhas é o saldo de pontos (258 a favor e 209 contra dos EUA, enquanto para o Brasil tais números são 266 e 230). Ou seja: a partida deste sábado tem um sabor praticamente de final antecipada. Os EUA enfrentam a Itália no encerramento da competição – um confronto mais difícil que o Brasil.
Este duelo com os Estados Unidos traz boas lembranças. Foi exatamente contra os americanos que a seleção de Bernardinho conquistou a Copa dos Campeões em 2005. O Brasil, aliás, defende um impressionante tricampeonato da Copa dos Campeões. Além deste 2005, ganhou também em 2009 e 2013. O primeiro título da equipe foi em 1997, somando quatro taças, sendo três consecutivas. É, disparada, a seleção com o maior número de títulos da competição. Cuba e Itália são as outras campeãs, com uma conquistada, cada.
Os jogos do Brasil na Copa dos Campeões do Japão
Terça (12) – Brasil 3×0 França (27/25, 27/25 e 25/22)
Quarta (13) – Itália 3×2 Brasil (15/25, 27/25, 27/25, 18/25 e 15/12)
Sexta (15) – Brasil 3×0 Irã (25/22, 25/19 e 25/15)
Sábado (16) – Brasil x Estados Unidos, às 0h40
Domingo (17) – Brasil x Japão, às 6h15