Acirrada a disputa pela Copa do Mundo de 2026
Marrocos entra firme na briga contra a América do Norte
Sem UEFA (por ser a sede de 2018) e sem a Ásia (por causa da edição de 2022), com a CONMEBOL de olho na Copa de 2030, e com a Oceania sem apresentar um concorrente, a disputa ficou restrita a CONCACAF e à África. Golias oferece uma Copa do Mundo parruda, espalhada por três nações, com muito dinheiro e estrutura envolvidos. Já Davi é mais humilde, não dispõe de tanto orçamento, mas logisticamente á capaz de levar a Copa para o Magreb. Quem ganha? Em 13 de junho saberemos a resposta.
A candidatura liderada pelos Estados Unidos
Depois da derrota para receber a Copa do Mundo em 2018 ou em 2022, os Estados Unidos se cercaram de todos os lados para ganhar o direito de abrigar o Mundial de 2026. Acertaram uma parceria com Canadá e México para que a Copa do Mundo seja da América do Norte, da CONCACAF, e não apenas do Tio Sam. A proposta ganhou os apoios da CONMEBOL e da Confederação da Oceania de imediato.
O trio tem larga experiência em eventos internacionais. Considerando apenas torneios de nível A da FIFA, os Estados Unidos receberam a Copa do Mundo de 1994 e os Mundiais femininos de 1999 e 2003. O Canadá foi o anfitrião do Mundial feminino de 2015. Já o México abriu as portas para as Copas do Mundo de 1970 e de 1986; para a Copa das Confederações de 1999; para a Copa do Mundo sub-17 de 2001; e para a Copa do Mundo sub-20 de 1983.
As sub-sedes estão praticamente certas no Canadá e no México. Os do gelo teriam partidas em Edmonton, Montreal, Toronto e Vancouver. Os da tequila organizariam espetáculos em Guadalajara, Cidade do México e Monterrey.
Falta definir a logística dos Estados Unidos que ainda tem 28 municípios brigando para organizar as pelejas. Todas as principais cidades, como Los Angeles, Nova York, San Francisco, Chicago, Houston e Washington DC querem estar representadas. Este número será reduzido para quinze.
A proposta diz que os Estados Unidos abrigarão oito grupos da primeira fase, deixando quatro para o Canadá e quatro para o México. Metade das oitavas de final aconteceriam nos da Estátua da Liberdade, deixando quatro mata-matas para seus vizinhos. Das quartas de final em diante todos os jogos seriam em território norte-americano.
A candidatura do Marrocos
O Marrocos foi preterido para receber a maior festa do velho esporte bretão em quatro oportunidades: 1994, 1998, 2006 e 2010. Os árabes não desistem e tentam mais uma vez. O país tem experiência internacional e já recebeu a Copa Africana das Nações de 1988 e o Mundial Interclubes da FIFA de 2013 e de 2014.
Se escolhido, o Marrocos pretende construir o Grande Estádio de Casablanca, com capacidade para 120 mil pessoas. Ali aconteceriam as partidas de abertura e a grande final.
Outras duas arenas seriam erguidas: o Grande Estádio de Oujda (para 45 mil torcedores) e o Novo Estádio de Al Hoceima (para 30 mil espectadores).
O Grande Estádio de Tetouan já está em obras e terá 40.410 assentos.
Outras seis praças esportivas já estão prontas: o famoso Estádio Mohamed V (67.000, em Casablanca), o Estádio Moulay Abdellah (52 mil, em Rabat), o Estádio Adrar (45.480, em Agadir), o Estádio de Marrakesh (45.250, em Marrakesh), o Estádio Ibn Batouta (45.000, em Tanger) e o Estádio de Fez (45.000, em Fez).
As curtas distâncias entre cada sub-sede e a proximidade com a Europa são um trunfo dos marroquinos, que já ganharam os apoios da Confederação Africana e da federação do Qatar.
Primeira Copa com 48 times
O aumento de participantes na fase final do Mundial começou em 2015 quando Michel Platini, então presidente da UEFA, defendeu a ideia. Sua intenção era que a Europa tivesse mais seleções, pois muitas boas equipes do Velho Continente acabavam ficando de fora (como Holanda e Itália em 2018).
Gianni Infantino, presidente da FIFA, abraçou a ampliação da Copa do Mundo em 2016 e levou a proposta ao conselho da entidade. Foram apresentados quatro modelos de Copa do Mundo: dois com 40 países e dois com 48. Acabou vencendo o formato de 16 grupos de três times na primeira fase, totalizando 48 seleções.
A divisão de vagas ficou assim:
- África: 9.
- América do Sul: 6.
- Ásia: 8.
- CONCACAF: 6.
- Europa: 16.
- Oceania: 1.
- Repescagem: 2.
Novidade também na Repescagem
A Repescagem contará com oito esquadras e será realizada no país-sede da Copa do Mundo, para testar a estrutura do torneio. Assim, se enterra de vez a Copa das Confederações.
As vagas na Repescagem serão distribuídas da seguinte maneira: África, América do Sul, Ásia, CONCACAF e Oceania terão um representante, que se juntam a mais uma equipe da confederação do país-sede e aos dois melhores do ranking da FIFA que ainda não tenham vagas asseguradas.
Teremos mata-mata em 90 minutos no formato quartas-de-final e semifinal.
Palpite
Nosso prognóstico é de que a Copa do Mundo de 2026 será na América do Norte.