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Análise e prognóstico para Botafogo x Fluminense, final da Taça Rio

Fluminense Campeonato Carioca
Foto: MAILSON SANTANA/FLUMINENSE FC

Partida deste domingo (25) no Maracanã terá um interessante duelo de técnicos, com o experiente Abel Braga encarando o novato Alberto Valentim

Fluminense e Botafogo sobreviveram. Depois de duas semifinais emocionantes, os gigantes do futebol carioca agora se preparam para uma decisão que também promete um grande drama. O duelo desta vez vai ter um palco digno das grandes tradições: será neste domingo (25), às 16h (de Brasília), no Maracanã. Difícil ficar melhor.

 

Fogão ainda aposta na comoção

O Botafogo parecia um time argentino na partida contra o Vasco. O 3×2 obtido na semifinal foi fruto de muito esforço e de um elenco que resolveu jogar com “o coração na ponta da chuteira”, como o torcedor costuma falar. Não era para menos. O time ainda estava impactado com a chocante fratura de perna que o volante e meia João Paulo havia sofrido depois da entrada brutal de Rildo, do Vasco.

E é este combustível extra que pode fazer diferença também na decisão contra o Fluminense. O Botafogo todo quer oferecer a faixa de campeão para o jogador que vai precisar encarar uma recuperação das mais complicadas – isso, ainda, se ele se recuperar, pois em casos assim não são poucas as situações em que o atleta simplesmente não consegue voltar a atuar no nível em que estava.

O Fogão aposta também em um grande ídolo para apaziguar os ânimos e mandar o time jogar com a paciência necessária para uma decisão. O goleiro Jefferson estará de volta à equipe, ocupando o lugar que é do paraguaio Gatito, que está com a seleção de seu país.

Jefferson não atua desde o 3×1 que o Botafogo levou do Flamengo na semifinal da Taça Guanabara. Apesar da sua experiência, tal falta de ritmo pode chegar a preocupar.

Outra mudança na equipe pode ser a volta do atacante Kieza, que está com dores musculares na coxa direita, mas tenta ficar à disposição do técnico Alberto Valentim para a partida deste domingo. O treinador, porém, deve ser cauteloso e começar com Kieza no banco – e há uma excelente razão para que isso ocorra desta maneira.

O substituto de Kieza tem sido Brenner, decisivo nos confrontos contra o Vasco, marcando dois gols. Se um goleiro precisa de ritmo, um atacante precisa de confiança e gols. Brenner já demonstrou que está em paz com ambos. Por isso, deve continuar na equipe.

 

Flu confia em seu paredão

Não adianta Paulo César Carpegiani dizer que o Fluminense jogou cumprindo o regulamento e praticando o anti-jogo. Soa a choro de perdedor. Se uma equipe chega à semifinal sem precisar ganhar para se classificar, é de se imaginar que um treinador experiente como Abel Braga resolva colocar seu time de uma maneira mais defensiva em campo. E defender sua meta com força parece algo bastante vivo no DNA deste Fluminense. O time tem uma verdadeira muralha em campo. Nas últimas seis partidas, levou apenas cinco gols.

E quem tem grande responsabilidade nisso? O bom e velho Gum, autor do gol que fez o Flu sair na frente para depois contribuir para segurar o 1×1 até o fim.

“Quando as coisas passaram a não correr muito bem, ele virou o vilão para a torcida, mas conseguiu superar os momentos difíceis e voltou a ser a o ‘Gum guerreiro’”, comemorou o técnico Abel Braga, que projeta mais uma grande batalha para o atleta nesta decisão. “Ele foi muito bem ao anular o Henrique Dourado. É um jogador que tem uma grande confiança nossa para fazer o mesmo também na decisão.”

O técnico demonstrou alívio com a chegada à final. “Falaram tantas coisas, colocaram esse nosso time tão para baixo, que não há espaço mesmo para outro sentimento que não a alegria por eliminar este Flamengo que é forte e que com certeza vai voltar a cruzar o nosso caminho nesta temporada.”

 

Prognóstico

Na decisão, a vantagem do empate deixa de existir. Em caso de igualdade, os times vão para as cobranças de pênaltis.

Por esta razão, faz bastante sentido imaginar um Botafogo buscando a iniciativa do jogo e cercando o Fluminense, que vai fazer aquilo que vem sendo feito nas últimas partidas, que é esperar a ação do adversário e tentar surpreender ou no contra-ataque ou no jogo aéreo.

Fluminense e Botafogo se encontraram uma única vez nesta temporada – foi 0x0, na segunda rodada da Taça Guanabara, há mais de dois meses. O técnico do Botafogo ainda era Felipe Conceição. Desta vez, o grande duelo na verdade vai estar na beira do campo. Comandante do Flu, Abel Braga tem 65 anos e é técnico há 33. Pelo lado da Estrela Solitária, a curiosidade é grande para saber o que vai fazer Alberto Valentim, de 43 anos, que é técnico há apenas uma temporada.

O Fluminense demonstrou contra o Flamengo que tem um time melhor que o Botafogo e que está mais maduro para conquistar este título – resta saber se no tempo normal ou nos pênaltis.

 

Final da Taça Rio

Domingo, 25 de março

  • 16:00 – Fluminense x Botafogo – Palpite: Fluminense