Brasil, Espanha ou Alemanha: qual seleção sai mais fortalecida dos amistosos para a Copa do Mundo?
Ao lado da Fúria, que massacrou uma Argentina sem Lionel Messi, equipe comandada por Tite é a seleção do momento; apesar de tropeços, alemães e franceses continuam em alta
Passada a última rodada de amistosos antes das convocações finais das 32 seleções para a Copa do Mundo, é hora de analisar quem aproveitou e quem chega mais fortalecido para o torneio na Rússia. Convivendo há quatro anos com o 7×1, o Brasil finalmente venceu a Alemanha. Apesar de os europeus mandarem a campo uma equipe alternativa, o time canarinho mostrou desenvoltura sem sua principal estrela: Neymar. O revés até quebrou uma importante série invicta alemã, mas o time dirigido por Joaquim Löw continua extremamente competitivo. Competividade esta mostrada pela Espanha, que foi sem dúvida a principal seleção da última semana. Após um empate bastante empolgante contra os atuais campeões mundiais, a Fúria pintou e bordou diante da Argentina, que sem Lionel Messi sucumbiu por incríveis 6×1. Confira quem anda em alta!
Brasil
Ainda é cedo para falar se a Seleção Brasileira vai alcançar o hexacampeonato, mas o que temos certeza é que todo o trabalho possível para ganhar o torneio russo tem sido feito pela comissão técnica. Sem Neymar, que continua se recuperando de uma cirurgia no pé direito, Tite aproveitou para simular a equipe sem seu camisa 10. E os resultados foram animadores. Primeiro, superou a Rússia por 3×0 no estádio Lujniki, que servirá como palco da abertura e final da Copa do Mundo, e depois ganhou da poderosa Alemanha por 1×0.
As vitórias pouco importaram, mas o comportamento e atuação de certos atletas chamaram a atenção do comandante brasileiro. São os casos de Thiago Silva, Fred e Douglas Costa, que estão muito próximos do Mundial. Por outro lado, a ascensão do ex-gremista deixou Taison no banco de reservas, que pode ter perdido sua chance. Já Renato Augusto continua sendo o homem de confiança do gaúcho, mas o fato de jogar pouco na China – não atuou entre novembro e fevereiro por conta do calendário asiático – abriu brecha para os concorrentes, como Fernandinho.
Alemanha
A derrota para o Brasil não foi lamentada, mas a Alemanha percebeu, mesmo jogando com um time reserva, que o adversário sul-americano está bem mais organizado desde o fatídico 7×1. De ruim mesmo no revés foi o fim da invencibilidade de 22 jogos dos atuais campeões mundiais. Porém, o embate contra a Espanha, no qual ficou no 1×1, em um jogaço, mostrou que a trupe liderada por Thomas Müller está no caminho certo para a Copa do Mundo.
Espanha
Apesar do 100% brasileiro nos últimos amistosos, a seleção que sai mais fortalecida dos jogos da semana é a Espanha. Primeiro, porque jogou de igual para igual com a Alemanha e até sufocou os rivais em certo momento do confronto, e porque foi impecável contra a Argentina. É bem verdade que os nossos hermanos não tiveram Lionel Messi, que foi poupado, mas isso não serve de desculpa para um placar tão dilatado. Com o triunfo, a Fúria é a equipe com maior invencibilidade no momento, com 18 jogos. Isso tudo desde o técnico Julen Lopetegui assumir o cargo, que é obvio, não sabe o que é perder – 13 vitórias e cinco empates.
Argentina
A vitória sobre a Itália por 2×0 abriu um sorriso em cada um dos milhares de argentinos espalhados pelo mundo. Afinal, superar uma seleção tetracampeã fora de casa e jogando sem sua principal estrela eram fatores para lá de importantes para dar confiança a Jorge Sampaoli e companhia. Mas o vexame para a Espanha, igualando as duas piores goleadas de sua história – diante da Tchecoslováquia, em 1958, e diante da Bolívia, em 2009 – ligaram o sinal de alerta no time albiceleste. Apesar do massacre, o técnico argentino ainda busca criar uma identidade para o time. E ele tem três meses para encontrar!
França
Com um elenco recheado de jovens estrelas, como Mbappé, Antoine Griezmann, Pogba e Dembélé, a França é sim uma das postulantes ao título mundial. Mas isso vai depender de como os 11 titulares se comportarão durante o torneio. Isso porque a equipe comandada por Didier Deschamps teve altos e baixos durante a semana. Se fez um primeiro tempo brilhante contra a Colômbia, abrindo 2×0 e dando a impressão de que iria golear, Les Bleus caíram de produção na segunda etapa e levaram uma virada incrível no Stade de France. Nem a vitória sobre a Rússia por 3×1 minimizou o resultado diante dos sul-americanos. A questão que fica é a seguinte: será que a garotada dará conta do recado nos momentos decisivos?