Copa Rubro-verde reúne homônimos e muita nostalgia
Quatro “Portuguesas” disputam torneio de pré-temporada
A Portuguesa paulista convidou suas xarás carioca, santista e paranaense para um certame de preparação que acontece em sua casa, o estádio do Canindé. A iniciativa coloca frente a frente rivais que poucas vezes se enfrentam. Espalhados pelo Brasil, as quatro instituições têm algo em comum, além do nome: os laços afetivos com Portugal.
Regulamento
Teremos mata-mata simples em semifinais e finais. Se não tivermos um vencedor após os 90 minutos, o desempate acontece na disputa de pênaltis. Não há partidas de volta e todos os jogos acontecem no Canindé, em São Paulo.
Os ingressos custam R$ 10,00 + um quilo de alimento não perecível.
A anfitriã
O “Caso Heverton” de 2013 marcou a atual fase decadente da Portuguesa de Desportos. As investigações não avançaram e até hoje não se sabe se a Portuguesa inocentemente errou ou se aconteceu algo por trás da escalação irregular do atleta. Fato é que a paulistana foi caindo degrau a degrau no Brasileirão e chegou também à Série A-2 do Paulistão. Em 2018, está fora de todos os níveis do Campeonato Brasileiro e também da Copa do Brasil.
Sua melhor fase talvez tenha sido a fábrica de craques montada nos anos 90 na Terra da Garoa. Quem não se lembra de Dener, que tinha futuro certo na seleção brasileira? Naquele momento, a representação de São Paulo ficou com o vice-campeonato nacional de 1996.
Seus títulos são a segunda divisão do Brasileirão de 2011, os Torneios Rio-São Paulo de 1952 e 1955, os Paulistões de 1935, 1936 e 1973 e as Séries A-2 Estadual de 2007 e 2013.
Em 2017, o Leão foi apenas o 13ª colocado na segundona de São Paulo. Por isso, reforços foram necessários. Chegaram o zagueiro Igor João, o lateral-direito Carlinhos, o lateral-esquerdo, Cesinha, os volantes Marcus Vinícius e Felipe Manoel, o meia Gian e o atacante Thiago Rômulo.
Para este quadrangular, Zé Roberto vestirá a camisa da Portuguesa pela última vez, aos 43 anos. Depois, ele assume uma função administrativa no Palmeiras.
Apesar das dificuldades financeiras, a organização sustenta outras modalidades como tênis, patinação, hóquei em linha, hóquei sobre patins, futebol americano, bocha, futebol society, karatê, futsal e jiu-jitsu.
A representação carioca
A Portuguesa carioca foi fundada em 1924, no Centro da capital, e já participou 42 vezes da primeira divisão do Rio de Janeiro. O título estadual ainda falta, mas a Zebra já conquistou três vezes a segundona, além de duas Copas Rio.
A agremiação do Rio de Janeiro talvez seja a mais forte deste quadrangular, pois é a única entre as coirmãs a participar da elite estadual. A rubro-verde terminou em nono o Carioca de 2017 e está desde 2016 entre os grandes.
Durante as últimas semanas, contratou o volante Lucas Zen (formado no Botafogo e que estava no Brasiliense), Alex Créu (ex-Oeste), Fabrício Tosi (ex-Flamengo e Hapoel Tel Aviv), além de Johnnatan, do Paysandu. Em amistosos, os cariocas ficaram no 0 a 0 no duelo de entrega das faixas ao Goytacaz e derrotaram o sub-20 do Vasco por 3 a 1.
A Portuguesa carioca tem muita história. Ela se mudou para a Ilha do Governador em 1965, depois de comprar o antigo Jockey Club da Guanabara, que se transformaria no estádio Luso-Brasileiro, que hoje tem capacidade para 15 mil pessoas e onde a Lusa pratica também Futmesa, Futsal, Natação e Tiro com Arco.
Pouca gente se lembra, mas em 04 de setembro de 1969, ela calou o Santigo Bernabéu ao fazer 2 a 1 sobre o Real Madrid. Aliás, ela é um pesadelo de clubes europeus: Em 1956 voltou invicta de uma excusão à Cortina de Ferro, onde encarou Dínamo de Moscou e Wisla Cracóvia. Em 13 de agosto de 1976, bateu o Benfica por 3 a 1, na Cidade Maravilhosa.
Em Santos, orgulho da Terrinha
A Portuguesa Santista foi fundada em 1917 porque os imigrantes portugueses não tinham um time para o qual torcer, já que os outros quadros da cidade eram formados por espanhóis, italianos, ingleses e sírios.
A Briosa se orgulha de ser uma das formadoras do craque Neymar. Os troféus em seu museu são poucos: uma segundona Estadual de 1964 e uma quartona de 2016. A Lusa foi apenas a sétima colocada da última edição da terceirona.
Para 2018 Sérgio Guedes será o comandante. Os reforços são os atacantes Rodriguinho (ex-Fluminense) e Anderson Portela (ex-Votuporanguense); o goleiro Rodrigo Calchi; os meias Diego Palhinha (ex-ASA), Edmílson, Léo Gonçalves e Wendell; os zagueiros Carlinhos e Thiago Moura; os volantes Tufa e Emerson (ex-Olímpia-SP); os laterais-direitos Rafael Ferro e Léo Felipe (ex-Avaí); e o lateral-esquerdo Rômulo.
Os cartolas modernizaram o programa sócio-torcedor para a temporada 2017.
A menor delas
A associação de Londrina é a menor das “Portuguesas”. Criada em 1950, nunca se firmou entre os grandes do Paraná e chegou a encerrar as atividades de futebol profissional durante alguns anos.
Atualmente, chegou em oitavo na segundona estadual. Ficou muito perto de descer para o terceiro nível. A Lusinha só tem um título oficial: a de campeã da série B paranaense de 2006.
A tabela
Semifinais, quinta-feira, 04 de janeiro:
- 19h00: Portuguesa Santista x Portuguesa-RJ – palpite: Portuguesa-RJ.
- 21h15: Portuguesa-SP x Portuguesa Londrinense – palpite: Portuguesa-SP.
Final 3o e 4o, domingo, 07 de janeiro:
- 16h00: perdedor 1 x perdedor 2
Final, domingo, 07 de janeiro:
- 18h15: vencedor 1 x vencedor 2