Diante do Boavista, Fluminense começa a mostrar a sua cara de 2018
Tricolor perdeu quase todo o time titular e há grande incerteza na Taça Guanabara; estreia será às 16h30 (de Brasília) desta quarta (17), contra o Boavista
Desmanchado com a saída de quase toda a sua equipe, o Fluminense vai se agarrar de novo à figura de Abel Braga, que abre a sua segunda temporada seguida no comando da equipe. O Flu 2018 começa a mostrar a sua cara já nesta quarta-feira (17), diante do Boavista, na estreia da Taça Guanabara para as duas equipes. A partida será disputada às 16h30 (de Brasília) no Estádio Eucyzão, em Saquarema.
Sem choro
Abel Braga abriu o ano com o discurso mais positivo possível. Em vez de reclamar de quem saiu, ele passou a valorizar quem ficou ou chegou, uma demonstração de maturidade e um voto de confiança na diretoria, que promete se esforçar para reforçar a equipe ao longo da temporada.
“Eu não vou para o lado da queixa. É claro que os jogadores que saíram eram bons profissionais e bons amigos, mas o que passou, passou. Vamos analisar e trabalhar sempre daqui para a frente. Aos poucos vamos formar o nosso grupo”, comentou o treinador.
O Fluminense 2018 mostra duas contratações, Gilberto e Jádson, e a volta de dois emprestados, Ayrton e Pablo Dyego. É, realmente, muito pouco para suprir a saída de mais de 20 jogadores que deixaram o clube.
O Tricolor precisa desesperadamente de um goleiro, um zagueiro, um volante e um meio-campista. E há a incerteza também sobre Henrique Dourado, artilheiro do Brasileirão que também corre grande risco de deixar a equipe.
O “Ceifador”, como Henrique costuma ser chamado, é a grande esperança de gols do time. Já há duas temporadas ele vem desempenhando um ótimo papel, especialmente nas cobranças de pênalti. Até hoje, acertou todas as 11 cobranças que executou.
Outro atleta que merece atenção é o volante Luiz Fernando, que volta à equipe depois de uma grave lesão no joelho. Como é forte e bastante habilidoso, pode se sobressair com segurança neste momento caótico enfrentado pela equipe.
Para Abel, o favorito ao título do Carioca é o Flamengo: “Eles têm um time pronto. Fluminense, Botafogo e Vasco estão nas mesmas condições”.
Não há, realmente, um nome melhor que o treinador para comandar o Flu nesta transição. Ele é o segundo técnico a somar mais partidas pela equipe, beirando os 300 jogos. Abel também teve a possibilidade de deixar o clube – seu nome foi bastante sondado, por exemplo, no Internacional, onde ganhou a Libertadores e o Mundial de 2006. Mas a sua sequência no Rio tem a ver com a amizade com a diretoria e com as promessas de um projeto que supere esta turbulência atual e que traga os reforços com os quais ele vai precisar trabalhar.
O Fluminense, de fato, precisa tomar muito cuidado com o que fará neste 2018. A equipe já passou por um aperto grande no Brasileiro do ano passado, quando terminou em 14º, sendo o pior carioca no campeonato. A distância de pontos para o primeiro rebaixado, o Coritiba, foi de apenas quatro pontos (47 a 43). O time usado então era considerado melhor que o atual, e já houve este sufoco. Todos nas Laranjeiras estão apreensivos e sabem que o Brasileirão vai exigir uma equipe com uma cara bem diferente desta que vai abrir a Taça Guanabara.
Boavista confia na manutenção
Ao contrário dos anos anteriores, o Boavista não contratou veteranos e nem as inúmeras promessas que acabaram sendo tradição na equipe de Saquarema nas últimas temporadas. A aposta da vez é a base que foi bem no último ano, ganhando inclusive a Copa Rio.
O destaque da equipe é Erick Flores, o camisa 10. Já com 28 anos, ele abre nesta semana o seu quinto Carioca com a equipe. Goza de boa confiança da comissão técnica e espera retribuir em campo com seu futebol criativo e maduro, mas que ainda sofre um pouco com marcações mais pesadas e experientes.
Por falar em experiente, vale ficar de olho no meia-atacante Tartá, de longa trajetória no próprio Fluminense que enfrenta nesta quarta. Ele estava na Tailândia, depois de duas temporadas no futebol da Coreia do Sul. A sua experiência de jogador de clubes grandes como Goiás, Criciúma, Vitória e Atlético-PR certamente pode trazer boas referências para a equipe do técnico Eduardo Allax, de 40 anos.
Jogos da 1ª rodada da Taça Guanabara
Quarta-feira, 17 de janeiro
- 16:30 – Madureira x Macaé – Palpite: Macaé
- 16:30 – Nova Iguaçu x Cabofriense – Palpite: Cabofriense
- 16:30 – Boavista x Fluminense – Palpite: Fluminense
- 21:45 – Volta Redonda x Flamengo – Palpite: Flamengo
Quinta-feira, 18 de janeiro
- 19:30 – Vasco x Bangu – Palpite: Vasco