Draft da NBA 2018/2019: Tudo o que você precisa saber sobre o sorteio desta noite no Brooklyn
Evento que pode mudar o futuro de franquias e jogadores começa às 20h30 (de Brasília), com transmissão ao vivo da ESPN
Um dos momentos mais aguardados do mundo do basquete, o Draft da NBA ocorre a partir das 20h30 (de Brasília) desta quinta-feira (21) com toda a pompa que o fã da modalidade bem conhece. E grande parte deste brilho está realmente na possibilidade de se conferir pela ESPN, ao vivo e em plena Copa do Mundo, os semblantes de dirigentes e atletas que vão conhecer o seu destino para as próximas temporadas. Mas antes de explicar o que esperar do evento desta noite, convém explicar um pouco do sistema de escolha do Draft.
Um mar de boas histórias
O Draft da NBA ocorre anualmente sempre ao redor do dia 20 de junho. E haja história para contar, pois o sorteio ocorre desde 1947! O “recrutamento” ocorre em duas partes, envolvendo, ao todo, 60 jogadores, que são selecionados pelas 30 franquias que participam da cada vez mais milionária, badalada e concorrida NBA.
Os atletas que sonham com um lugar ao sol são, em sua imensa maioria, do basquete universitário norte-americano. Uma tendência recente que é encontrada neste processo seletivo é um espaço também para os atletas de fora dos Estados Unidos. Os universitários que completaram quatro anos de estudo já ficam automaticamente aptos para ser “draftados”, enquanto os mais jovens precisam declarar a “elegibilidade”, como chamam os americanos, e deixar os estudos de lado. Até 2006, os jogadores do ensino secundário, a high school, também tinham vez, mas perderam espaço recentemente para os estrangeiros.
Desta vez, não haverá brasileiros na escolha. O ala-pivô Gabriel Jaú e o pivô Michael Uchendu, ambos do Bauru, e o armador Yago, do Paulistano, estavam na lista divulgada em abril, mas retiraram os nomes porque não poderiam ser inscritos nas próximas temporadas caso fossem rejeitados no evento desta noite no Barclays Center, no Brooklyn.
O sistema é conhecido do público, mas não custa reforçar: as equipes de pior campanha ficam com preferência para cooptar os principais talentos. Mas tal relação costuma sempre sofrer mudanças porque os times trocam as posições e os jogadores entre si, e apenas depois de alguns dias – e muitas negociações -, é que a lista fica completa com tudo aquilo que o fã sempre gosta de saber.
Os dez primeiros times com a preferência de escolha neste momento são esses: Suns, Kings, Hawks, Grizzlies, Mavericks, Magic, Bulls, Cavaliers, Knicks e 76ers. O bicampeão Golden State Warriors aparece na 28ª colocação. Vale enfatizar: a lista é provisória, apenas como uma base de barganha para os dirigentes das equipes se falarem entre si.
Pivôs são destaques
O favorito para a primeira escolha do Draft é o pivô DeAndre Ayton, que despontou com um jogo forte e ainda assim rápido pelo Arizona Wildcats. No último campeonato universitário, Ayton alcançou um duplo-duplo de média, com 20 pontos e exatos 10 rebotes por jogo. Confirmando a lógica, ele seria encaminhado ao Phoenix Suns, que realmente precisa de tudo novo para voltar aos seus melhores dias.
Outros nomes que despontam com bastante interesse no Draft são homens de garrafão, como Jaren Jackson, de apenas 18 anos, e Mo Bamba, uma fera com uma envergadura de nada menos de 2,39 metros. Ambos são cotados como escolhas para o Sacramento Kings, que aparece, afinal, com a segunda preferência na lista.
Muito especialistas nos Estados Unidos, porém, acham que vai se dar bem mesmo a franquia que resolver ficar com a escolha número 3, o armador esloveno Luka Doncic, de somente 19 anos e 1,98 metro, já um gênio precoce na condução de bola e no raciocínio para distribuir o jogo mediante os fortes veteranos europeus.
Saber como ele vai se desenvolver na NBA é realmente um mistério que está chamando a atenção do mundo do basquete nos dias atuais. Luka é um daqueles prodígios que aparecem apenas a cada geração, e sua despedida do Real Madrid, clube que defendia até semanas atrás, foi realmente comovente, com o jovem se desmanchando em lágrimas enquanto era reverenciado por uma das torcidas mais exigentes do esporte mundial.
Não era para menos. Doncic conseguiu ser o MVP do Final Four da última Euroliga, conquistada justamente pelo Real. Os títulos são uma constante em sua carreira. Em 2017, ele faturou o Europeu de seleções pela sua Eslovênia, quando tinha meros 18 anos.
É bem provável que ele e suas famosas cestas de três estejam no caminho do Atlanta Hawks, que ainda estariam pensando em outro pivô, Marvin Bagley – mas que ninguém se surpreenda se Doncic parar em outra equipe que possa lhe oferecer condições melhores para se desenvolver no complicado basquete americano.