Final do US Open 2018: Nadal sente o joelho, e Del Potro avança para encarar Djokovic na decisão
No torneio feminino, a veterana e multicampeã Serena Williams luta pelo título contra a japonesa Naomi Osaka logo mais
Para a alegria do nosso estimado redator Matías Carranza, o argentino Juan Martín Del Potro está na final do US Open 2018, último torneio de Grand Slam da temporada, contra o sérvio Novak Djokavic, que será realizada amanhã (09), às 17h (horário de Brasília), em Nova York. A seguir, confira o prognóstico completo da decisão. Vale ressaltar que, no feminino, a norte-americana Serena Williams disputa o título contra a japonesa Naomi Osaka, neste sábado (08), às 17h (horário de Brasília).
Final do US Open 2018: Novak Djokovic x Juan Martín Del Potro
Na revanche da semifinal do ano passado, Del Potro, que busca o bicampeonato em Flushing Meadows – ele conquistou a edição de 2009 contra Roger Federer –, ganhou o primeiro set de Nadal de forma apertada (7-6). No segundo set, o Touro Miúra acusou o golpe com fortes dores no joelho e abandonou a partida após perder por 6-2. O número 1 do mundo teve uma campanha extenuante no Aberto dos EUA, com verdadeiras maratonas a cada fase.
Provando que está recuperado dos problemas físicos que o atormentaram em 2017, Djoko deu show e foi soberano pra cima do japonês Kei Nishikori por 3 sets a 0 – parciais de 6-3, 6-4 e 6-2. O astro sérvio chega com força para buscar o tri no US Open, no que seria seu 14º título de Grand Slam na carreira – o mais recente foi a última edição de Wimbledon.
Djokovic x Del Potro
Este será o 19º encontro entre Djokovic e Del Potro, quando o europeu conta com uma grande vantagem no retrospecto, com 14 vitórias contra apenas quatro derrotas para o tenista sul-americano. O primeiro confronto entre os dois aconteceu justamente no Aberto dos EUA, na terceira rodada em 2007, quando Djoko passou de fase com o placar de 3 a 0 – 6-1, 6-3 e 6-4.
Eles também se encontraram em Nova York, em 2012, nas quartas de final, e o ex-número 1 do mundo ganhou de novo e pelo mesmo placar, mas com parciais de 6-2, 7-6, 6-4. A última vez que Del Potro havia feito uma semifinal de Grand Slam foi 2013, quando Djokovic, mais uma vez, se sobressaiu, mas em uma batalha que durou cinco sets.
Caminho até a decisão
Novak Djokovic começou sua campanha no US Open com uma vitória por 3 a 1 (6-3, 3-6, 6-4 e 6-0) sobre Marton Fucsovics, em um dia brutalmente quente. Ele também não esteve no seu melhor no segundo round, mas, também por 3 a 1, passou por Tennys Sandgren (6-1, 6-3, 6-7 e 6-2). Na sequência, Djoko bateu seu primeiro adversário de renome: Richard Gasquet, por 3 a 0 (6-2, 6-3 e 6-3).
Nas oitavas de final, quem ficou pelo caminho foi o português João Sousa (3 a 0 – 6-3, 6-4 e 6-3). Implacável, o sérvio fez outra vítima por 3 a 0 (6-3, 6-4 e 6-4), no caso John Millman, pelas quartas. Nas semis, Kei Nishikori não resistiu ao talento e fome de triunfos de Novak.
Já Del Potro abriu o torneio com uma vitória por 3 a 0 (6-0, 6-3 e 6-4) sobre Donald Young, antes de dispensar seu compatriota Denis Kudla sem perder um set sequer (6-3, 6-1 e 7-6), na segunda rodada. Na sequência, ficaram pelo caminho Fernando Verdasco, Borna Coric, John Isner, até a tão esperada revanche contra Rafa Nadal, que não conseguiu ir até o fim da partida.
Palpite
Esta partida coloca Del Potro, um dos atacantes mais perigosos e explosivos do circuito, contra Djokovic, um dos mais formidáveis defensores do esporte. Com seu forehand mortal, o argentino irá com tudo em busca do título, inclusive com outra de suas armas, o saque – ele conquistou impressionantes 82% dos pontos através do primeiro serviço, apesar de que a taxa de sucesso cai para 57% no segundo saque.
Mas seu adversário atende pelo nome de Novak Djokovic, que fez Nishikori pagar caro pela falta de precisão no primeiro saque, ganhando 49% dos pontos quando o nipônico foi forçado a recorrer à segunda tentativa de serviço. Pra completar, Kei só conseguiu forçar dois break points em toda a disputa, mas não levou nenhum. De fato, ele ganhou apenas 18 pontos no total contra o saque de Djoko.
Resumindo: vale o momento e o grande talento. Juan Martín Del Potro não é o 3º do ranking da ATP à toa, mas Djokovic voltou aos seus melhores dias. No auge de sua capacidade e com o corpo livre de dores, o sérvio é quase imbatível.