Olimpíadas

Flamengo reestrutura seus esportes olímpicos

Sarah Menezes Flamengo
Foto: Staff Images / Flamengo

Clube quer voltar a ser protagonista em outras modalidades

Fundado a partir do remo em 1895, o Flamengo teve diversos esportes antes de se dedicar ao futebol, que só foi implementado pelo departamento de esportes terrestres em 1912. A relação do vermelho e preto com as modalidades amadoras sempre foi de intimidade, paixão e conquistas. Após um período de desmantelamento de suas atividades que não fossem o futebol, parece que a instituição voltou a cuidar delas. E com carinho!

 

A administração Eduardo Bandeira de Mello

Eduardo Bandeira de Mello, ao assumir a presidência do Flamengo, fez um pente fino nos esportes olímpicos do Flamengo. Na verdade, ele mandou embora boa parte dos atletas de ponta. Suas razões para tal foram claras: estes esportes davam prejuízos e haviam estruturas deficitárias na Gávea, como a piscina olímpica que vazava muita água todos os dias.

Então, o clube demitiu e reformou suas dependências. A obra mais cara foi a da piscina olímpica. Uma estrutura nova foi contratada do estrangeiro. Também de fora do país vieram os novos barcos do remo.

Somente agora, o clube abriu o cofre para contratar bons nomes para algumas modalidades.

 

Campeã olímpica no tatame rubro-negro

Depois de Anderson Varejão, concluída algumas semanas antes, a maior contratação foi, sem dúvida, para o judô. Campeã olímpica em Londres 2012, Sarah Menezes se transferiu da Academia de Judô Expedito Falcão, do Piauí, para o desafio de reerguer a arte marcial do Urubu.

 

Ex-tricolor na água

Um dos times mais fortes do país na natação artística, o Flamengo trouxe apenas um reforço. Trata-se de Rebecca Rodrigues, que trocou o Fluminense pelo Mais Querido.

 

Nova flotilha

O Flamengo importou 53 novas embarcações na tentativa de interromper a sequência de quatro títulos estaduais consecutivos do Botafogo nas raias da Lagoa Rodrigo de Freitas. Além disso, chegaram também 25 remo-ergômetros para auxiliar nossos remadores na preparação física. Já Willian Giarreton e Xavier Maggi se transferiram do Grêmio Náutico União para ficar sob o comando do técnico francês Stéphane Durand, que está há um ano no rubro-negro.

Os resultados já vieram. No último fim de semana, o Urubu foi proclamado campeão brasileiro e do Troféu Brasil de barcos curtos.

 

Onze novos nadadores

Alexandre Adum (do Botafogo), Daiene Dias (do Minas TC/MG), Felipe Ribeiro (da Unisanta/SP), Fernanda Andrade (do Curitibano/PR), João de Lucca (do Pinheiros/SP), João Penna (do Rádio Clube-MS), Lincoln Cunha (da Academia Mergulho-ES), Kalel Damas (do Fluminense), Luan Sirilo (do Fluminense), Maria Clara de Almeida (do Botafogo) e Victoria Donatilio (do Fluminense) foram anunciados no Parque Aquático Fadel Fadel para tentar fazer do Mengão novamente uma potência no Troféu Brasil e no Troféu José Finckel.

 

Por que os homens não podem ser iguais às mulheres?

Nos últimos anos, o polo aquático masculino do rubro-negro foi mero coadjuvante frente às meninas que trouxeram diversos troféus e medalhas para a Gávea, inclusive a taça do último Campeonato Brasileiro. Assim, viu-se a necessidade de assinar com o jovem Nicholas Fichman, revelação do Paineiras, e com Ricardo “Kiko” Perrone, que já passou por diversos clubes, inclusive o Barcelona, da Espanha.

 

O vôlei feminino profissional vem aí

Inspirado no basquete masculino, a pasta de esportes olímpicos determinou um orçamento para a montagem do elenco profissional das mulheres do vôlei. A equipe deve ser apresentada no fim de julho. Por enquanto, apenas o treinador Alexandre Dantas foi confirmado à frente do sexteto. O Flamengo aguarda o fim da Superliga para conversar e contratar as jogadoras. É possível que a líbero Fabi, encerre a carreira na Gávea.

O Campeonato Estadual forte, com Fluminense, SESC, Botafogo e Flamengo, promete! Depois, o Mengão encara a Superliga B para voltar ao primeiro patamar nacional.

 

Basquete investiu primeiro

A primeira contratação do projeto Inspiração 2020/2024, nome que a instituição deu à revitalização dos esportes olímpicos, foi a negociação com Anderson Varejão, que acabou em final feliz. Maior exemplo que ele para os admiradores da bola laranja era difícil.

A ginástica artística feminina não foi ao mercado, mas renovou os vínculos de Flávia Saraiva, Jade Barbosa, Lorrane Oliveira e Rebeca Andrade.

 

Em busca da glória perdida

Ao que tudo indica, o investimento em contratações para este ano está encerrado. Ficaram de fora a ginástica artística masculina, o tênis, o voleibol masculino e futsal, que não é olímpico, mas está vinculado ao departamento.

O Flamengo pensa em brigar de igual para igual com Pinheiros e Minas Tênis para ser o maior fornecedor de atletas brasileiros para os Jogos Olímpicos. Para tal, será necessário refundar departamentos que outrora brilhavam na Gávea, como atletismo, tiro, esgrima, handebol, boxe e basquetebol feminino, entre outros, pois as agremiações rivais têm muitas modalidades em suas dependências.