Humor: tradição é tradição
Como diriam os mais antigos, clássico bom tem que ter confusão. E 19 anos depois do “clássico das embaixadinhas” que deu ao Timão o título de Campeão Paulista de 1999, Corinthians e Palmeiras se reencontraram na final do Paulistão e, como era de se esperar, teve confusão em Itaquera. Tradições existem para serem mantidas, não é mesmo?
Felipe Melo e Clayson – que se “estranham” desde o ano passado – entraram “pilhados” no jogo do último sábado e aproveitaram a primeira confusão (um enrosco desnecessário entre Henrique e Borja já no final do primeiro tempo) para trocarem gentilezas e tapas, estufarem o peito um para o outro e exibirem suas penas em sinal de masculinidade.
A arbitragem, muito sabiamente (só que não) deixou o pau comer e quando os ânimos se acalmaram graças à sempre providencial interferência da Brigada do Deixa Disso, fizeram uma pequena “conferência” e decidiram que Henrique e Borja levariam o amarelo e que Felipe Melo e Clayson ganhariam o direito de irem mais cedo para o chuveiro graças ao cartão vermelho elegantemente exibido a ambos pelo juiz da partida.
Pior para o Corinthians, que passa por um verdadeiro calvário em seu ataque e sofre sem a presença de um matador – não que Clayson seja este jogador, mas como ponta, ele é mais útil na criação de situações de gol que Romero, por exemplo. Um problema a mais para o já problemático trabalho de Fábio Carille que vem se mostrando “atrapalhado” em suas escolhas nos últimos jogos do Paulista (Sheik como centro-avante?) e precisará fazer gols no próximo final de semana.
Nos lados do Palmeiras a ausência de Felipe Melo pouco muda na estrutura do time, que tem um elenco grande e peças com até mais qualidade para substituir o meia de pavio curto (Moisés deverá ser o escolhido).
E é assim, sem os dois galinhos de briga, que Palmeiras e Corinthians decidirão o título de Campeão Paulista no próximo domingo, no Allianz Parque. Alguma dúvida que o jogo dará choque?