Maior de todos! Roger Federer conquista Aberto da Austrália e assegura 20º título de Grand Slam da carreira
Suíço também iguala número de troféus do sérvio Novak Djokovic e o local Roy Emerson em relação ao primeiro Major do ano; Caroline Wozniacki quebra jejum, alcança inédito GS e liderança na WTA
Se você é fanático por tênis, é impossível não reverenciar Roger Federer. E mesmo se você possui outras preferências, como por exemplo os excelentes Rafael Nadal, Novak Djokovic, Peter Sampras, John McEnroe, Bjorn Borg, Boris Becker e Rod Laver, entre muitos outros, não há como não aplaudir alguém que aos 36 anos pulveriza mais e mais recordes e surpreende com sua “juventude” em quadra. O dia 28 de janeiro de 2018 é mais um capítulo da vitoriosa história do suíço, que acaba de alcançar o hexacampeonato do Aberto da Austrália, igualando-se a Djoko e ao australiano Roy Emerson, até então maiores vencedores com seis títulos do primeiro Major da temporada. Mas o que importa por aqui é abordar a qualidade do tênis desempenhado pelo Maestro, que de desacreditado por muitos há pouco mais de ano, quando retornava às quadras após séria lesão, atingiu no domingo seu Grand Slam de número 20 e consolidou-se como o maior vencedor de GS da história do tênis profissional.
Mais recordes
Após ter conquistado o terceiro dos últimos quatro Grand Slams disputados aos 36 anos e 173 dias, Federer tornou-se o terceiro tenista na Era Aberta – desde 1968 – a vencer quatro ou mais Majors depois dos 30. Antes dele, aos australianos Rod Laver (1969-Aberto da Austrália, Roland Garros, Wimbledon e Aberto dos Estados Unidos) e Ken Rosewall (1968-Roland Garros, 1970-Aberto dos Estados Unidos, 1971-72-Aberto da Austrália) eram os únicos detentores da marca.
Com relação ao número de GS, o Maestro só não possui mais títulos do que a norte-americana Serena Williams (USA), recordista de todos os tempos com 23, e a alemã Steffi Graf, com 22.
Já em relação ao ranking da ATP, Roger Federer pode estar muito perto de retornar ao posto de número 1 depois de quase seis anos, no qual permaneceu 302 semanas na liderança. E isso pode ocorrer graças a lesão de Rafael Nadal, que como abordamos aqui, caiu para Marin Cilic nas quartas de final do torneio e só deve voltar no Aberto do México, em pouco mais de um mês. Com os dois mil pontos assegurados, o suíço encurtou para apenas 155 pontos a vantagem do Touro Miúra e tem tudo para passar o amigo de circuito nas próximas semanas. Vamos aguardar!
E vencer um novo torneio significa ficar perto de uma das poucas marcas ainda não alcançadas por Federer. O Maestro possui atualmente 96 títulos de nível ATP. Apenas Jimmy Connors, com 109, está à frente do suíço. Se continuar mantendo a média, o ex-número 1 deve atingi-la no próximo ano. Será?
O outro lado
Apesar da freguesia do oponente Marin Cilic, que havia perdido oito – incluindo a decisão de Wimbledon em 2017 – de nove embates entre ambos, Roger Federer teve muito trabalho para assegurar o hexa. O placar de 3 sets a 2, com parciais de 6-2, 6-7(5), 6-3, 3-6, 6-1, no qual perdeu pela primeira vez no torneio sets, evidencia os problemas do suíço na Rod Laver Arena.
Mas com a experiência e talento de sempre, Federer teve um final de feliz após quase quatro horas de jogo. Já do outro lado, a sensação amarga novo vice-campeonato, o segundo consecutivo no circuito e ainda contra o rival. Porém, o croata também tem motivos para comemorar, já que pela primeira vez em sua carreira atingirá a terceira colocação na disputa pela liderança. Ele ultrapassou nomes como Grigor Dimitrov (BUL), Alexander Zverev (ALE) e Dominic Thiem (AUT).
Inédito título
Também não podemos reclamar da falta de emoção na chave feminina. Ainda mais pelo fato de o posto de número 1 estar em jogo até então e quem seria a inédita campeã do Aberto da Austrália. O primeiro GS de carreira foi alcançado por Caroline Wozniacki, que bateu Simona Halep por 2 sets a 1, com parciais de 7/6 (2), 3/6 e 6/4.
Com a conquista, a dinamarquesa encerra o jejum de 41 Majors sem ter conquistado um título sequer. O máximo que havia alcançado foi o vice-campeonato de 2009 e 2014 nos Estados Unidos. Já na Austrália, a frustação de sete anos, quando perdeu a chance de um match point contra a chinesa Na Li – que posteriormente venceria a competição – deu lugar ao alívio.
Além do inédito troféu, Wozniacki pode comemorar o fato de voltar para a ponta do circuito. Nona tenista com mais semanas – 67 – na liderança do ranking, a dinamarquesa retorna ao posto em grande estilo. Já Halep vê a chance de vencer um GS ir para o ralo mais uma vez. Segunda colocada em Roland Garros – 2014 e 2017 – , a tenista continua perseguindo sua principal meta. Com um mês da temporada praticamente terminado, ela terá mais três Majors – Roland Garros, Wimbledon e Aberto dos Estados Unidos – para acabar com o fantasma.