Paixão Nacional: força feminina
Uma imagem para lembrarmos por muito tempo depois deste 8 de março, Dia Internacional da Mulher, é a encarada que a auxiliar de arbitragem Tatiane Sacilotti dos Santos Camargo deu em Eduardo Sasha – o filho da Xuxa –, no clássico entre Santos e Corinthians pela 10ª rodada do Campeonato Paulista da Série A1 no último domingo, dia 4, no estádio do Pacaembu, a melhor luz intimista da zona oeste de São Paulo (praticamente uma boate).
Ainda no primeiro tempo, o atacante santista, inconformado com uma marcação da arbitragem, ensaiou uma reclamação para cima da auxiliar. Mas ficou apenas no ensaio: mal abriu a boca para reclamar, o atleta viu Tatiane entrar no gramado, encará-lo de igual para igual e colocá-lo em seu devido lugar no melhor estilo “você me respeite!”. Sinal dos novos tempos, nenhum homem apareceu para “socorrer” a “indefesa” moça que apoiada em sua própria força fez do reclamão um exemplo para os atletas dois times. Um recado muito claro – “não aceitarei este tipo de atitude” – que foi bem entendido por todos no campo.
Coincidência ou não, Sasha quase não falou durante o restante do jogo…
Que as “Tatianes” do dia a dia mirem-se no exemplo que a auxiliar de arbitragem deu neste domingo e coloquem “sashas”, “josés”, “miguéis” e quem mais continuar pensando que um gênero deve se sobrepôr ao outro em seus devidos lugares.