Qual o futuro de Edson Barboza, Marreta e Luan Chagas após o UFC Atlantic City?
O UFC Fight Night que aconteceu neste sábado, em Atlantic City (EUA), foi péssimo para o Brasil. Depois de alguns eventos onde os brasileiros conquistaram vitórias importantes dentro do octógono, o evento reservou três derrotas para o país. Edson Barboza, Thiago Marreta e Luan Chagas foram nocauteados por seus respectivos rivais e saíram do octógono com mais um revés em suas trajetórias no MMA. E a pergunta que fica é: qual o futuro desses nomes depois de tais resultados?
Edson Barboza
Depois de ser amplamente dominado por Khabib Nurmagomedov na luta agarrada, em luta de três rounds, a expectativa era que Edson fosse aparecer melhor no quesito para o duelo contra Kevin Lee. Mas não foi isso que se viu. O americano sabia da qualidade do brasileiro na trocação, evitou o jogo em pé e pressionou Edson na grade durante boa parte do tempo, o derrubando e batendo por cima. Foi um verdadeiro atropelo. Golpes poderosíssimos furaram a guarda de Barboza. O brasileiro pouco conseguia se defender no solo. Foi bonito de ver a garra e o coração do brasileiro diante de um atropelo tão grande, mas é um sinal claro de que ele precisa melhorar muito na luta agarrada. É muito óbvio que ninguém vai querer enfrentá-lo de pé e ele precisa estar pronto pra isso e ter mais armas. É como se seu jogo estivesse “manjado” à esta altura.
Agora são duas derrotas consecutivas no cartel do brasileiro, que precisa voltar a vencer. E honestamente, que isso aconteça no segundo semestre. Edson sofreu duas derrotas duras, ele precisa de tempo para se recuperar 100%. Já Lee, se recuperou muito bem do revés sofrido contra Tony Ferguson, em outubro passado. O americano volta ao caminho das vitórias e reafirma sua posição no topo da divisão dos leves.
Thiago Marreta
O brasileiro estava a uma vitória por nocaute de quebrar o recorde de Anderson Silva e se tornar o novo dono do maior número de nocautes da divisão dos médios, mas o que aconteceu no octógono do UFC Atlantic City foi exatamente o contrário. Talvez até confiante demais pelos resultados conquistados nas últimas quatro lutas antes de encarar David Branch, o lutador acabou surpreendido por um golpe que o fez cair apagado no cage. Marreta começou em ritmo muito forte e acelerado e acabou sucumbindo a um golpe do americano. A derrota interrompe sua série de quatro vitórias consecutivas. Agora Antônio Cara de Sapato fica sozinho na segunda colocação com a maior sequência de triunfos na divisão na atualidade, com cinco vitórias, atrás apenas do atual campeão, Robert Whittaker, que acumula oito triunfos em sequência.
Agora o carioca, que era o 11º no ranking dos médios, deve perder posições. Assim como aconteceu quando ele perdeu para Gegard Mousasi (outro nome experiente do MMA que o nocauteou), Marreta vai precisar reavaliar seu jogo e consertar os erros, conforme fez antes de emplacar quatro vitórias consecutivas.
Luan Chagas
Era a chance de Luan emplacar a segunda vitória consecutiva na divisão dos meio-médios, mas o brasileiro não se encontrou na luta contra Siyar Bahadurzada e acabou nocauteado com golpes no corpo.Em quatro lutas, o brasileiro acumula duas derrotas, uma vitórias e um empate. Ele ainda não empolgou no octógono e precisa de um bom resultado na próxima luta para não ser ver como integrante de uma possível barca de demissões do UFC em breve.
Confira os resultados do UFC Atlantic City
Kevin Lee venceu Edson Barboza por nocaute técnico (interrupção médica) no quinto round
Frankie Edgar venceu Cub Swanson na decisão dos juízes
Justin Willis venceu Chase Sherman na decisão dos juízes
David Branch nocauteou Thiago Marreta no primeiro round
Aljamain Sterling venceu Brett Johns na decisão dos juízes
Dan Hooker nocauteou Jim Miller no primeiro round
Card preliminar
Ryan LaFlare venceu Alex Garcia na decisão dos juízes
Ricky Simon nocauteou Merab Dvalishvili no terceiro round
Siyar Bahadurzada nocauteou Luan Chagas no segundo round
Corey Anderson venceu Patrick Cummins na decisão dos juízes
Tony Martin venceu Keita Nakamura na decisão dos juízes