Raio-X do Brasileirão 2018: Série A
Confira as possibilidades do seu time na mais importante competição do nosso futebol
No momento em que os campeonatos estaduais começam a entrar em suas retas finais e os principais clubes do futebol brasileiro já puderam ser razoavelmente observados, tornam-se inevitáveis as projeções sobre o que cada um poderá fazer no Campeonato Brasileiro.
A principal competição do nosso futebol começa no dia 15 de abril, e como de costume, contará com pelo menos meia dúzia de candidatos reais ao título, além de clubes tradicionais que se não abrirem o olho poderão amargar uma temporada na Série B.
É claro que teremos muitas mudanças nos elencos ao longo dos nove meses de disputa, além da já conhecida dança das cadeiras entre os treinadores, mas com base no cenário que se apresenta antes da bola rolar, buscaremos a seguir analisar até onde cada um dos vinte clubes poderá chegar no Brasileirão 2018.
América Mineiro
Para tentar fazer uma boa campanha na elite, o Coelho aposta na manutenção do que funcionou na conquista do título da Série B na última temporada. Além do técnico Enderson Moreira, a dupla de zaga formada por Rafael Lima e Messias, que sofreu apenas 25 gols em 38 partidas, permanece no clube.
O América-MG conta com um dos menores orçamentos do Brasileirão, mas foi buscar alguns reforços pontuais que acrescentaram muita experiência ao plantel. O mais conhecido é o atacante Rafael Moura, campeão brasileiro pelo Fluminense em 2012. Dos titulares em 2017, Ernandes, Ruy e Felipe Amorim deixaram o time.
O Coelho faz a segunda melhor campanha do Campeonato Mineiro, e se garantiu na segunda fase com duas rodadas de antecedência, mas perdeu para o Cruzeiro (1×0) e o Atlético Mineiro (3×0).
Atlético Mineiro
O Atlético Mineiro foi uma das grandes decepções de 2017, e mesmo com investimentos milionários, não conseguiu sequer se classificar para a Libertadores. O elenco deste ano é mais modesto, mas mantém alguns de seus principais expoentes, como o goleiro Vítor, o volante Elias e o atacante Luan. O venezuelano Otero terminou a temporada passada voando, e tornou-se um dos principais nomes do plantel em 2018. Entre as caras novas, destaque para o volante Arouca e o artilheiro Ricardo Oliveira.
Desde a demissão de Oswaldo de Oliveira, no início de fevereiro, o Galo vive uma indefinição quanto ao seu comandante. O clube já sofreu negativas de Fábio Carille, Cuca e Abel Braga, e segue com Thiago Larghi na condição de interino.
Nos primeiros meses de 2018, o Atlético Mineiro terminou em último lugar no Torneio da Florida (com o time reserva), avançou até a terceira fase da Copa do Brasil, e faz uma campanha mediana no Campeonato Mineiro, no qual é o quarto colocado.
Se nada mudar nos próximos meses, o clube deve passar por momentos difíceis neste Brasileirão.
Atlético Paranaense
Restando pouco mais de um mês para o início do Brasileirão, o Atlético Paranense é o único dos 20 clubes da elite que se mantém invicto em 2018. O Furacão foi o 11º colocado no ano passado, e desde 2013, quando ficou em terceiro lugar, não termina o campeonato entre os cinco primeiros.
O time perdeu jogadores importantes, como o goleiro campeão olímpico Weverton e o volante Eduardo Henrique, mas se reforçou com o lateral-esquerdo Carleto, o meia Raphael Veiga e o atacante Marcinho. O ponto forte da equipe dirigida por Fernando Diniz é o sistema defensivo, vazado apenas uma vez em sete jogos pelo Campeonato Paranaense.
O Furacão é sempre muito forte atuando na Arena da Baixada, e não deve sofrer com a ameaça de rebaixamento, mas não acredito que tenha condições de brigar na parte de cima.
Bahia
O Bahia começou mal a temporada, com tropeços tanto pelo Campeonato Baiano quanto pela Copa do Nordeste. No entanto, a equipe dirigida por Guto Ferreira aos poucos foi encontrando sua forma de jogar, e já acumula nove jogos de invencibilidade, com vitórias nos cinco últimos compromissos.
O clube não conta mais com o goleiro Jean, negociado junto ao São Paulo, o lateral Juninho Capixaba, que foi para o Corinthians e o atacante Hernane Brocador, agora jogador do Grêmio. Em compensação, contratou o experiente Nílton, ex-Vasco e Cruzeiro, além dos meias Eber e Régis.
O Tricolor de Aço disputará ainda as Copas do Brasil e Sul-Americana, o que significa que precisará dividir suas atenções em várias frentes de atuação. Assim como em 2017, deve cumprir uma campanha mediana.
Botafogo
O Botafogo não tem perspectivas nada animadoras para este início de campeonato. O time deu vexame na Copa do Brasil ao ser eliminado pelo Aparecidense ainda na primeira fase, e apesar de ter sido semifinalista da Taça Guanabara, não venceu nenhum dos três clássicos que disputou pelo estadual. Foram duas derrotas para o Flamengo e um empate contra o Fluminense.
O técnico Jair Ventura, que levou o Glorioso até as quartas de final da Libertadores em 2017, foi para o Santos, e depois de fracassar com Felipe Conceição, o clube contratou o ex-palmeirense Alberto Valentim. Suas contratações não foram muito impactantes, o time se reforçou com os atacantes Kieza, Leandro Carvalho e Luiz Fernando, mas perdeu os antigos titulares Victor Luis, Bruno Silva e Roger.
A tendência é que o Fogão brigue na parte de baixo da tabela.
Ceará
De volta à Série A após sete anos, o Ceará manteve o técnico Marcelo Chamusca, um dos grandes responsáveis pela terceira colocação na Série B em 2017, além de jogadores como Pedro Ken, Elton e Ricardinho. Por outro lado, Lima e Romário deixaram o clube.
O Vozão foi o segundo colocado no primeiro turno do Campeonato Cearense, e está próximo de garantir a classificação para a segunda fase da Copa do Nordeste. Na Copa do Brasil, causou boa impressão no empate sem gols contra o Atlético Paranaense na Arena da Baixada.
O time entra para tentar se manter na primeira divisão, mas se conseguir bons resultados em casa poderá até começar a pensar em voos mais altos.
Chapecoense
A Chape precisou montar um time praticamente do zero após o acidente aereo que vitimou quase todo o seu elenco no fim de 2016, e ainda assim conseguiu terminar o Brasileirão do ano passado na oitava colocação, o que lhe valeu uma vaga na pré-Libertadores. Os catarinenses fracassaram no torneio continental, mas fazem boa campanha no Campeonato Catarinense, com apenas uma derrota em 11 partidas.
Destaques de 2017, os laterais Reinaldo e João Pedro foram, respectivamente, para o São Paulo e o Bahia. O clube foi ao mercado, e entre os reforços os nomes mais conhecidos são Márcio Araújo, ex-Flamengo, e Bruno Pacheco, que no ano passado defendeu o Atlético Goianiense.
Acredito que o Verdão disputará uma vaga na Copa Sul-Americana.
Corinthians
O atual campeão brasileiro não repôs à altura os jogadores que foram embora ao final do ano passado, em especial o centroavante Jô, e desde o início da temporada sofre com a falta um homem gol. Diante do mau desempenho de Kazim e Junior Dutra, o clube busca uma nova alternativa, e negocia a contratação de Alex Teixeira, jogador revelado pelo Vasco, que estava fora do país desde 2010.
O polêmico Andrés Sanchez está de volta à presidência, e vem promovendo mudanças no elenco à revelia do técnico Fábio Carille, como as contratações do zagueiro Marllon e do atacante Matheus Matias. Por outro lado, o treinador se empenhou pessoalmente na contratação do volante Ralf, campeão mundial pelo clube.
O Timão lidera o Grupo A do Paulistão, mas até aqui faz campanha inferior às de Palmeiras e Santos. Na Libertadores, começou empatando sem gols com o Millonarios, na Colômbia.
Neste momento, outros times aparecem à sua frente na luta pelo título, mas o Corinthians deve beliscar no mínimo uma das vagas para a Libertadores.
Cruzeiro
O Cruzeiro quase sempre apresenta times no mínimo competitivos, e em 2018 entra novamente na disputa para buscar o título. No ano passado, o clube custou a engrenar no Brasileirão, e terminou na quinta colocação sem nunca chegar a colocar pressão sobre o Corinthians, mas ficou com o título da Copa do Brasil derrotando o Flamengo na decisão.
A Raposa fez boas contratações na virada do ano. Chegaram ao clube os laterais Egídio e Edílson, o volante Bruno Silva e o centroavante Fred. Alguns dos grandes destaques de 2017, como Thiago Neves, Arrascaeta, Henrique, Léo, e o experiente goleiro Fábio, permanecem no time.
Os mineiros estreram na Libertadores com uma acachapante derrota por 4×2 para o Racing, mas sobram no campeonato estadual, e com 92,6% de aproveitamento estão classificados por antecipação à segunda fase.
Flamengo
Para não ficar novamente apenas no cheirinho, o Mais Querido foi buscar o artilheiro do ano passado, Henrique Dourado, que estava insatisfeito no Fluminense. O clube também fez uma aposta com a contratação por empréstimo junto ao Manchester City do atacante colombiano Marlos Moreno, que se saiu bem nas vezes em que foi acionado por Paulo César Carpegiani. O treinador, campeão mundial pelo clube em 1981, é mais uma das novidades do Flamengo, e chegou para substituir o colombiano Reinaldo Rueda, que assumiu a seleção chilena.
O Rubro-Negro acaba de conquistar o título da Taça Guanabara de forma invicta, e no papel conta com um dos melhores elencos do país, mesclando a experiência de atletas como Diego e Juan, à juventude de Lucas Paquetá e Vinícius Júnior, que negocia sua permanência até o fim da temporada. Alguns dos campeões da Copa São Paulo poderão ganhar oportunidades, e a suspensão do peruano Guerrero termina em maio.
Se as coisas seguirem seu rumo natural, o time carioca brigará pelas primeiras colocações.
Fluminense
As péssimas atuações nos primeiros jogos da temporada levaram o torcedor tricolor a se preocupar seriamente com a possibilidade de rebaixamento, mas o time foi evoluindo gradativamente, e teve um mês de fevereiro perfeito, com quatro vitórias, 14 gols marcados e nenhum sofrido.
Sem Henrique Dourado, Gustavo Scarpa e Diego Cavallieri, que deixaram o clube, o técnico Abel Braga precisou ser criativo para dar uma cara ao time, e apostou em um esquema mais ofensivo, em que Marcos Junior e o recém contratado lateral Gilberto têm se destacado. O Tricolor acertou ainda com os volantes Airton e Jadson, além do goleiro Rodolfo e do lateral Léo Morais.
O time ainda não está pronto para disputar o título, e deve ocupar uma posição intermediária.
Grêmio
Que ninguém se engane com a péssima campanha gremista no Campeonato Gaúcho. O time dirigido por Renato Portalupi é extremamente competitivo, e entrará no Brasileirão para disputar o título, que não conquista desde 1996.
Embora não tenha feito nenhuma contratação bombástica, o clube tem algumas caras novas, como o atacante Hernane, o lateral Madson e o meia Alisson. No entanto, os campeões da Libertadores Edílson, Fernandinho, Lucas Barrios e Cristian deixaram o clube, e Arthur, com proposta do Barcelona, deve seguir o mesmo caminho.
A exemplo do ano passado, o Tricolor Gaúcho precisará dividir suas atenções entre o Brasilleirão, a Copa do Brasil e a Libertadores, o que pode prejudicar seu desempenho
Internacional
O Internacional está de volta à elite após ter sido vice-campeão da Série B em 2017. O time contratou os gringos Martín Sarrafiore, Alejandro Silva e Lautaro Acosta, além dos brasileiros Rodrigo Moledo, Wellington Silva, Patrick, Dudu, Elyeser, Gabriel Dias, Ruan e Roger, e foi um dos que mais se reforçaram para este Brasileirão. Dos que se despediram, Eduardo Sacha deve ser a ausência mais sentida.
O Colorado conta com a experiência do argentino D’Alessandro, além dos gols da dupla Leandro Damião e William Pottker. Marcelo Lomba, Iago e Patrick, que começaram o ano na reserva, vêm conquistando seu espaço, e hoje são peças importantes no esquema do técnico Odair Hellmann.
A equipe está em processo de evolução, e não deve passar sufoco para se manter na Série A, mas ainda é muito cedo para pensar em título.
Palmeiras
O Palmeiras é hoje o clube com maior poder de fogo para a contratação de reforços, o que o coloca à frente de todos os seus concorrentes. O Verdão é o time a ser batido neste Brasileirão, e se não ocorrer um desastre, certamente protagonizará a briga pelo título.
O time dirigido por Roger Machado foi o único brasileiro a estrear com vitória na Libertadores, e faz a melhor campanha do Paulistão. Contratado junto ao Santos, o meia Lucas Lima não teve problemas de adaptação, e recuperou seu bom futebol, assim como Felipe Melo, que finalmente começa a corresponder às expectativas. O Palmeiras foi buscar ainda a revelação do Fluminense Gustavo Scarpa, o lateral-direito do Galo Marcos Rocha e o zagueiro Emerson Santos, ex-Botafogo.
A diretoria ainda não fechou o plantel para 2018, e novos nomes de peso, como Ricardo Goulart e os zagueiros Gil e Gustavo Gómez, ainda podem pintar na Barra Funda
Paraná
O Paraná teve em 2018 um dos piores inícios de temporada de sua história, e com apenas uma vitória em seis jogos, terminou o primeiro turno do Campeonato Paranaense como lanterna do Grupo A. Na Copa do Brasil, caiu precocemente diante do Sampaio Corrêa.
Para comandar o processo de reformulação da equipe, que manteve apenas o volante Leandro Vilela dos titulares que conquistaram o acesso no ano passado, o nome escolhido foi o do campeão olímpico Rogério Micale, que ainda não estreou. O Tricolor da Vila contratou 19 jogadores na última janela de transferências, mas nenhum que possa ser considerado um reforço de grande impacto. O mais conhecido é Carlos Eduardo, ex-Flamengo e Vitória.
Em seu retorno à Série A após 10 anos, o desafio do Paraná Clube será evitar um novo rebaixamento.
Santos
O Santos contratou o técnico Jair Ventura, que se notabilizou por levar o limitado time do Botafogo a grandes campanhas em 2017. A esperança é que o comandante consiga repetir o desempenho em uma equipe que apesar de estar em negociação com diversos jogadores, contratou apenas Eduardo Sacha, Dodô, Romário e Gabigol até agora.
O atacante, que não vinha bem no futebol europeu, mostrou-se uma aposta certeira, e tem marcado gols decisivos pelo Paulistão. O Peixe faz a segunda melhor campanha do estadual, com um aproveitamento de 60%.
Sem Lucas Lima e Ricardo Oliveira, dois dos principais jogadores do time que foi terceiro colocado no último Brasileirão, o Santos deve enfrentar um pouco mais de dificuldade esse ano, e acredito que termine em uma posição intermediária.
São Paulo
Atravessando uma das maiores crises de sua história recente, o São Paulo não inspira confiança nem em seu torcedor mais otimista, e se não melhorar suas atuações será um sério candidato ao rebaixamento.
O técnico Dorival Júnior balança no cargo, e é bem provável que perca o emprego antes do início do Campeonato Brasileiro. O Tricolor tem apenas 46% de aproveitamento no Paulistão, e mesmo nas partidas em que venceu, apresentou um futebol decepcionante.
A contratação mais badalada para 2018 foi o meia Diego Souza, ex-Sport, mas o time também acertou com Nenê, Tréllez, Valdívia e Anderson Martins. As baixas mais sentidas em relação ao ano passado são Hernanes e Lucas Pratto. O time ainda corre o risco de perder Cueva e Rodrigo Caio.
Sport
O Sport escapou por um triz do rebaixamento em 2017, e espera ter uma temporada menos turbulenta esse ano. No entanto, a própria diretoria admite que o clube vive um aperto financeiro, e não deve fazer loucuras para substituir Diego Souza, que se transferiu para o São Paulo, e André, que está em vias de acertar com o Grêmio, dois dos mais caros jogadores do plantel.
O grande nome do Leão estará no banco. O clube repatriou o técnico Nelsinho Baptista, que estava há nove anos no futebol japonês. Entre os jogadores contratados, destaque para Gabriel, ex-Flamengo, e Marlone, que estava no Atlético Mineiro.
Acredito que o Rubro-Negro lutará mais uma vez para se manter na Série A.
Vasco
As boas atuações nas três primeiras partidas da Pré-Libertadores encheram o torcedor vascaíno de esperança, sobretudo após a campanha surpreendente da última temporada, em que o time que era apontado como um dos candidatos ao rebaixamento terminou na sétima colocação.
É preciso, no entanto, ter cautela em relação às possibilidades do Gigante da Colina. Seu plantel não parece suficientemente qualificado para suportar uma competição longa como o Brasileirão, e o time sequer conseguiu se destacar no Campeonato Carioca, sendo eliminado ainda na fase de grupos da Taça Guanabara.
No apagar das luzes de sua gestão, o ex-presidente Eurico Miranda negociou Anderson Martins, Nenê, Mateus Vital, Madson, Guilherme Costa e Thales, e o clube ainda não anunciou nenhuma contratação de peso para substituí-los. O folclórico atacante Riascos, o meia Giovanni Augusto e o lateral Rafael Galhardo são alguns dos novos reforços, mas a torcida bota fé no técnico Zé Ricardo e nos garotos recém chegados da base, como Paulinho e Evander.
Os cariocas devem ficar no meio da tabela.
Vitória
O Vitória oscilou bastante ao longo da temporada passada, e na última rodada se viu em uma situação desesperadora, precisando vencer a Ponte Preta em Campinas. A Macaca chegou a abrir 2×0, mas o Rubro-Negro foi buscar uma virada épica para se manter na Série A. O time comandado por Vagner Mancini se notabiliou por fazer grandes partidas fora de casa, mas apresentar um péssimo rendimento atuando no Barradão.
O treinador foi mantido na equipe, que perdeu nomes como Alan Costa, Carlos Eduardo, Tréllez, Kieza, Yago e David. Ele chegou a se manifestar publicamente sobre a necessidade de contratações, e o clube respondeu acertando com Denílson, Lucas, Bryan e Guilherme Costa, entre outros menos conhecidos.
O Vitória está na terceira fase da Copa do Brasil, e perdeu a partida de ida contra o Bragantino por 1×0. O time lidera o Campeonato Baiano, mas ainda corre risco de sofrer severas sanções pela briga generalizada no clássico contra o Bahia.
Pelo andar da carruagem, o Rubro-Negro deve lutar novamente contra o rebaixamento.