Vitória de Alexander Volkov contra Fabricio Werdum agita categoria dos pesados do UFC
Se o lado triste da vitória de Alexander Volkov foi ver uma lenda como Fabricio Werdum ser nocauteado no octógono, há, assim um lado bom no resultado da luta principal do UFC Londres, ocorrido no último sábado. O triunfo do russo comprova a chegada de novos talentos também na categoria dos pesados, que sofre especialmente com a escassez de novos nomes no topo há tempos. Atualmente, ao menos três nomes da divisão movimentam as ações no topo.
Volkov, apesar de ser mais jovem e ter apenas 29 anos – Fabricio tem 40 -, mostrou ter a frieza de um atleta experiente para lidar com a pressão de um ex-campeão. Werdum trabalhou bem no solo nos dois primeiros rounds e não conseguiu finalizá-lo. O russo sobreviveu aos ataques do brasileiro e cresceu no momento certo na luta. Sua chegada ao topo da divisão dá uma cara nova a categoria.
Até pouco tempo atrás a divisão dos pesados viveu sob o brilho de nomes como Cain Velásquez, Junior Cigano, Fabricio Werdum e Stipe Miocic, com poucas opções de desafiantes. Prova é que Daniel Cormier, campeão dos meio-pesados do UFC, está subindo de peso para encarar o atual dono do título em superluta a ser realizada no dia 7 de julho, em Las Vegas (EUA), pelo UFC 226. E ninguém na categoria está reclamando disso, como normalmente acontece em outras divisões.
Mas os tempos são outros. Mais do que se preocupar com o desafio diante de Daniel Cormier, Stipe Miocic pode olhar mais à frente e esperar desafios no caminho. Alexander Volkov, Curtis Blaydes, Francis Ngannou chegaram com força ao topo da categoria. Isso sem contar com Alistair Overeem, Fabricio Werdum e Cain Velásquez, que apesar de veteranos estão sempre na briga.
A categoria dos pesados vive novos e empolgantes tempos. Já era hora! E não me parece uma safra de novos talentos apenas entre os mais pesados. Brian Ortega (peso pena), Darren Till (meio-médio), Paulo Borrachinha (médio), Ketlen Vieira (peso galo)… São diversos novos nomes surgindo no topo das categorias. Quem ganha é o público. Quanto mais competitivo, mais bonito fica a briga pelo topo do MMA.