Com dinheiro pra gastar, Red Bull Bragantino quer ser “grande” em 2020 e incomodar na Série A
Após fechar negócio para assumir o Bragantino em 2019, o projeto-futebol da Red Bull no Brasil ganha corpo para seguir o modelo usado na Europa e revelar jogadores que podem brilhar nas principais ligas do mundo. O projeto é bem simples na verdade: investir em uma boa estrutura de clube e procurar por jovens promissores que não tem espaço nos grandes clubes daqui. Se estes atletas “explodirem”, deverão ser exportados para um dos times que a fabricante de energéticos tem no exterior e, de lá, podem ir para os grandes como Real, Barcelona, City, Liverpool, etc.
Mas isso não é o suficiente para o Red Bull Bragantino.
Com um orçamento de R$ 200 milhões para investir em reforços, o departamento de futebol do clube é o que mais vem atuando no mercado da bola nestes últimos dias de 2019, montando um elenco consistente para a temporada 2020 onde o objetivo é manter-se na Série A do Brasileirão e garantir uma vaga na Copa Sul-Americana de 2021.
Reforços do Red Bull Bragantino para 2020
Com um orçamento de R$ 200 milhões (maior que o de Corinthians, São Paulo e Palmeiras – apenas para seguir em clubes do mesmo Estado), o Red Bull Bragantino foi às compras neste final de ano e fechou negócio com Artur, que estava nos planos de Vanderlei Luxemburgo para o Palmeiras, por R$ 27 milhões, valor que servirá para fechar as contas do Verdão.
Alerrandro, revelação da base do Atlético-MG chega por R$ 14 milhões e uma oferta de R$ 18 milhões pelo goleiro Cleiton está na mesa do Galo. Thonny Anderson que pertence ao Grêmio mas estava emprestado ao Athletico-PR também está na mira e recebeu uma oferta de R$ 15 milhões.
O zagueiro equatoriano Leo Raipe, de 18 anos, que estava no Independiente Del Valle chega ao custo de R$ 4 milhões. E se os R$ 22,8 milhões oferecidos ao São Paulo por Walce não foram o bastante para tirar o jogador do Morumbi, está tudo certo entre Red Bull e Corinthians para o empréstimo do meia Matheus Jesus.
Todos jogadores de talento mediano, mas que podem funcionar em um “time de operários” – e a história recente do Brasileirão, com o Corinthians, mostrou que é possível ser campeão apostando mais no coletivo e menos no talento do “craque” que resolve tudo.
Um projeto que pode começar a dar frutos no Paulistão 2020, desde que o Red Bull traga o nome certo para comandar o time a partir do banco de reservas.
Como fica o Red Bull sem Antonio Carlos Zago?
De malas prontas para comandar o Kashima Antlers no Japão, Antonio Carlos Zago encerrou sua passagem pelo Red Bull Bragantino garantindo o acesso à Série A após a conquista da Série B nesta temporada. Clube e treinador ainda não fecharam questão sobre a multa pela rescisão e se não houver acordo, o caso deverá parar na Justiça.
Sem Zago, o Red Bull busca um novo nome no mercado e, seguindo a última tendência da moda entre os cartolas brazucas, procura um estrangeiro para chamar de seu porque, neste momento, não vê nenhum brasileiro dentro do perfil procurado pelo clube-empresa.
Com isso, a imprensa portuguesa deixou vazar que o treinador José Pesseiro é uma das opções do clube.
Miguel Angel Ramirez, do Independiente Del Valle é outro nome que agrada. Mas a diretoria do clube equatoriano já avisou que não tem negócio e que Ramirez só sai ao final do contrato ou após o pagamento da multa rescisória.
O cenário ainda é incerto, mas, por enquanto, a única certeza é de que um treinador brasileiro não faz parte dos planos do novo milionário da Série A.
Como poderá ser o time-base do Red Bull em 2020?
Ainda se movimentando no mercado e sem dar sinais de que irá parar de contratar tão cedo, com tudo que vem acontecendo nos bastidores da bola, um provável time do Red Bull Bragantino para 2020 pode ser: Júlio César (Cleiton); Aderlan, Léo Ortiz (Walce), Ligger (Realpe) e Edimar; Barreto (Matheus Jesus) e Uillian Correa; Artur (Morato), Ytalo (Thonny Anderson), Alerrandro e Wesley (Claudinho). Pode não ser um “time dos sonhos”, mas com certeza dará trabalho.