Com mudanças, Brasil encara República Tcheca tentando esquecer o Panamá
O próprio técnico da Seleção Brasileira, Tite, admitiu o óbvio: o time não jogou bem contra o Panamá. Ou em suas palavras: “jogou mal e empatou”. A lua de mel entre torcedores e técnico acabou. O desempenho fraco diante de adversários ainda mais fracos não anima ninguém que goste de futebol e, para piorar tudo, o discurso empolado e cheio de “titismos” como “perfomar o resultado”, “extremos desequilibrantes”, “lastro físico” e “a circunstância faz com que a gente oportunize” obtém apenas caras de interrogação como resposta. Daí é inevitável ver o aumento da “cornetabilidade” em cima do trabalho do professor que corre contra o tempo para achar o time que disputará uma Copa América de nível técnico altamente duvidoso – sim: a exemplo do Brasil, os demais “grandes” do continente não jogam nada há um bom tempo com exceção, talvez, do Uruguai que se garante na base da força de vontade. Apesar disso tudo, o amistoso de logo mais – 16:45 com transmissão Globo, SporTV e Esporte Interativo – contra a Seleção da República Tcheca, na cidade de Praga, pode ser uma boa oportunidade para gerar lucros com Casemiro e companhia. Pelo menos esta é a indicação das principais casas de apostas. O bet365 , por exemplo, dá ao Brasil odds na casa de 1,33/1,00 (um retorno de R$ 133,00 em uma aposta de R$ 100,00) enquanto que a possibilidade de vitória tcheca fecha em 10,00/1,00 (financeiramente, a zebra seria uma maravilha). O empate fecha em 4,75/1,00.
Usando uma defesa que ‘acabou de tirar da gaveta’
A Seleção Brasileira vai (e precisa) mudar em relação ao time que ficou no melancólico empate em 1 a 1 contra o Panamá. Toda a linha defensiva será substituída – e isso já estava previsto na programação da comissão técnica independente do resultado do jogo anterior. Com Alisson, Danilo, Marquinhos, Thiago Silva e Alex Sandro em campo, Tite terá usado todos os convocados para a linha defensiva nos dois amistosos, exceto pelo goleiro Wéverton, do Palmeiras. O treinador explica que mudar a defesa por completo entre um jogo e outro é melhor do que fazer alterações defensivas com a partida rolando. Em entrevista coletiva, Tite citou o amistoso contra Camarões, em novembro passado, quando preferiu não colocar Dedé, frio, para não prejudicar o zagueiro. “Quando o erro acontece no campo de ataque, ele se dilui até chegar à defesa”, explicou.
O meio também muda, mas Coutinho continua
Tite também promoverá uma mudança na equipe do meio para frente. Mas não é aquela que a torcida queria. Muito questionado pelo desempenho no último sábado e pelo que não vem jogando no Barcelona, Philippe Coutinho será titular mais uma vez mostrando que pouco a pouco ocupa, no coração do treinador, o lugar que um dia pertenceu a Paulinho. Mas como mudar é preciso, Arthur, um dos poucos pontos altos da nova Seleção Brasileira (ao lado de Richarlison), cederá lugar a Allan que, nas palavras de Tite tem “tem agressividade maior” enquanto que o meia do Barcelona e ex-Grêmio tem “posse e passe de infiltração melhores”. Palavras que, é claro, não explicam o titismo que impede que Coutinho vá para o banco e os dois joguem juntos.
O que propõem as mudanças?
A ideia por trás da nova formação defensiva e da troca de Arthur por Allan é que a seleção seja mais vertical. No miolo de zaga Marquinhos e Thiago Silva têm uma saída de bola mais qualificada, buscando a ligação com os jogadores de meio-campo e procurando contribuir com a construção da jogada ofensiva. Casemiro seguirá como capitão e como “cão de guarda” da defesa. Allan e Coutinho atuarão pelo meio, construindo as jogadas – embora nenhum dos dois tenha características de meia-armador (aliás, uma raridade no futebol atual) – e Paquetá e Richarlison atuarão abertos nas pontas apoiando Firmino que, mais uma vez, será o homem de área.
Dica de aposta
O desgaste do titismo é evidente e embora Tite siga como o mais preparado técnico brasileiro em atividade (atualizado com o futebol que se joga na Europa, com métodos de treinamento modernos, com profissionais capacitados lhe dando apoio, etc), os resultados seguem abaixo do desejado. Mas, em favor da seleção, podemos dizer que na “Era Tite” o time não fez dois amistosos ruins em sequência. Por isso é fácil acreditar na indicação do bet365 e investir no triunfo canarinho a 1,33/1,00. Se quiser aumentar seus lucros, crave também o placar exato de 1 a 0 (5,50/1,00) ou seja ousado mandando um 2 a 0 (6,00/1,00).
Amistoso Internacional
Terça-feira, 26 de março de 2019
- 16:45 – (1,33) Brasil x República Tcheca (10,00); empate: 4,75
Onde ver
Globo, SporTV e Esporte Interativo