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Por que José Aldo é azarão contra Marlon Moraes no UFC 245

Jose Aldo é ex-campeão peso pena do UFC
Foto: Divulgação / UFC

Uma das maiores expectativas em torno do UFC 245 gira em torno da versão peso galo de José Aldo. Depois de fazer história no peso pena e acumular sete defesas de cinturão consecutivas como o campeão até 65,8kg, o brasileiro agora está diante de um novo desafio: vai encarar Marlon Moraes em sua estreia na categoria até 61,2kg. E é clara a transformação física pela qual o brasileiro tá passando – o que tem assustado muita gente. Será a mudança de categoria o suficiente pra fazer de Aldo um dos azarões da noite, segundo o Bodog?

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No Bodog, Aldo é o azarão oferecendo um rendimento de 160% se vencer, enquanto Marlon Moraes é o favorito com uma oferta de 50% de lucro aos apostadores que investirem em seu triunfo.

Primeiro vale lembrar os motivos que nos causaram estranheza ao ouvir que José Aldo tava descendo pra categoria dos galos. Embora Aldo nunca tenha falhado no corte de peso durante sua carreira como peso pena, sempre foi expressado por Dedé Pederneiras, seu treinador, o quanto é difícil fazer Aldo bater o peso. Não devido a dificuldades físicas, mas por se tratar de um cara que depois de mais de 15 anos de carreira, já tá de saco cheio de encarar o duro processo do corte de peso.

Isso foi relatado por Dedé numa entrevista ao Combate.com no ano passado, antes de Aldo enfrentar e vencer Jeremy Stephens. Segundo o treinador, Aldo já tinha aceitado abrir mão dos 20% de sua bolsa, até que num último momento, o treinador conseguiu desafiar o psicológico do pupilo e o convenceu a bater o peso de forma profissional. O curioso é que o próprio Aldo não valoriza muita essa barreira psicológica. Ao Revista Combate, logo depois daquele UFC Canadá, ele disse que na real o que rola é um teatro da parte dele pra dar mais emoção ao processo. Ele explicou que Dedé chega a esconder os relógios do quarto durante o corte de peso porque enquanto o treinador tenta fazer com que Aldo perca logo o peso necessário, o lutador enrola até o último minuto pra bater o peso sempre no prazo limite.

Mas o principal é que Aldo sempre falou sobre subir pra categoria dos leves e lutar até 70,3kg, nunca mencionou a ideia de descer. Lutas com Anthony Pettis, Khabib Nurmagomedov e até Donald Cerrone foram todas especuladas na categoria dos leves. Por isso foi um susto pra muita gente ver essa decisão de que ele tá descendo de categoria.

O maior susto na verdade é ver a aparência de Jose Aldo. Os últimos registros do ex-campeão mostram uma aparência mais fina, mais seca do que nunca. Quase pele e osso.

Mas isso não significa que ele não está saudável. Tive a chance de entrevistar o Aldo por duas vezes durante esse processo e ele deixou claro duas coisas importantes.

Primeiro que como peso pena ele garante que nunca fez uma dieta 100% séria, seguindo a risca, sem errar. Pra se ter uma ideia, o Aldo tem como tradição ir na churrascaria com os amigos uma semana antes da luta. Quem passa sufoco pra bater peso não faz esse tipo de coisa, certo?  Segundo que pouca gente sabe, mas ele lembrou que antes do WEC, ele fez a carreira toda como peso galo. Ele só virou peso pena no WEC porque a Nova União já tinha Marcos Loro e Wagnney Fabiano no peso galo. Eles eram companheiros de treino de Aldo e o brasileiro respeitou isso.

Hoje, Aldo tá com 33 anos de idade. Ainda é jovem pro MMA, mas já se foram 15 anos de carreira. Aí você me pergunta: então por que raios o Aldo não sobe pro peso leve que é mais saudável e seguro do que descer pros galos?

Na categoria dos leves, a competitividade é altíssima no momento, e Aldo vai ficar muito menor do que caras como Justin Gaethje, Tony Ferguson, Dustin Poirier e até menor que o campeão Khabib Nurmagomedov. Ele vai ter pouca ou quase nenhuma vantagem na briga por um lugar ao sol.

Na categoria dos galos, só pra começar, Aldo é maior que Cejudo e Marlon, tanto na altura como na envergadura. E o principal é que Henry Cejudo não tem um desafiante expressivo atualmente. Hoje, no peso mosca, ele tem a opção de fazer uma revanche com Joseph Benavidez, que foi o último lutador a derrotá-lo no MMA, ou então encarar Aljamain Sterling, segundo colocado no ranking dos galos. Por isso, ele deve aguardar o UFC 245 pra dar uma clareada no futuro, já que além de José Aldo em ação, o evento também coloca Urijah Faber no cage contra Petr Yan, outro duelo que pode aproximar alguém do cinturão.

Então no fim das contas é uma aposta. O brasileiro tá apostando alto pra lucrar alto. Se logo na estreia na divisão ele vencer Marlon, que é o atual número um no ranking, atrás apenas do campeão Henry Cejudo, pode ter certeza que o brasileiro vai figurar na linha de frente como pretendente a próximo desafiante ao título dos galos.

Em relação a performance, como peso galo, Aldo pode perder força, potência e o que mais preocupa: ele pode perder capacidade de absorção de golpes. O queixo do Aldo não é mais o mesmo. O lado bom é que ele pode ficar mais veloz, e ter uma velocidade de resposta maior tanto defendendo quanto atacando, sem contar que é um cara mais alto e com mais envergadura.

O problema é que do outro lado vai estar Marlon Moraes, um peso galo forte. Se ele acertar um golpe bem colocado, ele pode nocautear Aldo. É claro que passa na cabeça o filme do caso de TJ Dillashaw, que desceu dos galos pros moscas e foi nocauteado em questão de segundos contra Cejudo, um lutador acostumado com aquela divisão. Mas ao mesmo tempo, vale lembrar que contra Jeremy Stephens e Renato Moicano, Aldo mostrou que ainda tem lenha pra queimar, desde que ele esteja com a cabeça no lugar.

O favoritismo de Marlon se justifica pelo fator desconhecido que é ver a performance de Aldo como peso galo. Mesmo que já tenha lutado na categoria, isso aconteceu anos atrás. Hoje, ele tem mais idade, e embora diga que está tendo um corte de peso fácil, só mesmo “vendo parar crer”. Não dá para apostar que vai dar tudo certo, especialmente contra um cara do nível de Marlon. E por isso, dessa vez, ele chega como azarão.