O que é cobrir um Super Bowl in loco?
Existem poucas coisas mais legais do que cobrir um Super Bowl. É uma semana recheada de muitas entrevistas e correria. As ruas ficam lotadas com fãs, e a empolgação contagia qualquer um.
Em minhas coberturas, já tive o prazer de ter uma palavrinha rápida com Tom Brady, Aaron Rodgers e Peyton Manning. Também já falei com Barry Sanders, Adrian Peterson, Andre Reed e muitos outros. Uma vez entramos ao vivo com Jerry Rice e ficamos batendo papo por uns 15 minutos. Foi incrível.
A chance de conversar com essas lendas é a coisa mais legal da cobertura! A semana é muito bem estruturada para atender a imprensa. Existe um cronograma diário que é cumprido perfeitamente pela NFL. Os horários são precisos!
O dia mais interessante é o “Opening Night”, o evento mais descontraído da semana. Jogadores, comissão técnica e membros da imprensa se aglomeram no campo do estádio, ou em alguma outra arena (esse ano vai acontecer no State Farm Arena), e rola uma interação bem divertida.
É uma chance de sair daquele cenário “sério” de coletiva e interagir de uma forma bem mais leve. A imprensa mexicana adora fazer umas brincadeiras com os jogadores. É muito engraçado.
Nos três dias seguintes, a correria começa a ficar intensa. As duas equipes disponibilizam uma hora por dia para entrevistas no hotel dos times. Todos os jogadores estão à disposição, só que os mais importantes ficam em palanques e são bem requisitados. Não é fácil conseguir um lugarzinho ao lado do Tom Brady, por exemplo.
Os demais jogadores ficam sentados em mesas e, geralmente, são bem solícitos. Já tive a oportunidade de ter bons papos com atletas como Clay Matthews, Frank Gore, Justin Tucker, Cliff Avril, Doug Baldwin, etc.
Uma vez, fiz uma pergunta ao Marshawn Lynch, mas ele só falou: “I’m just here so I don’t get fined.” Não deu muito certo.
Na sexta-feira e no sábado, o negócio já começa a ficar mais calmo. Os atletas já estão em modo “concentração” e não concedem mais entrevistas. Isso nos dá a oportunidade de respirar um pouco e começar a focar mais no jogo. Como eu disse, a correria é louca por boa parte da semana. Entre uma entrevista e outra, entramos ao vivo nos programas da ESPN. São muitas entradas diárias em diversos programas da casa. Nos últimos dois dias, temos a oportunidade de tirar um pouco o pé do acelerador e concentrar mais no jogo.
Às vezes, dá até para entrar na loja da NFL e comprar algumas lembranças. Eu tenho uma coleção de minicapacetes que você já deve ter visto nos vídeos que gravo semanalmente aqui no Ganhador.com. Sexta e sábado também são bons dias para interagir com os fãs. Nessa altura do evento, as ruas já estão lotadas com fanáticos do mundo inteiro. Sempre encontramos brasileiros.
Domingo é o grande dia. Quando aperto a gravata e visto o terno no hotel, lembro do quão sortudo sou de poder fazer o que amo.
Chegamos umas seis horas antes do jogo para testar o áudio e cuidar de possíveis problemas técnicos. Esse é um bom momento para ler um pouco mais sobre o jogo e nos preparar para uma maratona de seis a sete horas no ar.
A transmissão é intensa, mas vale cada minuto. A adrenalina do estádio e a grandiosidade do evento arrepiam qualquer um. É muito legal. Para mim, essa é a parte mais fácil da cobertura. Já transmitimos tantos jogos e sempre nos sentimos preparados no dia do Super Bowl.
Depois do jogo, comemos alguma coisa lá no estádio mesmo e já voltamos para o hotel. A sensação é sempre de um bom trabalho realizado.
Não existe nada como cobrir um Super Bowl.
Odds do Super Bowl 53:
- Moneyline: Los Angeles Rams (2.25) x (1.69) New England Patriots
- Point Spread: Los Angeles Rams +3.0 (1.833) x (2.00) New England Patriots -3.0
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