Paixão Nacional: Ídolo nas Laranjeiras
Enquanto que a Fiel começa a ficar na bronca com Cássio após dois vacilos seguidos – o gol olímpico no empate em 2 a 2 com o Ceará, no Itaquerão, e o frango na derrota por 1 a 0 para o Fluminense em Brasília – parte da torcida tricolor já começa a preparar homenagens ao goleiro corintiano, herói no jogo que tirou a equipe de Oswaldo de Oliveira do Z-4 na última rodada do primeiro turno do Campeonato Brasileiro e avacalhou com nossos odds – e o meu Cartola!
“Herói no jogo” porque, verdade seja dita, se estivessem jogando até agora, Fluminense e Corinthians seguiriam no 0 a 0. O gol que decretou a vitória do tricolor foi mais uma lambança de Cássio – que teve a coragem de admitir diante dos repórteres que falhou mesmo no lance – do que mérito na finalização despretensiosa de Paulo Henrique Ganso (que segue jogando muito menos do que poderia pelo talento que tem).
Se no gol olímpico da 18ª rodada o gigante alvinegro teve menos culpa – normalmente o goleiro só percebe que o escanteio foi batido direto para o gol quando é tarde demais –, o mesmo não pode ser dito do lance no último domingo. O que chega a ser “injusto” com o trabalho do goleiro (de qualquer goleiro).
Quem atua no gol precisa ter sorte em todos os jogos, para não prejudicar o time. Enquanto que o erro do atacante é menos prejudicial, o do goleiro é fatal. Enquanto que o atacante precisa apenas de um lance de sorte, o goleiro precisa de sorte em todos os lances (porque o treinamento é sempre muito puxado e nunca falta).
Cássio falhou, sim, e o torcedor do Fluminense correu para abraçá-lo enquanto que o corintiano não poupou críticas. Mas, vamos ser honestos: para um time que adora uma vitória por 1 a 0, quantos pontos este mesmo Cássio já garantiu em 2019?