Amistosos

Superclássico das Américas: Brasil e Argentina fazem amistoso na Austrália

Foto: Clive Mason/Getty Images

Brasil e Argentina se enfrentam amanhã às 07h05 de Brasília.

É sempre com muita expectativa que aguardamos o clássico Brasil x Argentina. Desta vez, em terras australianas, está em jogo o Superclássico das Américas. Além disso, veremos como a verde e amarela reagirá sem Neymar e como será a estreia de Jorge Sampaoli à frente da Albiceleste. O jogo acontece às 7 da manhã de sexta-feira, horário de Brasília.

 

Brasil sem sete titulares

Dois anos depois de sua última convocação, Thiago Silva ganhou uma nova oportunidade na seleção nacional. Agora com 32 anos, o zagueiro se diz mais experiente e que ainda sonha com a Copa do Mundo de 2018. No entanto, é bom colocar os pés no chão, pois ele só foi lembrado devido às ausências de Marquinhos e Miranda.

Ele é apenas um dos reservas que estarão em ação contra a Argentina. Muitos dos titulares não foram chamados para terem direito a algumas férias após a cansativa temporada europeia.

O técnico Tite descartou mudanças bruscas na forma de jogar de seu time. Ele manterá o 4-1-4-1 e todos os atletas que entrarem em campo ao menos treinaram com a equipe nesta formação ao longo dos últimos meses.

Outro jogador que tem sua vaga ameaçada entre os 23 para o Mundial da Rússia é Douglas Costa. Sua condição técnica e tática é ótima. No entanto, o que atrapalha o profissional, que era titular absoluto no selecionado de Dunga, são as seguidas contusões pelo qual passou. Além disso, outros atacantes despontaram querendo a posição.

 

Sampaoli quer fazer o mesmo que Tite fez no Brasil

A comparação é inevitável. O Brasil de Dunga vinha ladeira abaixo e em alta velocidade. O mau-humor, a pressão, as derrotas, … nada parecia dar certo com aquele time. Tite chegou, manteve basicamente a mesma lista de jogadores e o Brasil começou a jogar com alegria e vencer.

Seja lá o que mudou, a Argentina passa por momento semelhante ao Brasil de 2014-2015. Ameaçada de não ir à Copa do Mundo, a Associação de Futebol Argentina trocou de técnico. Toda a aposta gira em torno do trabalho a ser desenvolvido por Jorge Sampaoli. Para tanto, nossos hermanos, pagaram a alta multa rescisória estipulada no contrato entre o profissional e o Sevilla.

O “professor” manteve o treino fechado à imprensa durante quase todo o tempo. O certo é que ele deverá explorar a qualidade do trio ofensivo formado por Messi, Dybala e Higuaín.

Uma de suas novidades entre os convocados foi Icardi, da Internazionale. Infelizmente porém, ele terá poucas chances de atuar já que sentiu uma contusão.

 

O palco do clássico

Se em 2014, Brasil e Argentina duelaram por este caneco no Ninho do Pássaro, em Beijing, caberá agora ao Melbourne Cricket Club, conhecido como The G, receber o jogão.

O estádio tem capacidade para 100.024 pessoas e grande parte das Olimpíadas de Verão de 1956 aconteceu nele, que também foi sede dos Jogos da Commonwealth de 2006 e das Copas do Mundo de Críquete de 1992 e 2015.

Atualmente, ele recebe diversos eventos anuais, como o Dia de Teste de Boxe, diversas partidas de críquete, de futebol com regras australianas e grandes shows de música.

 

História do Superclássico das Américas

O ex-presidente argentino Julio Argentino Roca idealizou uma disputa entre Brasil e Argentina para ver quem tinha a melhor seleção. Sua ideia foi divulgada em 1913 mas somente no ano seguinte é que os escretes se enfrentaram pela taça, que foi denominada Copa Roca.

Entre idas e vindas do certame, mudanças em seu regulamento e até trocas de nome, a Austrália assistirá ao décimo-sexto capítulo desta rivalidade.

O Brasil venceu os últimos nove enfrentamentos e nossos hermanos não levantam o troféu desde 1971. A seleção canarinho foi superior em 1914, 1922, 1945, 1957, 1960, 1963, 1971, 1976, 2011, 2012 e 2014. A Albiceleste prevaleceu em 1923, 1939, 1940 e 1971. O leitor já percebeu que em 1971, ambos foram declarados campeões…

 

Quem ganha?

Se fosse o Brasil titular em campo, em vez deste misto-quente, eu responderia esta pergunta de bate-pronto: Brasil! No entanto, apesar do comandante tupiniquim não admitir, os brasileiros deverão perder padrão de jogo com a entrada de tantos suplentes.

A Argentina, por sua vez, manteve a base das últimas convocações e vem motivada pela contratação do novo técnico. Ele talvez seja a última esperança dos argentinos, que têm muitos craques individuais, conseguirem formar um quadro competitivo, não apenas para ir a Rússia, mas para brigar pela taça.

Depois de se pegarem, o Brasil ficará em Melbourne para desafiar a Austrália, enquanto que a Argentina viajará para Cingapura encarar a pífia seleção local.

As prováveis escalações para o clássico são:

Brasil: Weverton, Fagner, Thiago Silva, Gil e Filipe Luís; Fernandinho; Paulinho, Renato Augusto, Philippe Coutinho e Willian; Gabriel Jesus. Técnico: Tite.

Argentina: Romero; Otamendi, Maidana e Mercado; Gómez, Biglia e Banega; Messi, Dybala, Di Maria; Higuaín. Técnico: Jorge Sampaoli.

 

Outros amistosos internacionais

As seleções nacionais se preparam para diversos torneios. Quem não jogou (ainda) nesta data FIFA pelas eliminatórias de campeonatos continentais ou do Mundial 2018, fez amistosos. Vamos conhecer alguns dos principais resultados dos últimos dias?

Segunda-feira, 05 de junho:

  • Hungria 0x3 Rússia
  • Bélgica 2×1 República Checa
  • Egito 1×0 Líbia

Terça-feira, 06 de junho:

  • Dinamarca 1×1 Alemanha
  • Qatar 2×2 Coréia do Norte
  • Argélia 2×1 Guiné

Quarta-feira, 07 de junho:

  • Itália 3×0 Uruguai
  • Espanha 2×2 Colômbia
  • Bolívia 3×2 Nicarágua

Sexta-feira, 09 de junho:

  • 07h05: Brasil x Argentina
  • 13h00: Rússia x Chile