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Austrália e Japão dominam apostas e EUA são zebra no primeiro dia da natação

Sempre aguardada como ponto alto do recheado programa olímpico, a natação dará neste sábado (6) a largada de suas provas no moderno Estádio Aquático, no Parque da Barra da Tijuca.

No programa que vai até o sábado seguinte, são 16 provas diferentes na Rio-2016, tanto no masculino quanto no feminino. Na noite de sábado, 4 delas já renderão medalhas. No masculino, são os 400 metros medley e 400 metros livres – praticamente as mesmas do feminino, que testarão as competidoras do mundo todo nos 400 metros medley e no revezamento 4×100 metros livres.
A primeira decisão está prevista para as 22h03. Será a dos 400 metros medley entre os homens. E ela conta com um enorme favorito, o japonês Kosuke Hagino. O nadador rende só R$ 1,44 real a cada R$ 1 apostado, segundo as estatísticas do Oddsshark.com/br.

A razão de tamanha disparidade é fácil de entender. Hagino dominou todas as principais provas da modalidade no ano, mas há uma brecha para apostas mais arriscadas. Ele tem apenas 21 anos e ainda persegue títulos em eventos gigantes como os Jogos Olímpicos. A pressão pode fazê-lo sucumbir e oferecer uma chance aos que vem logo atrás, caso do também japonês Daiya Seto (3,60) ou do americano Chase Kalisz (8,0). Vem dos Estados Unidos outro nadador que renderia retorno interessante, o versátil Jay Litherland (18,0).

Promissora aposta nesta prova é também a que indica vitória do experiente húngaro David Verraszto (13,0), de 27 anos e reconhecida fama de ser rápido nos metros finais.

Instantes depois, às 22h30, será disputada a decisão masculina dos 400 metros livres. De novo, um oriental desponta como grande favorito, mas vindo da China: Yang Sun, que paga R$ 1,72 a cada R$ 1 apostado. O australiano Mack Horton, obcecado pela técnica do seu nado e famoso por desafiar treinadores em busca da perfeição, vem a seguir, com R$ 2,50. Horton ficou conhecido por ter sofrido um violento acidente de carro em maio e redobrou os treinos desde então. “Faço isso para me sentir vivo e com muita gratidão por ter resistido”, repete.

Completam a lista dos favoritos James Guy (10,0), Connor Jaeger (17,0) e Gabrielle Detti (17,0).

Jaeger, de 25 anos, é um investimento interessante. Resistente e preparado em exaustivos treinos, está mais que capacitado para levar a melhor contra adversários de maior potência física, mas de menor experiência em provas deste âmbito.

Equilíbrio entre países

As mulheres fecharão a programação noturna do Parque Aquático. A final dos 400 metros medley está marcada para 22h49 e tem a grande barbada da noite, a húngara Katinka Hosszu: apenas R$ 1,10 de retorno a cada R$ 1 apostado, segundo o Oddsshark.com/br.

Madeline ‘Maya’ Dirado, a segunda nas cotações, é uma possibilidade bem mais interessante. Aos 23 anos, casou-se recentemente e vem obtendo os melhores resultados da carreira desde que passou a se dedicar a uma vida muito mais regrada do que antes. Paga R$ 8 a cada R$ 1 apostado. As nadadoras a seguir são um mix entre Ásia e Estados Unidos: Hannah Miley (13,0), Shiwen Ye (17,0) e Elizabeth Beisel (19,0), outra atraente aposta. Ela vai para sua terceira Olimpíada, muito provavelmente a última da carreira. Na primeira, em Pequim, foi bronze – quando tinha apenas 15 anos.

Evento mais aguardado da primeira noite nas águas, o revezamento entre as mulheres nos 4×100 metros livres vai começar às 23h24, segundo o cronograma da organização.

Será, sem dúvida, um novo capítulo da rivalidade mais aguda e aguardada das piscinas femininas nos últimos 20 anos, a que ocorre entre Austrália e Estados Unidos. Desde Atlanta-1996 os dois países convivem em competições com um clima acirrado que lembra muito os duelos entre Brasil e Argentina em qualquer modalidade.

As australianas pintam como favoritas (1,10) e oferecem retorno minúsculo. Por isso, as americanas são mais promissoras. Investir R$ 1 nelas poderia render R$ 7, uma cotação rara de encontrar em equipes americanas em qualquer esporte no qual tenham tradição.

A favor das americanas contará muito o melhor técnico do mundo, o experiente Dave Salo, capaz de extrair o máximo das nadadoras em todas as frentes: física, técnica e mental, o que será valioso especialmente com a equipe jovem que terá à sua disposição no Rio.

Países de segundo escalão, caso da Holanda (8), e terceiro, como Canadá (41) e Suécia (51), completam a lista e, salvo uma zebra histórica, serão apenas espectadores de luxo daquela que deve ser a grande emoção da primeira noite olímpica nas piscinas.