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Peixinho de Shaunae Miller rende quase o triplo nos 400m feminino; Rudisha confirma favoritismo nos 800m masculino

A noite de segunda-feira (15) foi realmente épica nas disputas do atletismo no Engenhão. Com vento forte e chuva, algumas provas sofreram atraso, mas, no fim, tudo deu certo. Contratempos só aumentaram a tensão dos competidores e também dos apostadores.

Uma das provas mais aguardadas, os 400 metros rasos feminino teve a presença da maior medalhista da história do atletismo entre as mulheres, a americana Allyson Felix, de 30 anos, com quatro ouros e duas pratas, favoritíssima a ocupar o lugar mais alto do pódio, quando sua cotação, antes da prova, de acordo com o Oddsshark.com/br, era de R$ 1,57 sobre cada real investido.

Das oito atletas alinhadas para a disputa, três eram dos Estados Unidos e duas da Jamaica, numa clara disputa entre duas potências do atletismo na atualidade. Mas uma jovem atleta das Bahamas despontava como um real perigo ao reinado de Felix: Shaunae Miller, de 22 anos, estava disposta a superar as expectativas, inclusive dos números, já que ela era a segunda com melhor cotação para a conquista do ouro, quando pagaria R$ 2,63 por cada aplicação de R$ 1.

Outras duas competidoras que também poderiam surpreender eram Shericka Jackson (JAM) e Natasha Hastings (EUA), ambas com margem de resgate que multiplicaria os investimento em 28 vezes. Na sequência, vinham Phyllis Francis (EUA), R$ 40/R$ 1; Stephenie Ann McPherson (JAM), R$ 66/R$ 1; Olha Zemlyak (UCR),         R$ 80/R$ 1; e Libania Grenot (ITA), R$ 80/R$ 1.

Após o tiro de largada, Shaunae Miller pulou na liderança, na raia sete, com Allyson Felix, na raia três, aparecendo em segundo, depois da curva. Nos metros finais, ao melhor estilo Usain Bolt, a multicampeã deu um sprint que fatalmente garantiria seu quinto ouro. Foi então que a corredora das Bahamas protagonizou uma cena que entrou para a história do esporte: vendo o ouro escapar, Miller deu um peixinho na linha de chegada, que garantiu a icônica vitória com uma diferença de apenas sete centésimos para a norte-americana, que ficou com a terceira medalha de prata na carreira.

Imagina a euforia de quem apostou no ouro de Shaunae Miller? Devem estar dando peixinhos de alegria até agora, já que o lucro foi quase triplicado. Ao fim da prova, a campeã olímpica disse que agiu por instinto.

“O que estava na minha cabeça era: preciso de uma medalha de ouro”, declarou a competidora das Bahamas, que precisou de atendimento médico depois do voo heroico.

Classificação final dos 400 metros feminino:

  1. Shaunae Miller (Bahamas) – 49,44 s
  2. Allyson Felix (Estados Unidos) – 49,51 s
  3. Shericka Jackson (Jamaica) – 49,85 s
  4. Natasha Hastings (Estados Unidos) – 50,34 s
  5. Phyllis Francis (Estados Unidos) – 50,41 s
  6. Stephenie Ann McPherson (Jamaica) – 50,97 s
  7. Olha Zemlyak (Ucrânia) – 51,24 s
  8. Libania Grenot (Itália) – 51,25 s

Barbada Do Quênio Nos 800 Metros Para Homens

Ele tem 27 anos, é chamado de “Orgulho da África”, maior atleta do Quênia (um dos grandes celeiros de fundistas campeões), medalha de ouro nos 800 metros na Olimpíada de 2012, atual campeão mundial e dono da melhor marca na prova (1min40s91). Lista de láureas atribuída a David Rudisha, que, naturalmente, era o superfavorito para subir no degrau mais alto do pódio. Como apostar em outro resultado?

E aí está a magia do esporte, já que a história dos Jogos mostra uma série de casos em que as zebras mudaram de cor, ao trocar as listras preta e branca pela dourada. Abaixo de Rudisha, o homem a ser batido, com cotação de R$ 1,36 por aplicações a partir de R$ 1, apenas um corredor era visto como ameaça à hegemonia do queniano nos 800 metros, o também africano Taoufik Makhloufi, da Argélia, que renderia, a quem apostasse nele, R$ 7 por R$ 1. O outro postulante à façanha era o francês Pierre-Ambroise Bosse (R$ 9,50/R$ 1).

E como foi a prova? Um passeio de David Rudisha. Somente uma fatalidade, como um tropeço ou um ataque cardíaco fulminante, poderia parar o queniano, que é o primeiro bicampeão olímpico dos 800 metros rasos depois do neozelandês Peter Snell, que foi ouro em Roma, em 1960, e em Tóquio, quatro anos depois.

Classificação final dos 800 metros masculino:

  1. David Rudisha (Quênia) – 1:42,15
  2. Taoufik Makhloufi (Argélia) – 1:42,61
  3. Clayton Murphy (Estados Unidos) – 1:42,93
  4. Pierre-Ambroise Bosse (França) – 1:43,41
  5. Ferguson Cheruiyot Rotich (Quênia) – 1:43,55
  6. Marcin Lewandowski (Polônia) – 1:44,20
  7. Alfred Kipketer (Quênia) – 1:46,02

Boris Berian (Estados Unidos) – 1:46,15