Demitir Rogério Ceni e Wagner Mancini foi mesmo a melhor ideia? E AINDA: o desempenho dos brasileiros nas oitavas de final da Libertadores
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No episódio de hoje das Caneladas de Segunda, falamos sobre as demissões de Rogério Ceni e Wagner Mancini e a cultura da cartolagem brasileira que ainda pensa que a troca do técnico é a solução para todos os males dos clubes. Mas será que resolve mesmo? Os dois casos tiveram destaque em nossa Paixão Nacional, e estão longe de se esgotar. Ouça nosso podacst e veja as conclusões a que chegamos sobre este assunto.
Ouça também uma análise do desempenho dos clubes brasileiros na rodada de ida dos jogos das oitavas de final da Copa Libertadores.
Copa Libertadores – os brasileiros nas oitavas de final
Godoy Cruz 0 x 1 Grêmio
Com um gol relâmpago de Ramiro antes do primeiro minuto de jogo, o Grêmio provou que valeu a pena poupar o time titular na 11ª rodada do Campeonato Brasileiro, e conquistou a vantagem, na Argentina, de jogar pelo empate a partida de volta em Porto Alegre contra o Godoy Cruz, pelas oitavas de final da Copa Libertadores.
Apelando para o “jogo duro” e algumas faltas mais violentas, o time do Godoy Cruz tentou parar a equipe gaúcha na base da “intimidação” após o gol. Mas no final prevaleceu a maior qualidade do vice-líder do Brasileirão, que perdeu pelo menos duas boas oportunidades para ampliar.
Os donos da casa voltaram mais acesos para o segundo tempo, mas faltou qualidade para passar pelo forte bloqueio armado pelo Grêmio que, com a vitória, jogará em Porto Alegre precisando de qualquer empate para se classificar – uma derrota por 1 a 0 levará a decisão para os pênaltis.
Atlético-PR 2 x 3 Santos
No duelo mais equilibrado da rodada – não por acaso o que contou com dois clubes brasileiros – o Atlético-PR recebeu o Santos e partiu pra cima do clube paulista desde os primeiros momentos do jogo. Deu certo e Nikão, aos 6 minutos, abriu o placar. Os donos da casa não aliviaram o pé e perderam pelo menos duas boas oportunidades para ampliar a vantagem. Como não ampliaram, foram castigados por Kayke, que empatou para o Peixe aos 25 minutos.
No segundo tempo o jogo ficou aberto com as duas equipes atacando bastante. Melhor para o Santos, que marcou mais 2 – um deles numa falha terrível de Wéverton – e abriu uma vantagem muito confortável para o jogo de volta. No final, o Atlético marcou mais um, o que lhe dá esperanças de reverter a situação na Vila Belmiro. O Peixe poderá até perder por um gol de diferença, desde que o Furacão não faça mais do que três, para se garantir na próxima fase. O jogo decisivo acontece no dia 10 de agosto e quem passar enfrentará o ganhador de Barcelona-EQU x Palmeiras.
Barcelona-EQU 1 x 0 Palmeiras
Sem poder contar com o jogador Guerra – que viajou de volta ao Brasil às pressas em função do acidente de seu filho de 3 anos que se afogou na piscina de casa e se encontra internado, em estado estável, no Hospital Albert Einstein –, o Palmeiras enfrentou o Barcelona de Guayaquil e, jogando com 10 a maior parte do tempo – ninguém me convence de que o Borja estava em campo –, sofreu, nos acréscimos do segundo tempo, o gol que pode lhe custar a classificação. Para o duelo de volta, no dia 9 de agosto no Allianz Parque, o Verdão precisa de uma vitória por 2 ou mais gols para se classificar. Vitória por 1 a 0 leva para os pênaltis e qualquer empate garante o Barcelona na próxima fase. Não vai ser fácil.
Jorge Wilstermann 1 x 0 Atlético-MG
Enfrentando o imbatível Jorge Wilstermann (“imbatível” apenas em casa e graças à altitude de Cochabamba), o Atlético-MG não conseguiu se fechar o bastante na defesa e, a exemplo do Palmeiras, volta para a casa com um resultado ruim, precisando, também, vencer por 2 ou mais gols. O 1 a 0 para o Galo leva o duelo para os pênaltis e qualquer empate dá a vaga para o time boliviano. Mas, diferente do Palmeiras, o Atlético-MG terá uma tarefa, teoricamente, mais fácil: embora seja “imbatível” em casa, o Jorge Wilstermann foi praticamente um “saco de pancadas” quando jogou fora durante a fase de grupos. A partida de ontem deixou claro que, como equipe, não houve evolução. O Galo deve passar fácil.
Fechando a rodada
Hoje, à partir das 21:45, o Botafogo encara o Nacional do Uruguai, no estádio Parque Central, buscando também um bom resultado fora para ter a tranquilidade na hora de decidir em casa.