Paixão Nacional: Futebol de resultados
Após 13 rodadas do Campeonato Brasileiro e a surpreendente liderança – com sobras – do Corinthians, o debate em torno dos principais elencos do futebol nacional está longe de acabar.
Abrindo os cofres e gastando rios de dinheiro, Palmeiras e Flamengo foram os que mais investiram para a temporada. Trazendo nomes como Guerra (ótima contratação) e Borja (uma espécie de Alexandre Pato palmeirense), o Verdão paga hoje por seus erros de planejamento – emprestou laterais e agora convive com duas “avenidas” em campo, uma à esquerda e outra à direita, contratou Borja a peso de ouro e segue no mercado procurando um novo atacante, planejou a equipe com Eduardo Baptista no comando e deixou o “abacaxi” para Cuca descascar, deu a Felipe Melo um status de “dono do time”, entre outros. Com a derrota da última quarta-feira (2 a 0 para o Corinthians), o Palmeiras meio que “jogou a toalha” no Brasileirão e começa a admitir aquilo que muita gente desconfiava: o objetivo é ir bem nos dois mata-mata que ainda disputa (Libertadores e Copa do Brasil) e o planejamento é para 2018 (o que, aliás, é de uma inteligência ímpar e colocará o Palmeiras, reforçando um pouco o elenco atual, como o principal time da próxima temporada).
Já o Flamengo, por ter mantido uma base e o seu treinador desde o ano passado, sai-se um pouco melhor. Reforçado por nomes como Evérton Ribeiro e Rodolpho (entre outros), o clube da Gávea encontrou seu ponto de equilíbrio e, com 23 pontos ocupa a 4ª colocação e dificilmente sairá do G-4.
À exemplo do Grêmio, que manteve a estrutura de 2017, garimpou talentos na base, viu o técnico Renato Gaúcho “reinventar-se” como comandante e das equipes no topo da tabela, é a que tem mais potencial para crescer e, com 25 pontos, a que mais pode criar problemas para o líder.
O Santos vem melhorando seu rendimento, mas a troca de comando – saiu Dorival Júnior, entrou Levir Culpi – cobrou seu preço e o vice-campeão de 2016 custou a embalar (apenas uma derrota nos últimos 5 jogos). Hoje na 3ª posição, tem condições de manter-se no G-4 até o fim do Campeonato e garantir-se na Libertadores em 2018.
Fechando o G-6, temos o impressionante Sport – que depois da chegada do “profexô” Luxemburgo, teve alguma instabilidade e agora acumula uma invencibilidade de 5 jogos e 21 pontos que o colocam na 5ª posição – e o Cruzeiro do sempre questionado Mano Menezes que, ganhando aqui, perdendo ali e empatando acolá, soma seus pontos e, com 20, está na 6ª posição da tabela.
Muita água ainda há de passar por baixo da ponte e mudanças de posição irão ocorrer com toda certeza. Mas a verdade é que, neste momento, torcedores de Palmeiras, Flamengo, Grêmio, Santos, Cruzeiro e todos os outros times, estariam mais felizes se suas equipes jogassem como o Corinthians e tivessem 10 pontos de vantagem sobre o segundo colocado.