Recordar é viver! Nocaute antológico de Anderson Silva no UFC completa aniversário
Ê saudade! Para quem não se lembra, neste dia 8 de agosto de 2017, completam-se oito anos da apresentação mais antológica da história do MMA. Essa é a minha humilde opinião, mas tenho certeza de que muitos compartilham de tal sentimento. Nesta mesma data, lá em 2009, Anderson Silva, no auge de sua forma, subiu da categoria dos médios (até 83,9kg), onde era campeão dominante, para os meio-pesados (93kg) e enfrentou o astro Forrest Griffin. No octógono, uma performance impecável do brasileiro culminou em um dos momentos mais incríveis da história do esporte. Pelo UFC 101, que aconteceu em Pensilvânia (EUA), acontecia um marco na modalidade.
Sabe o que hoje chamamos de “superluta”? Pois bem. Anos atrás tinha um sentido diferente. Não é só sobre entretenimento. Spider Vs Griffin foi uma superluta legítima. Dois lutadores de alto nível em ação. Um era campeão da divisão de baixo e vinha de uma performance polêmica contra Thales Leites. Depois de bater o compatriota na decisão em combate morno e muito criticado, Anderson foi alçado aos meio-pesados para encarar um rival que certamente o forçaria a levar o duelo muito a sério. Já Forrest, tinha acabado de perder o título dos meio-pesados para Rashad Evans e tinha a oportunidade de voltar imediatamente ao topo com uma vitória contra o melhor lutador da franquia. O resultado foi algo brilhante. A favor de Spider, claro.
Mais pesado, agressivo e preciso, Anderson Silva reencarnou Keanu Reeves em cenas do premiado filme “Matrix” e chocou o mundo ao nocautear o ex-campeão dos meio-pesados no primeiro round. Com sua conhecida dose de provocações e golpes certeiros, Spider deu um show de esquivas, abalou o rival fisica e mentalmente de forma assustadora e encerrou seu show com um direto caminhando para trás. Até hoje é difícil de acreditar no que ele fez. Um nocaute que entrou para a história.
Forrest Griffin saiu correndo do octógono, envergonhado, humilhado, em uma cena que chegou a dar pena. O brasileiro, por sua vez, mostrava mais uma vez ao mundo que, quando queria luta, ninguém era capaz de detê-lo. Nocautear um ex-campeão do UFC com um soco daqueles a ponto de deixá-lo desconsertado foi algo espetacular. Coisas que só aquele Anderson Silva era capaz de fazer.
Hoje, Anderson continua lutando, apesar de não ser mais o mesmo. Griffin se aposentou, e não gosta nem de lembrar daquele dia 8 de agosto de 2009. O tempo passa, mas a história do MMA ainda nos reserva grandes lembranças. Que nunca morram.