Paixão Nacional: bons e velhos tempos
No início de 2017, com um técnico novato (Fábio Carille) e um time esforçado, mas sem nomes de peso, o Corinthians foi chamado de “a quarta força” do futebol paulista. E foi assim, como “quarta força”, que o alvinegro conquistou o campeonato estadual sofrendo apenas duas derrotas e sem perder nenhum clássico. Para os especialistas de sempre – me incluam no pacote –, era o máximo que o time renderia.
O pensamento era de que com um título ganho, Carille teria tranquilidade para passar o resto do ano desde que se mantivesse no G-6 do Brasileirão. 2018 seria outra história – e outra diretoria.
E lá foi a “quarta força” para o torneio nacional. E rodada após rodada, foi deixando os favoritos para trás, até que se isolou na liderança. O time de “operários” mais uma vez estava no topo da tabela, com um aproveitamento de pontos impressionante (acima de 80%), a melhor defesa do campeonato e o segundo melhor ataque. A pergunta não era mais “será que tem chances de título?”. Isto era inquestionável. O que todo mundo queria saber era: “quem vai tirar a invencibilidade do Corinthians?”.
E com isso, passou-se todo o primeiro turno do Brasileirão. E o líder isolado manteve a sua invencibilidade por 19 rodadas – sem contar os jogos da Copa Sul-Americana onde também se mantinha imbatível.
De “quarta força” passou a “candidato ao título” e, finalmente, “virtual campeão”. E foi aí, que a coisa toda desandou…
Após quatro rodadas no returno, o Timão conseguiu apenas uma vitória, contra a Chapecoense, na Arena Condá. Foram 3 derrotas, 2 em casa (Vitória e Atlético-GO) e uma fora (Santos na Vila Belmiro). No meio de semana, mais um empate em casa, diante do Racing da Argentina pela Copa Sul-Americana.
Tentará, neste domingo, novamente na Arena Corinthians, reencontrar o caminho das vitórias, recebendo o Vasco comandado agora por Zé Ricardo, o técnico que à frente do Flamengo no primeiro turno, buscou o empate neste mesmo Itaquerão. Sem dúvida, uma parada durissíma.
E a Fiel segue sentindo saudades dos tempos em que, como “quarta força”, o Timão era imbatível.