Vai começar a NBA 2017/2018! O que esperar do Lakers de Lonzo Ball e dos Cavs de Isaiah Thomas e Dwayne Wade?
Principal liga de basquete do mundo abre sua temporada daqui a duas semanas, e os amistosos dão boa noção do que está por vir
A contagem regressiva está bem perto de acabar. Daqui a exatas duas semanas, a partir de 17 de outubro, a NBA abre sua temporada 2017/2018. A intensidade ainda não é a habitual nem da temporada regular e muito menos dos playoffs, mas um pouco da curiosidade sobre o novo campeonato já está sendo saciada com os amistosos de pré-temporada que estão agitando todas as franquias nos Estados Unidos.
Lonzo Ball: O fardo do novato
A grande sensação de tais amistosos é o desempenho de Lonzo Ball no Los Angeles Lakers. Para se ter ideia do clamor, os Lakers levaram simplesmente 18.000 pessoas a um ginásio na Califórnia para ver o amistoso contra o Minnesota Timberwolves. Ou seja: duas equipes que na última temporada fizeram campanhas fracas, e que mesmo assim carregaram, em um amistoso, um público superior ao que se vê nos estádios de futebol do Campeonato Brasileiro.
Todos, claro, para observar o armador Lonzo Ball, “draftado” pelo Lakers para ser o sucessor de Kobe Bryant e levar a equipe de volta aos dias de glória. Mas Lonzo, convém reforçar, é um garoto de 19 anos que ainda sequer fez sua estreia oficial na NBA. E tal holofote está pesando demais sobre suas mãos. E como não pesaria?
Neste amistoso, realizado no último sábado, o Lakers foi massacrado pelos Wolves por 108×99. E Lonzo? Errou sete dos nove arremessos e saiu de quadra com cinco pontos, sete rebotes e oito assistências.
“Deixem o menino brincar”, pedia uma antiga música da MPB, e tudo bem que NBA não é lugar de meninos e nem de brincadeiras, mas não vamos exagerar na dose. Que o pai de Lonzo Ball queira vender o pupilo ao colocá-lo alguém acima de Magic Johnson, tudo bem, cada um sabe o que faz – ser sensato também. Convém fugir de todas essas comparações com Magic e com Kobe Bryant.
A visão de jogo de Lonzo Ball é realmente fantástica, lembra muito a de Jason Kidd, mas seu físico e seu raciocínio ainda não estão à altura da NBA.
Vê-lo na temporada regular – e talvez o Los Angeles sequer chegue de novo ao playoff – vai ser avaliar seu progresso, e não o fracasso de comparações que só fazem sentido na cabeça dos muito carentes que ainda não aceitaram que Magic, Kobe e muitos outros já pararam de jogar.
Os Cavs se preparam para decolar
Já era bom e ficou ainda melhor. Soberano no Leste, o Cleveland Cavaliers agora tem realmente um trio de ases para fazer frente ao Golden State Warriors: LeBron James, Isaiah Thomas e o recém-contratado Dwyane Wade. É muita fera – e com muita fome de bola.
O ruim de tudo isso é saber que o Leste, de novo, já tem um campeão bastante antecipado. Ninguém na conferência tem a menor condição de fazer frente a este Cavs. Mesmo o Boston Celtics, que ofereceu alguma resistência na última temporada, agora vai voltar ao papel de figurante que ocupava antes de Isaiah Thomas explodir.
Algo que deve fazer a diferença em favor dos Cavs neste ano é o bom ambiente. LeBron não é tido como um jogador encrenqueiro, mas sua sintonia com os demais já demonstrava um certo desgaste. Algo muito normal em um superatleta já na fase final da carreira, como é o seu caso. E começar este novo campeonato ao lado de um grande amigo como Dwyane Wade, seu companheiro de Miami Heat, é sim o ar fresco que toda a NBA gostaria de ver ao colocar.
A grande incógnita será perceber como o técnico Ty Lue vai fazer para descansar os seus astros veteranos. LeBron tem 32 anos; Wade, 35. A responsabilidade por ser a base deste trio será de Isaiah Thomas, de 28, que deve fazer o que cansou de exibir no Boston: a sua capacidade decisiva de encontrar cestas de lugares impossíveis e conduzir a equipe do primeiro ao último minuto de jogo.
Apenas para constar: o Golden State Warriors segue com seu timaço e com os astros Kevin Durant, Stephen Curry e Klay Thompson. Só três jogadores – todos compondo elenco – deixaram a franquia. Dois nomes pouco badalados chegaram: Omri Casspi (dos Wolves) e Nick Young (ex-Lakers). Todas as demais equipes do Oeste seguem, com certo otimismo, um degrau abaixo do atual – e merecido – campeão da NBA.